Capítulo doze - Zendaya & Thomas.

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~ Sábado, 1 de outubro de 2022. (Zendaya)

"Fique pronta, nós vamos dormir fora essa noite." Era tudo que eu precisava saber, pelo menos na cabeça dele. Sabia que o Tom tinha planos para o fim de semana, pois havia pego um plantão de vinte quatro horas apenas para ter dois dias de folga.

Três mudas de roupas, produtos de higiene, um pijama, toalhas e roupas de banho. Ele não havia dito nada sobre onde estávamos indo. Noon teria um final de semana delicioso com seus avós, algo que eu sabia que meu cachorro iria detestar, mas optei por isso, por deixá-lo com os meus pais ao invés de levá-lo. Claro, essa decisão era de partir o coração, mas ainda sim, não queria estressá-lo e o pior; suas vacinas não estavam em dia para uma viagem.

— Vamos? Quero chegar lá antes do anoitecer. Caramba Faísca, vamos ficar menos de um dia, para que tanta coisa? — O meu invasor de apartamentos favorito havia acabado de entrar no meu quarto apenas para me julgar. Revirei os olhos.

— Cuida da sua vida. Já estou sendo levada para Deus sabe onde, aí agora tenho que esperar a sua aprovação para a minha bagagem. — Ele bufou e revirou os olhos.

— Cadê o meu filho? — Lhe acertei com uma meia, Noon não era seu filho, estava longe de ser. Sem contar que Thomas era o pior pai do mundo, meu doce cãozinho estava aprendendo péssimos costumes com ele e agora usava um topetinho ridículo.

— Vai ficar com os meus pais, e o Noon não é o seu filho. — Ele me devolveu a meia em certeiro no meio da minha testa, larguei o que estava fazendo para enchê-lo de tapas. Não podia deixar aquele troglodita fazer o que quisesse de mim.

— Para de me bater, Faísca! Ai, ai! — Terminei a sessão de tapas barulhentos e me afastei, voltando a arrumar a minha mala.

— Isso é para você aprender a se comportar. Já não basta eu ter que te aturar, agora você joga uma meia na minha cara? — Ele começou a rir, meu sangue ferveu. Não era possível que eu tivesse aceitado viajar para o inferno com essa palerma. — Para de rir ou então eu te dou outra surra.

— Como se os seus tapas doessem. Seus músculos de bala de goma não botam medo em ninguém, magricela cabeçuda. — Céus, ele pediu. Arranjei uma fúria sobrenatural, provavelmente a força do meu chakra umbilical e simplesmente comecei a agredir o meu melhor amigo com toda a raiva dos meus ancestrais, puxando os fios castanhos chocolate, ameaçando até sua última geração. Tom apenas dava risada, provavelmente adorando levar uns tapas. Ele segurou as minhas mãos e me virou de um jeito que eu não conseguia mover um músculo. Aquela força brutal e selvagem mexia comigo. Thomas era um homem forte, másculo e muito sensual que não se exibia nem um pouco. — Eu me amarro em apanhar de mulher bonita, Faisquinha. Mas estamos atrasados e a estrada é longa.

— Então para de me encher o saco, tralha velha. Em cinco minutos podemos sair. — Digo finalmente enfiando minha pequena grande bolsa de maquiagem dentro da minha mala de rodinhas. Thomas não disse nada, mas eu tive certeza que ele me chamou de exagerada em seus pensamentos, e por essa razão ele levou um murro. — O próximo pensamento depreciativo sobre a minha pessoa, eu faço um omelete.

— Omelete? — Ele franziu o cenho, completamente confuso.

— Sim, para um excelente omelete eu preciso de dois ovos e uma salsicha. — Ele protegeu o que tinha entre as pernas com as duas mãos. Completamente chocado com o que eu havia acabado de ameaçar.

Ele não deu mais nenhum pio até entrarmos no carro, seu silêncio e paz eram como músicas para os meus ouvidos sensíveis. Como sempre, como o cavalheiro fajuto que o meu melhor amigo era, Thomas abriu a porta do carro para mim. Era o mínimo.

Fireboy • TomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora