Capítulo trinta

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Iara

Respiro fundo lavando mais uma vez no dia a minha boca. O meu coração está batendo muito forte e não posso controlar o choro silencioso de desespero.

Céus, quais a chance de eu estar grávida?

Eu fiz tudo certo, fui ao médico e pedi exames, também comprei testes e todos me comprovaram que está tudo bem, que não estou grávida.

Eu lavo o rosto e o enxugo, me encaro no espelho e não vou conseguir disfarçar os olhos inchados. Respiro fundo algumas vezes até tomar coragem e voltar para o salão, lentamente eu me aproximo da mesa e me acomodo na cadeira.

"Vomitou?" Carlos pergunta e suspiro o olhando séria "Está me escondendo algo?" nego e mexo as minhas mãos nervosamente.

"Não, eu... fui ao médico e te mostrei os resultados, Carlos, eu realmente não sei o que está acontecendo. Se estou doente ou..."

"Grávida de mim, do meu filho ou filha" o meu corpo estremece com a sua fala e tento fingir não ter sido afetada.

"Isto não pode acontecer, nem mesmo pondere!" falo nervosa e ele segura em minhas mãos.

"Eu não vou te deixar na mão, Iara, fizemos isto juntos, cuidarei de vocês" desfaço o toque e me mantenho longe.

"Nem mesmo sabemos se é uma gravidez, pare de dizer assim por favor."

"Após sair daqui, iremos em algum laboratório ou o que for, não irei embora antes de saber do resultado de outro exame seu" eu gostaria de negar, mas também preciso tirar esta dúvida.

Eu apenas assinto e temos um almoço silencioso, eu comi pouco porque estou me sentindo muito enjoada, e esta sensação está me deixando cada vez mais aflita. Não que eu pense o pior de um bebê, mas o Carlos irá se casar, caramba, e se eu estiver grávida como vamos lidar com isso? Ele fingirá não ser um pai ou o que?

Eu fico submersa em meus pensamentos que apenas caio em mim quando vejo que estamos em um laboratório. Logo sou atendida e converso com a médica, ela me dá algumas instruções e realizo os exames necessários.

Quando saio da sala eu vejo o Carlos me esperando e não disfarço a minha expressão de medo.

"Nunca irei te deixar" ele diz me puxando pela cintura e cola os nossos corpos, repouso a minha cabeça em seu peito forte e infelizmente me sinto bem e protegida em seus braços "Minha Iara" eu o escuto murmurar e beijar o tipo da minha cabeça "Podemos ir embora ou iremos esperar?"

"Ela disse que é rápido, podemos esperar" digo baixo e seguro a vontade de chorar. Carlos acaricia as minhas costas e me aperta contra si.

"Não posso permitir que nos afaste, Iara. Ainda mais neste momento."

"Não fale, quando sair o resultado iremos decidir o que fazer, por favor" falo esgotada emocionalmente, porque se o resultado for positivo, não tenho direito de afastar o Carlos se esta não for a sua vontade, e ele parece nem um pouco disposto a me deixar.

Lentamente eu me solto dele e me acomodo em uma das poltronas vazias, Carlos senta ao meu lado e me observa em silêncio. Suspiro o ignorando e pego o meu celular para enviar uma mensagem a Suelen, preciso avisa-la resumidamente de onde estou.

Suelen: Quer que eu vá aí para expulsar ele?

Iara: Está tudo bem, quando eu chegar nós conversamos. Obrigada!

"Pare, de me olhar assim" digo baixo e Carlos suspira relaxando as pernas longas e as afastando, e droga, eu não deveria achar isto sexy!

"Sinto a sua falta" eu não esperava por suas palavras e engulo em seco evitando olhar para os olhos escuros.

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⏰ Última atualização: Sep 08 ⏰

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