A droga do amor

Capítulo vinte e cinco

Iara

Observo Cadu conversar com o pai e fico sem saber se ele realmente dormirá comigo nesta noite, estive pensando durante estas longas horas e decido enfrentar. Quero estar com o Cadu e ficarei com ele, não vou mais esconder dos meus pais e de ninguém!

"Filha, vamos?" minha mãe pergunta tocando em meu ombro direito e assinto, eu a espero caminhar na frente e olho para o Cadu, mas o mesmo não me olha e isto me faz suspirar. Dou de ombros e não tendo escolha, saio da mansão.

Fico pensativa durante todo o caminho já que o Cadu pareceu ter mudado de uma hora para outra.

"Eu vou tomar banho e dormir, amanhã podemos conversar?" murmuro para a minha mãe que assente me dando um abraço e um beijo na testa. Em seguida eu subo as escadas e tranco a porta após entrar em meu quarto, então separo uma camisola e entro no banheiro, tomo um rápido banho e me troco. Deixo a porta da varanda apenas encostada e me deito na cama, pego o meu celular para passar o tempo e franzo o cenho quando me dou conta da demora do Carlos.

Iara: Você não vem?

Eu o envio uma breve mensagem e aguardo, rolo na cama de maneira impaciente e sinto o meu coração acelerar quando escuto o barulho de notificação.

Cadu: Não.

"O que houve?" murmuro sem entender e deixo o celular de lado, então me levanto para trancar a porta da varanda e volto a me deitar.

Controlo a vontade de interrogar o Cadu ou até mesmo investigar se ele irá sair, mas tento pensar com coerência e deixo tudo como está. Demoro a pegar no sono e acordo perto das onze horas, então me levanto e faço a minha higiene matinal. Em seguida desço para tomar café e suspiro ao notar que estou sozinha em casa, pego o meu celular e respondo a mensagem da Suelen aceitando o seu convite para passear mais tarde.

"Iara!" eu me assunto e reconheço a voz de Cadu, franzo o cenho e me levanto indo até a porta de entrada.

"O que faz aqui?" pergunto confusa e ofego surpresa quando ele me entrega uma flor e um embrulho.

"Posso entrar?" pede baixo me deixando ainda mais sem entender esta situação.

"Sim" murmuro e o dou espaço "Hm, obrigada" falo sem jeito e coloco as coisas na mesinha de centro para conseguir fechar a porta.

"Precisamos conversar" em minha frente há um Cadu sério, e eu nunca o vi desta maneira.

"Ok" eu me sento no sofá e o aguardo falar.

"Não poderemos continuar com isso" fala olhando em meus olhos e pisco lentamente assimilando as suas palavras.

"Isso, você quer dizer ficando?" ele assente e suspiro me sentindo estranha e incomodada "Por que?"

"Coisas minhas, Iara!" fala curto e me encolho voltando a olhá-lo.

"Tá bom" digo em um fio de voz e engulo a bizarra vontade de chorar, então me levanto e Cadu me olha fortemente me deixando incomodada "Se é apenas isto..." aponto para a porta e sorrio sarcástica para o "presente" na mesa.

Ele realmente me presentou para me chutar de sua vida?

"Olha, não é que eu queira isto, mas é preciso... Porra, ainda está tudo fodido" eu o escuto dizer e ouso me aproximar.

"Por que não pode me dizer a verdade?" Carlos nega e suspira passando a mão no rosto.

"Não quero te envolver nisso, você não merece" diz estranhamente calmo e toca em minha bochecha "Não tem noção do quão fodido será para me forçar ficar longe e não poder te tocar."