Uma Luz nas Trevas

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(P.O.V. LYNX BLACK MALFOY)

Era um dia frio, o céu estava nublado e causava uma sombra no rosto de Lynx. Ela estava de pé, próxima a janela, seu rosto uma mascara inexpressiva. Era a segunda reunião de comensais da morte, a primeira como parte integral do grupo e não esperava que todos ficassem a encarando.

Alguns rostos ela pode reconhecer como o pai de Crabble e o pai de Goyle, Snape e Lucio também estavam lá junto com o cara estranho do cemitério que havia ganhado a mão metálica, Rabicho, como era chamado.

Severo não havia falado com ela desde que ela chegara a antiga casa dos Riddle, "temporário QG dos Comensais da Morte", como Lucio havia dito antes de aparatar com ela depois que a Marca Negra começou a queimar em ambas as peles, por isso ela se afastara de Lucio e ficara próxima a janela. Lucio por outro lado sumira de sua vista, entrando numa sala ao qual todos estavam perto da porta, do qual Voldemort saíra com um sorriso naquele rosto pálido de veias meio saltadas.

- Lynx! Bem vinda a sua primeira reunião, espero que não esteja intimidada, temos muito do que tratar aqui – Voldemort falou dando mais um sorriso, todos que conversavam entre si se calaram para ouvi-lo e se antes os olhares a incomodavam, agora a irritavam. Depois que todos se sentaram numa mesa que tinha na pequena sala de jantar, Voldemort teve sua crise existencial por ninguém ter antecipado o seu retorno e então deu a missão para cada um – Lucio, eu espero que sua influência no Ministério seja bem alta, quero o Potter condenado pelo uso indevido de magia com o ataque dos dementadores.

- Sim, milorde, eu terei uma conversa com o ministro. Fudge me deve uns favores – Lucio falou e olhou para Lynx, que aguardava sua missão. Depois que recebiam suas missões, Voldemort dispensava os comensais da sala, e só estavam presentes naquela sala Snape, Lucio, ela e Lord Voldemort.

- Pode sair Lucio – Voldemort falou e Lucio o olhou confuso, não esperando por essa ordem. – Eu disse para você sair! – Ele falou mais alto e desta vez ele o obedeceu, deixando os três sozinhos na sala – Lynx, tenho uma missão bem especial para você.

- Milorde? – Lynx falou olhando para ele curiosa, porém com receio da missão. Ele se levantou e andou até ela, as mãos dele estavam em suas costas, mas antes de ficar a menos de meio metro dela ele se virou e continuou andando.

- O quão próxima você e o Potter são?

- Não muito.

- Resposta errada – Ele falou segurando ela pelo pescoço, erguendo-a um pouco do chão e deixando ela ligeiramente sufocada. Ela se atreveu a empurrar a mão dele que não estava tão presa e ela olhou para ele com raiva, mas ele não se intimidou e porque se intimidaria com uma garota de quatorze anos? – Quero você se torne próxima do Potter, quero que você me informe todos os planos dele. Como ele tentará me derrotar e...

- Ele desconfiará – Ela o cortou – Ele é esperto, pode não ser o garoto mais inteligente da escola, mas não é burro, e se ele não desconfiar a sangue-ruim vai.

- Então, aproxime-se do mais trouxa.

- O senhor quer dizer...

- Rony Weasley, obvio. Não deve ser tão difícil, ele deve estar exausto da preferência de todos com o Potter, deve aceitar qualquer tipo de carinho, ainda mais vindo de uma garota – Voldemort falou – Você vai conseguir, certo?

- Farei o que o desejar, milorde – Lynx falou e saiu da sala, não esperando ser expulsa como o Lucio foi.

***

(P.O.V. SEVERO SNAPE)

- Senhor, não acha demais essa missão para ela? – Snape perguntou depois que ela saiu, fechando a porta atrás de si. Um sorriso sinistro surgiu no rosto de Voldemort, um sorriso que Snape ficou desconfiado.

- Primeiro aulas extras, agora essa preocupação com a garota, é adorável ver seu lado paternal surgindo tão rápido – Voldemort falou, deixando Snape incomodado, ele não sabia onde o Lorde das Trevas queria chegar – Acredito que não tenha gostado de eu ter colocado sua filha para trabalhar para mim, ou estou enganado?

- Minha... o que?

- Sua filha, ou ainda não percebeu? – Voldemort falou dando um sorriso e abrindo uma brecha da porta, vendo a garota conversando com Lucio próximos a janela – Lucio nunca foi um bom pai, ele roubou seu lugar e desprezou.

- Ela não pode ser minha filha.

- Tanto pode como é. Ela é filha de Bellatrix Lestrange e você era o único a quem ela se encontrava em suas fugas, mesmo não confiando em você. Se não acredita em mim, olha bem para ela e você poderá se ver nela, ela pode não ter os mesmos traços, é bela como a mãe, mas tem seus olhos, seu cabelo. E quais são mesmo as matérias que ela é boa em Hogwarts? Ah, claro, as mesmas que foram as suas – Voldemort chamou Severo com um aceno de mão e ele se aproximou, observando Lynx pela fresta da porta – Admita Severo, sua filha cresceu uma extraordinária bruxa.

Voldemort se afastou e Severo permaneceu observando ela dali. Ele não podia acreditar no que Voldemort havia acabado e dizer, mas os fatos batiam. A vez em que Bellatrix se encontrou com ele no Caldeirão Furado, ele sabia que bebera demais, sabia que havia feito algo que se arrependera, mas não sabia que havia tido um fruto àquela noite.

*FLASHBACK 15 ANOS ATRÁS*

"Ela esta grávida do Potter", Severo pensou virando mais um copo de whisky de fogo. Ele esperava ficar bêbado logo, mas já estava no quinto copo e nada acontecera.

- Ora, ora, ora. Se não é o ranzinza Severo Snape – Aquela voz foi o cúmulo para a noite dele piorar. Dentre todos os bares de toda a Grã-Bretanha, ela tinha que entrar nesse.

- Acho que dementadores não são o bastante para manter você presa, não é, Bellatrix Lestrange. Quando vai aprender a pentear os cabelos? – Snape falou e ela fez uma careta prendendo o cabelo num coque.

- Não oferecem pente quando fugimos. Logo vou voltar, então não me chateie – Ela falou e pediu uma bebida.

Conforme eles bebiam, mais eles conversavam, e não demorou para eles fazerem o inimaginável.

- Me dê a chave lá de cima – Bellatrix pediu para o homem que nos servia o whisky.

- Não destrua o quarto. Se aparecerem aqui vou dizer que você está lá. – Ele falou entregando a chave.

- Sem problemas, não vamos demorar – Ela falou e esticou a mão para Severo.

- Vamos? – Ele perguntou confuso.

- Severinho ta de coração partido, vou recompensá-lo – Ela falou dando uma risada e quando ele ficou meio receoso ela o beijou. O beijou sem pensar em nada. Fazia anos que não beijava alguém, que não beijava seu marido, que a essa hora devia estar dormindo em Azkaban, mas não se importou e ficou feliz quando sentiu ele correspondendo ao beijo, afinal seria constrangedor se ele negasse. Ela se afastou dele e o puxou pelo braço para uma escada que tinha num canto do bar e subiu com ele logo atrás. Ela pegou o molho de chaves e abriu a porta do "quarto emergencial".

*FIM DO FLASBACK*

- Eu vou soltá-la Snape. – Volemort falou, chamando a atenção de Snape de suas memórias – E quero que você proteja a garota, Bellatrix já tentou matá-la quando ainda estava grávida, não acho que será difícil dessa vez se ela tentar e eu quero a garota viva. Tenho planos para ela no futuro.

- Sim, milorde – Snape falou e por fim saiu da sala, deixando Voldemort sozinho.

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Proud and Love - Draco Malfoy fiction (Livro1 || Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora