Neil Jenkins

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Thomas bateu com as costas na parede com força, ele encarou o céu aberto do lado de fora do galpão e resmungou ao ouvir o som do comunicador apitando.

— Olá, como estão as coisas aí? – A voz de Rebekah do outro lado da linha surgiu assim que ele apertou o botão.

— Você não deveria estar fazendo coisas de mães com Alicia e Henrik? Ou eles já entraram na faculdade e você é uma velha chata?

Matteo riu baixinho na linha, o homem estava ofegante e o barulho vindo ao fundo indicava que ele estava correndo de um pequeno desmoronamento.

— Estão saindo? – Perguntou, ignorando os dois.

— Sim – Thomas respirou fundo, sua mão indo até o lado do corpo onde um pedaço de metal tinha o atingido pouco tempo atrás — Só um pouco de sangue, mas nada que não possa pegar daquele desgraçado.

Essa foi a vez de Rebekah rir.

— Nós temos que parar de pegar esses trabalhos — Matteo declarou saindo pela mesma porta que Thomas passou minutos antes.

O homem cambaleou em sua direção, deixando um pequena bolsa e um arco no chão ao sorrir e abaixar para tocar no braço de Thomas. Matteo coloca as mãos de cada lado de seu rosto e parece checar alguma coisa em seus olhos.

— Tinha verbena nos cofres – Ele fala no rádio, como se nenhum deles soubesse disso.

Sob o olhar preocupado de Matteo, Thomas pega o aparelho em suas mãos e desliga, sentido sua visão começar a escurecer. Matteo diz algo, mas nada passa em sua mente agora.

— Nós vamos receber uma ligação malvada dela agora, parabéns.

— Não é tão ruim, ok? – Matteo não pareceu acreditar muito nele enquanto começavam a ajustar Thomas para tirá-lo daquele lugar.

— Sempre é ruim!

— Não hoje... – Sua voz sai em um sussurro – Meu sobrinho nasceu, nada pode transformar esse dia em um dia ruim.

》《

Neil Jenkins nasceu ainda na madrugada daquele dia. Alice, a genitora, ligou para eles avisando que estava indo para o hospital com o irmão, a mulher parecia agitada e feliz em finalmente dar a luz.

Ela era uma voluntário da clinica de fertilização, isso basicamente significava que ela recebia um bom dinheiro para gerar bebês e curtir o pós parto em alguma praia longe da sociedade. Pelo menos foi isso que Alice falou, o que causou algumas risadas em Nicolas e em Laylah.

Então as últimas horas foram passadas com Nicolas tentando o acalmar, uma Ryle acordada demais para uma adolescente que tinha aula pela manhã e por Laylah, que absolutamente era a favorita da mulher tendo um bebê na sala de parto.

Wanda também estava lá, sorrindo sutilmente e servindo café nervosamente para todos a cada dez minutos.

Quando os médicos vieram avisar que havia acabado Brian já não tinha mais cabelos suficientes no lado esquerdo. Então, finalmente, o pequeno embrulho estava em seus braços balbuciando e chorando incansavelmente.

Ele era adorável, com o ralos cabelos loiros e o rosto todo amassado. Neil, com certeza, era a coisa mais amável que Brian já viu em sua longa vida.

Nicolas pareceu dividir esse mesmo pensamento enquanto se aproximava, passando as mãos gentilmente pela bochecha do bebê.

— A gente fez um trabalho muito bom — Nicolas declarou, sorrindo docemente quando Brian entregou Neil em seus braços — Olha só essas sobrancelhas...

The Age of Angels 《The originals - Marvel》Onde histórias criam vida. Descubra agora