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Alice.

É ela, Ava Paige, Dra. Ava Paige. Chefe do C.R.U.E.L, a responsável por tudo oque aconteceu...

Me sinto tonta, preciso me agarrar na mesa em minha frente para não cair. Minha visão fica turva e minha cabeça dói, fecho os olhos com força e agora não estou mais na sala com meus amigos, não há mais cheiro de fumaça, nem sirenes ou zumbidos das telas quebradas.

"Estou na base de operações do C.R.U.E.L, vestida novamente com roupas brancas macias, consigo sentir o cheiro de antisséptico no ar.

Sinto uma mão sob a minha, uma sensação de segurança invade meu corpo quando o cheiro de chuva se faz presente.

Abro meus olhos e vejo um pequeno garotinho de cabelos loiros me observando, olho para baixo e vejo sua mão entrelaçada com a minha de uma forma carinhosa.

Volto a olhar para seus olhos castanhos, nenhum de nós desvia o olhar do outro, vejo um pequeno curativo em baixo do seu queixo e quando abro a boca para perguntar oque aconteceu a porta do quarto onde me encontro é aberta.

O garoto para de segurar minha mão e fica ao meu lado com a cabeça abaixada, desvio o olhar de sua figura e vejo que uma mulher alta de jaleco entrar junto com meu irmão.

Thomas, ao ver que eu estou acordada, pula na cama onde estou com um sorriso brincalhão no rosto.

_Ainda bem que você acordou.

Franzo o senho e olho para o mesmo com uma expressão confusa, como assim ainda bem que eu acordei?

_O-oque aconteceu?

_Você passou mal com a injeção que te demos._ a moça diz olhando minha prancheta_ Parece que você tem alergia ao medicamento.

_A Dra. Paige deixou eu vir aqui te ver, ela disse que isso poderia te ajudar a melhorar mais rápido.

A mulher sorri para o mesmo, mas para assim que vê o garoto loiro parado ao meu lado.

_E oque você está fazendo aqui?_a dra pergunta de modo grosso para o menino_ Era pra você estar treinando com os outros!

_D-desculpa, e-eu me machuquei.

A mesma não aparenta se convencer, uma angústia preenche meu peito quando a dra. pega no braço do menino com força.

_Pare! N-não faça isso com ele, por favor. Não é culpa dele, é minha.
_Como assim?

Olho para o garotinho com compaixão, ele me trouxe segurança quando eu estava precisando, mesmo sem eu o conhecer, nada mais justo do que fazer o mesmo por ele..."

Segurança, é oque eu sinto quando uma mão aperta a minha de uma forma carinhosa, ainda estou com os olhos fechados quando o cheiro de fumaça invade minhas narinas novamente.

O zumbido das telas volta e eu me permito abrir o olhos. Logo vejo a mão de Newt segurando a minha.

_Lili, você tá legal?

Sinto sua palma direita ir de encontro com as minhas costas fazendo um carinho de uma maneira reconfortante. Olho em seus olhos castanhos e confirmo com a cabeça.

_Se estão assistindo isso, então completaram com sucesso as provas do labirinto.

Meu olhar vai de encontro com a televisão atrás de Newt, a qual ainda projetava o vídeo da Dra. Paige.

_Eu gostaria de estar aí pessoalmente para parabenizá-los, mas as circunstâncias parecem ter impedido.

Me lembro de como está o laboratório e já imagino oque está por vir.

_Eu tenho a certeza que vocês todos devem estar muito confusos, com raiva, assustados... Eu posso assegurar que tudo oque aconteceu, tudo oque fizemos com vocês, foi feito por uma razão.

A sério? Que bom que sequestrar, fazer experimentos, aprisionar em um labirinto com monstros e matar jovens inocentes tem uma razão por trás. Tava quase achando que era só por que ela tava com tédio mesmo.

_Vocês não se lembrarão, mas o Sol queimou o nosso mundo.

Nesse momento a imagem da Ava some e um Sol enorme aparece na tela, sendo seguido por incêndios, guerras e um mundo pós apocalíptico.

_Bilhoes de vidas perdidas para incêndios, fome, sofrimento em escala global. O resultado foi inimaginável.

Viro meu rosto quando vários corpos cremados aparecem na tela.

_Oque veio depois foi pior. Chamamos ele de Fulgor, um vírus mortal que ataca o cérebro, ele é violento, imprevisível e incurável.

Um paciente aparece na tela, veias negras se exaltam por todo seu corpo enquanto o mesmo se debate na maca, e sua boca está preta. Ele me lembra Ben.

_Foi oque pensamos... Em tempo uma nova geração surgiu, capaz de sobreviver ao vírus. De repente, havia uma esperança para a cura, mas descobri-la não seria fácil.

Me aproximo mais da tela com curiosidade e Newt me segue antento, do que ela está falando?

_Os jovens teriam de ser testados, até sacrificados dentro de um ambiente duro, onde sua atividade cerebral seria estudada.

Por isso das telas, das câmeras, do labirinto...

_Tudo isso e um esforço para entender oque os fazia diferentes, oque fazia vocês diferentes.

Como assim "vocês" diferentes? Se formos realmente imunes, porque alguns de nós fomos infectados? E porque eles colocariam gente normal junto com nós se o objetivo era estudar apenas os imunes?

_Vocês podem não saber, mas são muito importantes. Infelizmente nossos testes acabaram de começar e como descobrirão em breve, nem todos concordam com nossos métodos. O progresso é lento, as pessoas têm medo, pode ser tarde de mais para nós, para mim.

Enquanto a dra. Paige fazia seu discurso percebo que no fundo aparecem atiradores, vários cientistas do C.R.U.E.L caem no chão mortos e o local começa a ser destruído por conta das balas perdidas.

_Mas não para vocês. O mundo lá fora os espera, e lembrem-se C.R.U.E.L é bom.

A mesma acaba seu discurso se matando, um tiro certeiro na cabeça. A tela fica preta. Bom, pelo menos ela teve o destino que merecia.

Uma porta se abre e as atenções são voltadas para o local.

_Acabou?

Pergunta Chuck.

_Ela disse que eramos importantes. Oque devemos fazer agora?

Newt também questiona.

_Eu não sei, mas vamos sair daqui.
Thomas diz. Um arrepio percorre minha espinha e eu sinto que algo ruim vai acontecer.

_Não.

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Não revisado!
Desculpem os erros de ortografia.
Acho que esse é o penúltimo, ent já estamos quase no final.
Beijinhos da autora!

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Be again - mazze runner (newt)Onde histórias criam vida. Descubra agora