Elisa estava no quarto do irmão procurando uma camisa quando viu a caixa de camisinhas e não gostou, ele era o seu irmão caçula e isso significava que existia harpias rondando seu bebê. Quando desceu as escadas deu de cara com o irmão e uma garota no sofá curtindo o momento a sós.
— Não posso vir depois do colégio, vai ser no depósito de novo.
— Ah vai? Adoro correr perigo — ele apertou sua coxa e cheirou seu pescoço sorrindo.
— Se sua irmã me vê aqui? Ela não vai gostar da namorada do caçulinha ser dois anos mais velha.
— Não vou mesmo, meu irmão sabe e por isso não me falou da... — ela ia avançar quando escutou a campainha e olhou feio pro irmão.
— Salvos pela companhia meu amor, vem, vamos fugir dela — beijou o ombro dela e levantou com Regina com as pernas entrelaçadas na sua cintura.
— Moleque safado, se a mamãe ou o papai deixaram, eu não vou deixar, não mesmo, onde já se viu isso...
Abriu a porta e sentiu o sangue gelar, a mulher mais velha na sua frente era linda e sedutora, ficou até sem palavras e nem abriu a boca, só fez uma cara séria.
— Um clone da Rê, você só pode ser a Elisa.
— Dependendo do que quer não vou confirmar nem negar, ainda não sei quem é você — cruzou os braços encarando ela com mais intensidade.
— Karolina Barcelos, amiga da Refúgio, conheci ela e seu pai e soube do acidente, fiquei preocupada.
— Os dois estão bem, foi só um susto — se desarmou jogando os braços pro lado do corpo.
— Então vai se apresentar pra mim senhorita?
— Elisa Fernandez, a filha mais velha — sorriu toda marota.
— Uma versão melhorada com mais qualidades e atributos pelo jeito — achou uma simpatia de menina, mas logo sentiu o olhar lascivo da jovem em seu decote.
— Eu digo que você veio aqui Karolina, em alguns dias ela tem alta e vai vim pra casa, pois no hospital somente família pode fazer visitas — ficou apoiada num pé só fazendo um quatro e sorriu mostrando que ela não tinha se intimidado.
— Então é isso... foi um prazer — suspirou se sentindo fisgada por aquele projeto de lésbica.
— Foi bom saber que minha mãe já tem amigas no trabalho — encostou a porta atrás dela e ficou ao lado da mulher.
— Não tenho boa fama com as mulheres, sua mãe foi a única que se chegou e foi uma amigona sem igual — sua sinceridade fez Elisa dar uma gargalhada gostosa.
— Essa é minha mãe, sem preconceito, você pode ser a mais devassa do mundo, que minha mãe te olha normalmente. Seu carro? — apontou o Porsche Cayenne vermelho estacionado na rua.
— Sim... é meu sim.
— Ótimo, te acompanho até lá e espero você sair.
E assim Elisa o fez, acompanhou de perto Karolina até o carro e abriu a porta dando um sorriso faceiro.
— Espero ver você em breve — quando ia avançar foi impedida. — Ui é casta, mas fica provocando quando quer.
— Acha que vai matar seu tesão comigo? — riu e balançou a cabeça em negativo. — vai pra casa descansar titia.
— Como ousa? — sentiu seu corpo forçado por ela a sentar na cadeira de motorista.
— Conheço seu tipo, acabei de terminar uma relação e não estou procurando nada nem ninguém — se afastou.