Proud and Love - Draco Malfoy fiction (Livro1 || Completo)

Final de Outono (2016)

- Srta LeFay, que bom que eu te encontrei – Neville falou correndo pelo corredor para alcançar a ruiva, e quando conseguiu passou a andar com ela que seguia em direção ao lago, onde ela costumava se sentar para pensar se estava fazendo o certo ali.

- O que gostaria de falar, Neville?

- Eu, bem, eu ouvi de uns alunos que você tem treinado Teddy Lupin. É verdade?

- Sim, algum problema quanto a isso?

- Não, não. Claro que não. Mas é meio...

- Suspeito? – Ela o cortou, adivinhando a ultima palavra de sua frase que ele só confirmou com a cabeça o que a fez rir desacreditada – Então Slughorn pode ter seu maravilhoso clube com festas e jantares, enquanto eu não posso dar aulas extras para um aluno qualquer?

- Mas ele não é um aluno qualquer, ou é, Guinevere? – Ele falou frisando o nome dela, que o olhou meio receosa.

- O que quer dizer?

- Vamos ser francos, desde aquele jantar em que você viu o mudando os cabelos você se interessou pelo garoto e ficou meio pálida quando eu te contei quem ele era. Estou pensando isso há dias e não acho resposta, não há motivos para uma garota de Durmstrang reagir assim se não o conhecesse ou a história por trás dele, dos pais dele – Enquanto ele falava a ruiva ficou quieta, observando o lago e pensando se seria boa ideia afogar Neville ou não, afinal ele estava a ponto se é que já não descobrira o segredo dela – Não existe nenhuma Guinevere LeFay, existe?

- Gostava mais de você quando era estúpido, Longbotton – Ela falou desfazendo a transfiguração ruiva para a sua loira e então para a sua forma original depois que viu que não tinha nenhum aluno por perto para vê-la.

- Lynx Malfoy – Ele falou e ela voltou para a forma ruiva.

- Longbotton, se você não guardar o meu segredo, eu juro que você vai ter mais a se preocupar do que bebês mandrágoras gritando em seu ouvido – Lynx falou se levantando, dando a conversa por encerrada.

- Lynx, espere – Longbotton falou e ela o olhou, esperando – Por que quer ajudar Teddy? Você não falou.

- Ele não foi criado por um metamorfo ou alguém com habilidades boas o bastante para desenvolver os poderes dele, ele usa sua magia para divertir as pessoas.

- Você prefere mais a opção de usar para mentira, certo? – Ele falou e ela teve de manter seu auto-controle para não bater no rosto dele.

- Em que momento eu menti para você Longbotton? Assim que você me questionou eu te mostrei quem eu era.

- Porque você não se apresenta como você? Porque criou a Guinevere?

- Eu... Eu estou meio que fugindo do passado, acertei minhas contas com o Ministério, mas não com aqueles que estavam na batalha de Hogwarts – Ela falou voltando a observar a água do lago que se movia um pouco com o vento – Eu só quero ajudar Teddy, não tenho nenhuma outra intenção além dessa. Minha mãe foi uma péssima bruxa, mas eu não sou, te prometo.

- Narcisa? – Ele perguntou confuso e ela tapou o rosto nas mãos e quando tirou estava sorrindo. Nem todos sabiam de sua historia, ela se lembrou mantendo o sorriso.

- Te adoro Longbotton – Ela falou o surpreendendo com um abraço.

- Obrigado? – Ele falou e ela riu se afastando e lhe dando as costas, esvoaçando a capa enquanto entrava no castelo.

***

As batidas nas portas não paravam e cada vez parecia ser mais raivosa, ainda assim, Draco tentava ignorar a insistência de sua mulher. Desde que ele começara a praticar alquimia em casa, como um hobby para manter a sua mente ocupada. Durante toda a sua vida ele cometera erros. Ele tinha conhecimento de todos eles, dentre eles o de ter transado com uma desconhecida num parque no dia em que o filho nasceu. Estava tão ocupado que não esteve presente no hospital para receber o filho, ao mesmo tempo em que se culpava de não tirar a desconhecida da cabeça.

Por vários dias seguidos, após o trabalho ele voltou ao bar de trouxas com esperança de encontrá-la, mas ela nunca apareceu e ele levou um mês para desistir. Pela primeira vez uma garota havia conseguido tirar os pensamentos dele de Lynx e ela desaparecera bembém.

- Draco! Abre esta droga de porta! Você esta trancado ai há três dias! Precisamos conversar! – Astoria passou a gritar enquanto batia na porta incessantemente e ele passou a ficar irritado.

Depois que Lynx sumiu após a batalha, Draco demorou um tempo para abrir seus olhos para outra garota, de fato a mãe não o incentivou. Narcisa era muito apegada a Lynx, tanto quanto Draco e de certa forma havia esperado que eles fossem ficar juntos. Lucio por outro lado incentivou Draco a se casar de uma vez e parar de agir como um "lobo solitário", se arrependendo logo que apresentou Astoria, irmã mais nova de Daphne Greengrass. A família Greegrass era uma das poucas de sangue puro residentes na Grã-Bretanha, mas seguia hábitos um tanto diferentes dos Malfoy e Lucio tirou a prova quando questionou a garota sobre o que ela achava a respeito dos nascidos trouxas e mestiços. "Uma nobre com alma de pobre. Você pode encontrar bruxa melhor", Lucio falou na época, logo depois que Astoria foi embora para casa. Mas Draco não ligava para o que o pai dizia, depois de tanto erro que o pai havia cometido e o filho inocentemente se espelhado, Draco havia decidido mudar e achava que Astoria poderia ajudá-lo nisso, mas o resultado não saiu como o planejado e, agora eles viviam em constante pé de guerra quando o filho não estava por perto.

- O que você quer?! – Ele gritou irritado abrindo a porta. Astoria não entrava ali, odiava os experimentos dele e o cheiro que tinha o cômodo e ela mantinha Scorpius o mais longe dali.

- O divorcio!

- Já falamos sobre isso – Draco falou saindo do cômodo e fechando a porta atrás de si.

- Não, não falamos, você falou! Você não quer me dar o divorcio! Mas eu quero! Não aguento mais este lugar, essa casa, e muito menos, você!

- Vamos ser sensatos, Astoria, por favor.

- Eu estou sendo sensata. Por anos você trabalha o dia todo, e quando esta em casa fica ai enfurnado nesta sala fedorenta. Você não passa o tempo comigo ou com seu próprio filho. Sabia que ele queria um irmão mais novo? Como você quer que ele tenha um irmão, não acho que dê pra fazer com o dedo ou você conseguiu um jeito ai dentro para eu conseguir? – Ela falou e ele respirou profundamente, tentando recobrar a paciência.

- Você quer o divorcio? – Ele falou e ela afirmou com a cabeça – Me procure daqui a um ano – Draco falou entrando de novo em sua sala, batendo a porta e a trancando antes de Astoria responder e de dentro da sala ele só ouviu o grito dela.