Capítulo treze - Thomas & Zendaya.

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~ Sexta-feira, 07 de outubro de 2022. (Thomas)

    A melhor maneira de superar os sentimentos não recíprocos por uma pessoa era conhecendo outras pessoas e por mais que a minha primeira impressão com Olívia tivesse sido péssima, resolvemos tentar de novo.

    Cabelo arrumado, minha roupa estava boa. Bem, era isso. Poderia ficar em casa e assistir qualquer filme idiota, mas eu precisava sair e distrair a cabeça. Deixar de lado os sentimentos no meu peito, sentimentos esses que eu jamais imaginaria ter.

    Tomei um banho de perfume, mulheres gostam de perfume masculino e eu estava na função de agradar para ter uma noite incrível. Olívia tinha me mandado uma foto bastante convidativa, o corpo coberto apenas por uma lingerie vermelha sangue, as peças de roupas tão pequenas que beiravam a indecência, como eu gostava. Porém meu pau não subiu, não deu nem sinal de vida. Isso definitivamente não era normal. Eu fingi não saber o motivo, era melhor assim.

"Tomtom, tá em casa? Se sim, por favor, poderia trazer uma caixa de chá de gengibre para mim? Por favorzinho."

    Sorri para o celular, o jeitinho meigo da minha melhor amiga. Eu não tinha chá de gengibre em casa e estava atrasado para encontrar com Olívia, porém era um pedido especial, não deixaria a minha amiga na mão. Fui ao mercadinho mais próximo, comprei biscoitos amanteigados, uma caixa de bombom e uma caixa de chá de camomila. Fui até o apartamento dela, usando a chave com um pompom cor-de-rosa com um perfume suave de morango para abrir a porta. O chaveiro tinha sido um item que eu roubei dela, um item que gerava piadinhas entre o meu grupo de amigos, mas se ela podia roubar as minhas coisas, eu podia roubar as dela também.

— Cheguei com o seu chá de capim limão. — Digo tirando os sapatos na entrada. Pela organização do apartamento, pude ver ela encolhida no sofá, uma expressão de dor. Meu corpo entrou em alerta instantâneamente. — Faísca? Está tudo bem? — Fui até ela, largando a porta aberta e a sacola no chão.

— Cólica muito forte, acho que tem um bebê elefante dançando sapateado em cima do meu útero. — Suspirei profundamente, me sentando ao seu lado no sofá. Acariciei seus cabelos e deixei um beijo em seu rosto. Notei as lágrimas nos cantos dos olhos, a dor parecia intensa demais.

— Quer ir para o hospital? — Ela negou com a cabeça, dizendo por telepatia que era médica e sabia o que estava fazendo. Suspirei. — Quer que eu ligue para a sua mãe?

— Não, ela já tem muito trabalho com o Ju, eu vou ficar bem. Vou tomar um chá e um remedinho. Logo estarei novinha em folha. — Ela diz, ela tentou se sentar, mas a dor a atingiu em cheio, forçando-a a ficar imóvel.

— Meu bem, fica aí deitadinha. Eu preparo o seu chá e pego o seu remédio. — Digo baixinho deixando um beijo em seus cabelos perfumados.

    Ela resmungou algo sobre eu ter um compromisso, estava atrasado a mais de quarenta minutos, porém iria ajudá-la e garantir que ficasse bem, pois minha noite só seria boa se ela ficasse bem. Coloquei a água para ferver, troquei a água e servi um pouco de ração para Noon. Peguei a bolsinha de remédios no armário do banheiro e retornei à sala. Servi os biscoitos amanteigados em uma tigela pequena, levei para ela juntamente com um copo de água, a ajudei a sentar e a tomar o remédio, terminei de preparar o chá, não adocei, se era para curá-la, não tinha que ter açúcar.

— Como está se sentindo? — Perguntei, ela faz uma careta para o chá. Ri baixinho.

— Vou ficar bem, obrigada. Agora vai encontrar com a sua baranga. — O nariz arrebitado estava vermelhinho, uma gracinha. Deixei um beijo ali.

Fireboy • TomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora