À medida que foi se acalmando os bombeiros conseguiram tirar ela do carro e colocar na maca para seguir pra ambulância, antes de chegar Lupe se aproximou e segurou a mão da filha com preocupação.
— Mãe? Mãezinha o Léo não tá bem, vai ver como ele tá por favor.
— Você tem que ficar calma meu coração, ele tá bem, o Nelson está com ele.
— Fica com ele, não deixa meu amor sozi... — seus olhos pesaram e parou de falar.
— Temos que levar ela pro hospital imediatamente, pode ir seguindo a ambulância senhora — Lupe sentiu medo naquele momento, um dos paramédicos percebeu e a colocou dentro da ambulância junta da filha. — Fica aqui, só me deixa cuidar dela. — a senhora com os olhos lacrimejados assentiu e só ficou segurando a mão da filha.
Nelson estava conversando com o policial para obter mais detalhes do acidente, mas tudo estava confuso para todos então resolveu acompanhar as ambulâncias que levava Leopoldo e Refúgio.
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No hospital, Guadalupe teve que preencher os dados da filha e o genro, deu graças a Deus que Refúgio tinha tudo na pasta compartilhada para eventos como aquele, claro que não era previsto, mas sim para precaução. Nelson chegou em seguida e ficou com ela.
— Leopoldo está fazendo exames de imagens daqui a pouco o médico chama, minha filha está bem ruim, tinha muito sangue.
— Calma amor, estou aqui e vamos ficar todos bem.
— Se acontecer algo com minha menina juro que mato ele.
— Guadalupe, por favor. Assim como você está brava eu também estou, mas não estou ameaçando ninguém.
— Tá desculpa, mas minha filha estava desacordada...
— Família de Leopoldo e Refúgio Fernandez — um médico chegou e chamou.
— Aqui! — falaram juntos.
— São o que deles?
— Pais deles. Eu sou mãe dela e ele pai dele.
— Ok, vou dar o informe. Leopoldo tem álcool no sangue, e a polícia vai ser avisada, mas não teve trauma interno, fizemos uma tomografia, RX e ecografias para os tecidos moles e tudo normal, recebi o prontuário dele, tem pouco menos de dois meses ele foi trazido para cá com ferimentos de um acidente, naquele momento não tinha lesões e nem teor alcoólico, mas hoje tem.
— Eles estavam em uma festa da empresa dela.
— Certo, o teor é baixo, mas... bom ele vai ser levado para o quarto, como foi me informado que eles tem plano, vou colocar ele em observação no geral e depois mando para o quarto.
— E minha filha?
— Ela bateu a cabeça no vidro e por isso desmaiou quando foi resgatada, estamos na neurologia com ela agora, fizemos exames de sangue e toxicológico, e dela o teor era igual ao do marido, nada fora do normal, mas para uma direção sim, perigoso para ambos. Vamos fazer mais exames nela, os cortes foram superficiais e não tem trauma interno, somente vamos observar a batida na cabeça por agora.
— Podemos ver eles?
— Ainda não, quando forem para o quarto eu mando chamar. — o médico saiu e eles se olharam e foram sentar na sala de espera.
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Horas depois Lupe e Nelson foram informados que Leopoldo estava indo para o quarto privado e que Refúgio ficaria no mesmo depois que deixasse a observação neurológica.