Be again - mazze runner (newt)

16

Alice.

Gally finalmente abre a porta do matadouro, Thomas entra e se senta ao meu lado enquanto o loiro nos tranca novamente.

_Gally, você sabe que nós não podemos ficar aqui para sempre né?
O moreno questiona.

_Cuide dela.

Gally diz e vai embora.

_Qual é a desses garotos com você?
Solto uma gargalhada sincera.

_Porque me seguiu?

Fecho meu sorriso, eu sabia que uma hora ou outra acabaria por mencionar esse assunto com ele mas não sabia que seria tão cedo. Me ajeito e olho para Thomas.

_Minho estava no labirinto e, e eu tive um sonho com você. Não poderia deixá-lo morrer sem antes descobrir se era uma memória ou não.

_E oque sonhou?

_Eu, você e provavelmente aquela novata no C.R.U.E.L.

Thomas me olha assim que eu menciono a garota.

_Estranho, você não se importa em saber se eu sou sua irmã mas presta atenção quando eu falo sobre ela.
Solto uma risada irônica.

_Vem sonhando com ela não é? Bom, vou levar seu silêncio como um sim.

_Não diga nada a ninguém por favor, Gally já me odeia.

_Se você não contar, eu nao conto.
Thomas me olha com um sorriso e eu retribuo.

_Minha irmã então? Bem que eu notei nossas semelhanças.

_Sim, mas só pra deixar claro, eu sou a mais bonita.

_Que mentira!

_Meus olhos são maravilhosos.

_Seus olhos são idênticos aos meus e eu sou mais velho, então nesse quesito eu ganho.

_Eu tenho covinhas.

_Mas você não tem essas pintas.

_Touché!

Ambos rimos.

_Nunca sonhou comigo?

_Eu me lembro se você Alice, se é isso que quer saber.

_E oque lembra?

_Eu, você e nossos pais. Estávamos na nossa casa, nós corríamos pelas plantações de soja enquanto Celene fazia nosso almoço juntamente com papai.

_Celene?

_Nossa mãe.

_E oque aconteceu?

_Nosso pai saiu e voltou com uma ferida preta como a de Alby, nunca mais o vimos...

_E Celene?

_Ela também foi infectada, mas antes nos deixou com o C.R.U.E.L, foi a última vez que a vi.

_Fico feliz por te ter aqui Tommy.

_Fico feliz por termos nos reencontrado Alice.

Sorrio para ele, mas desmancho rapidamente.

_Pode me prometer uma coisa?

O garoto faz um sinal com a cabeça para que eu prossiga.

_Me prometa que terá cuidado. Thomas, eu e você somos a única família um do outro agora, não pode sair correndo pelo labirinto feito um doido que não teme a morte.

_Eu prometo Alice.

Esbanjo um pequeno sorriso ladino que é retribuído. Ouço um barulho de passos vindo do lado de fora.

_Quem tá aí?

Thomas pergunta.

_Sou eu.

A voz doce e infantil de Chuck ressoa em meus ouvidos me fazendo abaixar as guardas novamente.

_Foi mal Chuck.

_Toma, vocês vão ficar melhores de barriga cheia.

O garotinho entraga a Thomas uma pequena "cesta com alguns alimentos". Agradeço imensamente pelo coração grande de Chuck, pois estava faminta.

_Valeu Chuck.

_Obrigada.

Começamos a comer rapidamente. Olho para o garotinho que segurava algo em suas mãos.

_Oque é isso aí?

Chuck entrega um pequeno boneco de madeira para Thomas que me entraga depois de analisar.

_Ficou muito bonito.

_É, muito bom mesmo. É pra que?
Meu irmão pergunta curiosamente.

_É para os meus pais.

_Lembra dos seus pais?

Pergunto.

_Não, mas eu sei que devo ter pais. E onde quer que estejam, devem sentir minha falta. Mas eu não sinto, porque não lembro deles... Oque acha que irá descobrir lá amanhã?

_Eu não sei.

Responde Thomas.

_Mas se tiver alguma forma de sair, eu e Minho vamos descobrir.

_Tome.

Chuck entrega o boneco novamente.

_Porque está dando isso a ele?

_Não me lembro deles mesmo, mas talvez se Thomas achar uma saída pode dar isso a eles por mim... Bom, vou deixar vocês dormirem.

O garoto começa a se afastar.

_Ei Chuck. Venha cá!

Grito pegando o boneco das mãos de Thomas, me forço a levantar e apoio nas grades.

O devolvo o boneco e o olho com compaixão e seriedade.

_Eu quero que você entregue a eles. Nós vamos sair daqui. Todos nós, tá?

_Eu prometo nos tirar daqui.

Thomas diz.

_Tá.

O garoto concorda.

_Boa noite pra vocês.

_Boa noite Chuck.

_Boa noite amigo.

Chuck se afasta novamente, deixando eu e Thomas sozinhos novamente.

_É feio prometer algo que não sabe se irá cumprir.

_Eu vou.

_E se não conseguir?

_Eu vou.

_Mas...

_Eu vou.

Thomas afirma novamente e eu me calo, aproveito para me ajeitar mais e enfrentar a pior noite de minha vida.

_Bom, assim espero. Boa noite Tommy.

_Boa noite Alice.

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Desculpem os erros de ortografia.
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