Capítulo dois

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Iara

Eu encontro a minha mãe e a espero no sofá no meio do corredor, nem pensar que sairei sozinha deste lugar. Aquele cara é extremamente perigoso e não precisei de muito para perceber isto.

Estou mais ou menos a alguns minutos esperando e nada da minha mãe voltar, até que recebo uma mensagem dela dizendo que irá demorar e me diz para ir embora de Uber. Suspiro e penso sobre recusar e esperá-la, mas eu estou bastante cansada e não vejo a hora de chegar em minha casa, tomar banho e deitar para dormir.

Iara: Estou indo.

Envio a mensagem e entro no carro do aplicativo, felizmente ele está a cinco minutos daqui então me apresso a sair. Mas tomo cuidado e olho para todos os lados até chegar no portão.

"Fugindo?" reprimo um grito ao escutar a voz rouca e me viro vendo o rapaz fumando, ele está encostado no muro ao meu lado.

"Não, não estou fugindo" tento firmar a minha voz, mas é difícil. Estou sozinha neste lugar imenso e escuro, não há mais ninguém ao redor e este cara é assustadoramente perigoso.

O silêncio se instala e sutilmente eu me afasto, olho para o meu celular e suspiro ao ver que o Uber cancelou a viagem. Faço menção de voltar para o campo, mas a presença do rapaz parado agora, em minha frente me faz recuar.

"Licença" peço tentando mais uma vez passar e ele nega se aproximando e eu me afasto dando passos para trás, até eu pisar em falso, mas antes de cair sou segurada pela cintura.

Os nossos rostos estão pertos e engulo em seco ao sentir o cheiro bom de perfume amadeirado misturado com o cigarro e há levemente o aroma alcoólico em seu hálito.

Rapidamente eu o empurro pelo peito e me equilibro, tento já que as minhas pernas estão trêmulas.

"Obrigada" murmuro e caminho em direção do campo, mas a voz rouca me faz parar e olhar para trás.

"Cadu" diz e o olho confusa "O meu nome, é Carlos Eduardo, mas me chamam de Cadu" abro levemente a boca entendendo a sua fala e balanço a cabeça.

"Eu sou a Iara."

"Combina com você" fala e faz sinal para eu me aproximar, mas não faço isso "Eu te levo embora" engulo em seco e nego agradecendo "Eu estou dizendo que te levarei embora, Iara!" o seu tom é mais firme e Cadu se aproxima segurando em meu braço esquerdo "É uma maneira de me redimir pela primeira impressão que deixei" o seu toque me faz arrepiar e rapidamente me afasto.

"Obrigada, mas não é necessário. Eu não te conheço então não irei ficar sozinha com você."

"E como está neste momento?" pergunta arqueando a sobrancelha e engulo em seco "Não há ninguém por aqui, você está totalmente indefesa em minhas mãos" eu não gosto de seu tom e o encaro firme.

"Não, é o que eu disse!" falo firme e caminho apressadamente de volta a mansão, eu aguardo a minha mãe no mesmo lugar e saímos perto das duas horas da manhã, felizmente eu não vi mais o Cadu, mas na verdade, sei que nunca mais irei vê-lo.

Os meus dias são mais tranquilos ainda mais agora que não há eventos no meio de semana, então o meu tempo é inteiramente livre, quero dizer, eu faço balé e continuo cursando confeitaria, mas não tomam tanto o meu tempo.

Neste momento eu estou no shopping com a Suelen, a minha amiga de infância. Aproveitamos para comprarmos algumas roupas e também passear.

"O Jairo falou que abriu um barzinho no centro, perto da escola agrícola, vamos?" dou de ombros e balanço a cabeça.

A droga do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora