Capítulo dezessete - Thomas & Zendaya

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~ Sábado, 29 de outubro de 2022. (Thomas)

     Estava terminando de desembarcar os meus pais do carro, levando todas as bagagens para dentro enquanto minha namorada ajudava paciente o meu pai que estava se queixando de dores no corpo. Minha mãe estava encantada com Zendaya, as duas fizeram questão de arrancar Claire de casa para fazerem um dia só delas, compras e fofocas.

    Eu achava Zendaya afastada dos pais, não que eu fosse bom de reparar esse tipo de coisa, mas notava que apenas seu pai lhe fazia ligações semanais e a chamava para almoços. Por ela ser a princesinha mimada, esperava bem mais atenção do que a que ela recebia.

— Fisioterapia seria ótimo para o senhor, uma pena não conhecer nenhum profissional da área para indicar para o senhor. — Zendaya era carinhosa e tinha todo cuidado do mundo para colocar meu pai em sua cadeira de rodas, era impossível não ver a felicidade e gratidão no rosto do meu pai, ao ser tão bem cuidado e receber atenção da minha garota. — Vou falar com os meus contatos e vou passar todas as informações para vocês. No nosso encontro quero ver evolução com a fisio, tudo bem? — Ele apenas concordou com a cabeça e recebeu um beijinho no topo da cabeça. Meu pai começou a empurrar as rodas da cadeira para dentro de casa enquanto Daya foi atrás de Rosie e Noon que se divertiam no jardim.

— Vamos para dentro, quero ter uma conversa séria com você. — O tom de voz não era carinhoso como ele usava com Daya, sabia que eu levaria um sermão. Apenas suspirei e ergui a cadeira de rodas, o ajudando a passar pelos degraus. Fomos para o quarto dele, sabia que era uma conversa importante e que ele não queria que mais ninguém ouvisse. — Feche a porta e sente-se. — O obedeci, rezando aos céus para que não fosse uma bronca com justa causa. Me sentei na poltrona no canto do quarto enquanto ele veio até mim. Meu pai detestava que empurrasse a sua cadeira, então o deixei vir sozinho. — Quais são as suas intenções com a Zendaya, Stanley? Ela é moça ainda, uma mulher inteligente e bonita. Se a sua intenção for apenas desonrar aquela moça, eu ordeno que você saia desse quarto e termine esse relacionamento.

— Pai... — Suspirei. Eu nunca iria entender como ele sabia que minha namorada era virgem, ela não tinha jeito de quem falaria de sua intimidade com um senhor de idade. — Olha, eu quero um futuro com ela. Sei que é o meu primeiro relacionamento sério, mas quero que o senhor saiba que eu não escondi nada da Faísca, somos sinceros um com o outro o tempo inteiro. Ainda estamos nos conhecendo para assim poder dar qualquer grande passo no nosso relacionamento. Eu não vou desonrá-la, ela é a mulher que eu quero para a minha vida e vou tomar cuidado e esperar o tempo dela.

— Você vai casar com ela? — Meu pai encarou até o fundo da minha alma.

— Eu pretendo. — Respondi rapidamente, sem mentir. Sem sequer parar para pensar e isso foi assustador, jamais tive esses pensamentos, esse desejo de me casar, mas por ela eu faria qualquer coisa.

— Então não a desonre, espere até o casamento. Ela é uma moça séria, merece o melhor de você, merece respeito, amor e muito carinho. Ela não é uma daquelas suas amigas, que você passava essa sua pipoca imunda no meio das pernas dela. — Senti meu rosto ganhar um forte tom de vermelho, meu pai não usava esse linguajar, principalmente tão perto da minha mãe, então soube ali que ele estava falando sério. — Está me ouvindo? Ela é uma mulher de respeito, a futura mãe dos meus netos. Não estrague tudo como você sempre faz. — Queria poder dizer que aquelas palavras não doeram, mas era a mais pura verdade, não era seguro o suficiente para manter um relacionamento. — Se eu fosse pai dela, jamais deixaria ela namorar com você, a sua sorte é que os pais dela não dão a mínima para o que ela faz, a enchem de dinheiro e a exibem como um troféu. Ela não precisa de mais frustrações na vida.

Fireboy • TomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora