Capítulo dez - Zendaya & Thomas.

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~ Sexta-feira, 23 de setembro de 2022. (Zendaya)

— Vamos, se arrume baranga! — A porta do meu apartamento foi aberta com uma certa agressividade. Senti vontade de gritar. Thomas era o pior ser humano do mundo.

— O que é isso aqui? Você tá maluco? Cara que falta de respeito! — Cruzei os braços enquanto me sufocava na nuvem de perfume masculino do meu melhor amigo. Ele estava com o topete bem arrumado, uma cara de cafajeste de quem iria me dar dor de cabeça até o fim da noite. Respirei profundamente, contando mentalmente até cem, a minha vontade era de voar na cara dele e enfiar meu alongamento de unhas em seus olhos, o alongamento que ele pagou e escolheu a decoração. Diga-se de passagem, ele tem um ótimo gosto para nailart.

— E eu quero a minha jaqueta de couro para essa noite. — Meu sangue ferveu, ele não iria usar a minha jaqueta para atrair outras mulheres, o máximo que ele conseguiria seria um soco bem dado em seu olho esquerdo.

— Nem nos seus sonhos, a jaqueta é minha e você não vai usar para atrair nenhum tipo de baranga mal vestida. Não quero a minha jaqueta cheirando a perfume barato. — Ele revirou os olhos, senti vontade de gritar.

— Tá, Faísca. Agora vai se arrumar a gente vai sair. — Ele era tão insuportável que merecia levar uma surra. Ele despertava em mim, uma agressividade absurda, de repente eu desejava fazer o pior com ele, e quando esse ser humano ridículo tinha a coragem de me tirar do sério e fazer da minha vida um circo, mais vontade de agredi-lo eu tinha.

— Não. Eu estou morrendo de cansaço. Eu não vou sair só porque você quer. Se enxerga.

— Você vai sair sim, eu não vou sozinho para a pub. — Revirei os olhos com tanta força que minha cabeça doeu. Era o meu dia de assistir drama e tomar sorvete até a minha barriga doer, o treino de pole dance havia sido intenso, todos os músculos do meu corpo estavam doloridos e eu só queria descansar para os meus atendimentos. — Sem falar que você trabalha amanhã.

— Ai mamãe, para de ser chata. Vamos festejar, a vida é curta demais para você assistir os seus coreanos chatos. — Eu o acertei em cheio com a palma da mão. Um tapa certeiro, gostoso, que cria ele tomar rumo. Ele apenas riu, talvez eu não tivesse tanta força, ou ele fosse do tipo de cara que gostava de apanhar. Então eu apenas cruzei os braços. — Eu te pago uma sobremesa. — Me levantei, tinha um vestido lindo para usar naquela noite. Se tivesse sorte, arranjaria meu marido e comeria todo o chocolate que eu quisesse. — Mulheres são todas interesseiras mesmo. Bem que os caras do podcast falam.

— Se toca, garoto. Não pedi pra você vir aqui na minha casa me encher o saco. Vou escolher a sobremesa mais cara. — Fui até o meu quarto e comecei a me arrumar. Para a sorte dele, eu havia tomado banho momentos antes dele invadir o meu apartamento. Vestido, saltos, maquiagem, cabelo, perfume e acessórios. — Tom, fecha meu vestido por favor? — Fui até ele, segurando a parte frontal do meu vestido. Ele sorriu e fez o que eu pedi.

— Cheirosa, do jeito que eu gosto. — Ele diz enfiando o nariz no meu pescoço. Sua respiração fez com que eu me arrepiava todinha. Não existiam regras contra ele cheirar o meu pescoço, eu também não me importava. A sensação era gostosa.

— O-obrigada. Podemos ir? Quero voltar cedo. — Digo sem jeito, escondendo ter gostado muito de ser cheirada no pescoço. A sensação tinha sido boa demais.

— Tudo bem, vamos. Antes, da uma voltinha para eu ver se você está bonita mesmo. — Ri um pouco envergonhada, mas dei a voltinha para ele. — Acho que essa noite eu te arranjo um marido, você está linda demais. A amiga mais linda que eu tenho.

Fireboy • TomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora