Capítulo vinte e dois

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Cadu

Espero a Iara aparecer e olho pela milésima vez no meu relógio.

"Cadê, você, porra?!" murmuro impaciente e suspiro alto. Pego o celular e tento falar com a mulher que tem virado a minha vida e mente.

"Calma, já estou descendo" Iara diz ao atender a ligação e desliga na minha cara.

"Filha da puta!" rosno jogando o celular de lado e aguardo mais alguns minutos, mas logo vejo Iara se aproximar.

Eu seco o seu corpo gostoso coberto por um simples vestido preto de alça, ele é colado mostrando as suas curvas que deveriam ser apreciadas apenas por mim. Felizmente ela usa um casaco longo que cobre boa parte de seu quadril, mas não é o suficiente para ela passar desapercebida.

"Oi" diz ao entrar no carro e sorrio sem mostrar os dentes.

"Isto é roupa para usar apenas comigo!" não escondo o sentimento de ciúme e Iara revira os olhos.

Não sei quando essa porra começou, mas senti apenas pela Iara, e esse caralho me deixa com a mente mais fodida que o normal!

"Não começa, Carlos. Estou aqui para conversarmos sobre o resultado do exame, preciso ser rápida, vou trabalhar ainda hoje" arqueio a sobrancelha pois não sabia disto.

"Eu não sabia que trabalharia hoje" murmuro e Iara dá de ombros pegando alguns papéis de dentro do envelope.

"Aqui está, eu fiz o teste de farmácia e exame de sangue" murmura e olho para as folhas.

"Nada?"

"Sim, não estou grávida" responde e coço a nuca balançando a cabeça.

"É confiável?" Iara revira os olhos e me olha com tédio "Certo" murmuro e a entrego os papéis "Agora vai parar de me evitar?" ela suspira e me olha.

"Eu falei de você para os meus pais e adivinhe?" arqueio a sobrancelha e dou de ombros "Eles odiaram o fato de ser você, um Montenegro".

"O que há de mal?"

"Cadu, somos de mundos diferentes, sem contar que a minha família trabalha muito para a sua, e para vocês acabarem com o nosso negócio, é questão de segundos."

"O nosso lance é apenas entre nós" ela nega e alisa o vestido em suas coxas.

"Eu até falei que não é algo sério, não é como você fosse me pedir em namoro ou algo assim, mas os meus pais não aprovaram" Iara diz como se isto fosse algum empecilho, porra, foda-se!

"Não vou parar de te ver por isso" eu a deixo ciente e seguro em seu rosto "Só entre nós" sussurro olhando para os seus lábios rosados e os beijos suavemente. Sinto melhor o cheiro gostoso de sua pele macia e o meu pau reage como um maldito filho da puta.

"Cadu, preciso... ir" diz ao me empurrar e suspiro irritado.

Porra, Iara já tem me evitado por malditos dias e vai prolongar? Tomar no cu!

"Eu vou te levar" ela nega e tenta sair do carro, mas o tranco "Está me evitando e não gosto disso" falo sério e a espero colocar o cinto de segurança para só então dirigir em direção de sua casa.

"Você sabe o motivo e..."

"Deu negativo o teste, qual a desculpa da vez?" pergunto sarcástico e acelero "Não fode!" exclamo puto e ficamos em silêncio o restante do caminho. Ao avistar a sua casa, estaciono um pouco longe pois não quero afastar ainda mais a mulher do meu lado "Que horas vai sair de lá?"

"Carlos, eu não ficar com você..."

"Quer ir por este lado?" eu a interrompo e Iara engole em seco se encolhendo no banco "Não sabe com quem está lidando e muito menos do que sou capaz de fazer para ter o que quero!"

A droga do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora