Em casa por causa da gravidez dos gêmeos, Refúgio tinha sempre por perto Karolina, apesar de ser praticamente dona da emissora, ela sempre gostava de se envolver nos editoriais. E como o novo programa caiu nas graças dela, aproveitava e ficava com a editora chefe do programa por perto. Quem não gostava muito e deixava claro pra esposa era Leopoldo, não queria problema com a chefe da esposa, mas não queria aquela mulher tendo ideias equivocadas e atrapalhando a carreira de Refúgio.
— Segura essa ideia meu bem, adorei e vou fazer uma vídeo chamada pro Guerrero.
— Ele não vai gostar, é muito feminino, você mais que ninguém sabe que ele é machista quando quer.
— Sou a patroa, eu mando querida — levantou e colocou os saltos que estavam perto da porta — vou na cozinha, quer algo linda?
— Não precisa, eu vou ao banheiro, talvez demore um pouco, mas fica a vontade — levantou colocando as pantufas.
— Tudo bem, vou lá, minha lindinha — jogou um beijinho pra ela e saiu.
O que Karolina não poderia imaginar foi encontrar Elisa com um short de futebol folgado, a camisa da seleção Argentina, ambos sujos de terra e ela bastante suada.
— Titia a senhora por aqui? — tirou os meiões e colocou perto da chuteira — veio trabalhar com minha mãe ou só visitar?
— Elisa, eu posso ser cardíaca sabia — pegou um copo e encheu de água, ficou encostada na bancada de costas para Elisa.
— Huuum... interessante — se aproximou e abraçou a cintura dela dando uma encaixada e um beijo em seu pescoço.
— Aaahhhh... maldita pegada sua moleca — gemeu e empinou o bumbum.
— Sem escândalo, meu pai tá por perto — deixou uma mão segurando sua cintura enquanto a outra amassou seus seios trazendo seu corpo pra perto dela e mordiscou sua orelha.
Leopoldo desavisado entrou na cozinha e parou se surpreendendo com a cena na cozinha, não imaginou a filha tão dominadora com a chefe de Refúgio, Elisa tinha o sangue fervendo como todo Fernandez, sempre que gostava de alguém sempre tinha que "atacar" com sua melhor arma, a sedução e a pegada matadora. Mas para Karolina aquela degustação não ia durar muito e sentiu o vazio dos braços fortes de Elisa e suspirou imediatamente indignada.
— Não me atiça e sai correndo pirralha — teve que pôr as mãos na bancada e se segurar para não cair.
— Meu pai tá em casa e minha mãe também, o que acha deles pegar a filha abusando de uma idosa na cozinha?
— Idosa é sua vovozinha — virou dando de cara pra ela e sorriu boba.
— Quero te beijar antes de ir ao banho — ergueu ela na bancada.
— E seus pais? — tentou se afastar, mas foi puxada.
— Não me testa — segurou o rosto dela e roubou um beijo intenso e sincero, mostrando que ela não brincava em serviço.
Minutos depois e alguns beijos de deixar as pernas bambas Kaká foi com dificuldade até o escritório, fez uma vídeo chamada com Guerrero acertando alguns detalhes do novo editorial e depois ficou conversando coisas do dia a dia com Refúgio.
— Meu doce, é minha única amiga mulher, não sei como você consegue me aguentar — segurou a mão dela sorrindo.
— Eu sei, você é um amor, uma boa amiga, nos conhecemos há algum tempo e não tenho preconceito.
Elisa entrou indo direto pra mãe e beijando a testa, agora tinha os cabelos molhados, camiseta e a calça do moletom, sorriu pra Karolina e piscou pra ela.