Lupe e Refúgio entraram na ala e ficaram esperando até que Paulo a chamasse, viu pessoas entrando e saindo do consultório até que viu um dos enfermeiros que acompanhava Leopoldo.
— Aquele ali mãe, é ele que falei que estava com Leopoldo.
— Sim, foi ele que segurou o seu marido na hora que ele teve a crise, é um armário, tipo leão de chácara.
Lupe e a filha riram, e viram quando Leopoldo entrou, mas ele não as viu, Paulo estava ao lado dele tapando a visão da recepção. Eles entraram e foram direto para sala de terapia assistida.
— Então, hoje vamos estar aqui em terapia assistida, lembra que te expliquei como era?
— Sim, que tem algo para me contar, e vamos falar sobre minha vida de casado e os ciúmes que sinto.
— isso mesmo, mas que teremos dois momentos, no primeiro momento eu, o seu terapeuta André e você, e outro com alguém mais, um membro da sua família — ele assentiu e logo entrou André.
— Olá, desculpe o atraso, demorei para estacionar aqui hoje — falou sentando ao lado de Leopoldo com seu bloco de notas. — tudo certo, podemos começar e sei que o familiar já chegou também.
— Ótimo, Leopoldo quero que nos conte o que sentiu quando reprimiu o ciúmes na festa. Nos conte tudo que ouviu e viu, que sua esposa foi o centro das atenções naquela noite.
— Ela estava linda, estava usando um vestido vermelho provocante, não briguei com ela por usar nem nada, realmente ficou incrível nela, reclamei dos saltos que ela usava, pois era um que comprei para usarmos na intimidade — ele riu e tapou os olhos por um momento. — me entendem, não é?
— Sim, claro. — Paulo riu e falou baixo.
— O que me deixou sem ação foi ver o chefe dela, aquele homem dando em cima dela na minha frente e na frente da noiva dele, mas em nenhum momento eu fiz cena de ciúmes ou briguei com ela, pois percebi que ela não fazia nada — falou calmo, tranquilo. — O cara é um conquistador, e dava em cima de todas naquela noite. O que me deixou bravo também, foi ouvir alguns comentários dos homens, isso é o fato dela estar falando com a outra chefe, a dona da emissora — ele faz uma pausa e sentou melhor no sofá. — Essa senhora, gosta de mulheres, e por mim tudo bem, mas ela segurava o braço da minha esposa com firmeza e isso me irritou muito.
— Mas sua esposa, a Refúgio deu abertura, digo abertura para mais?
— Refúgio foi legal com ela desde o primeiro dia de trabalho, nossa filha Elisa é homossexual, e tudo bem, nunca tivemos precoceito com isso. Mas essa senhora sim, paquerou minha esposa, e Refúgio foi clara com ela, tanto que quando ela me apresentou, Karolina disse que agora sabia o motivo que Refúgio amava o marido.
— Mas o que mudou, o que te fez sentir inseguro naquela noite? — André foi mais fundo no tema.
— Como eu falei, eu bebi, e isso ajudou, eu estocava no bar vendo Karolina com Refúgio quando ouvi um comentário, que como assim a novata tem dos dois chefes na cola e não foi para cama com nenhum, e que pagaria para ver os pés da Refúgio e que tem um site é pago que tem pés fazendo delicias sexuais.
— Uma explosão de informações envolvendo sua mulher, mas se não tivesse bebido ou visto ou ouvido essas coisas, como supõe que teria terminado.
— Teríamos ido para casa e feito amor o resto da noite! — disse bem tranquilo.
— Vamos colocar de uma outra forma então, se tivesse brigado e feito uma cena de ciúmes, como ela reagiria?
— Ela teria ficado triste e brigado comigo e eu dormiria no quarto de hóspedes por uma semana.