Família

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A escuridão que atinge Laylah quase a faz questionar se aquilo tudo foi real.

Ela consegue ouvir vozes ao fundo e uma leve movimentação ao seu lado, Laylah tenta saber onde estar, mas de repente as vozes pararam e uma comoção ao seu redor de instaurou.

Força seu olhos a se abrirem e então sente um objeito gélido ser encostado em suas mãos, Laylah foca seu olhar na figura acima de si e pode ver um homem de cabelos castanhos com olhos gentis.

Ele está com um copo de água nas mãos e parece ter certeza de que ela estar com sede, realmente estar e se dar conta disso quando aceita a água e seus sentidos parecem funcionar novamente.

Os batimento cardíacos das três pessoas ali naquele lugar é notável para ela, e um suspiro de alívio sai de seus lábios quando se dar conta que finalmente tinha conseguido fazer algo certo.

O de cachos castanhos que lhe deu água toca em sua mão, pedindo permissão para ajuda-la a se sentar, ela deixa por algum motivo. Poucas pessoas tinham permissão para tocar nela e essas pessoas eram Klaus e seus irmãos. Talvez Nicolas, mas ela não teve tanto tempo com ele para saber disso.

Mas ela gostou dele, o garoto não precisou dizer um única palavra e Laylah já gostava dos olhos castanhos e gentis disposto no rosto inocente.

— Sou Peter – Laylah teve uma frustrada lembrança desse nome – Peter Parker!

Ela olhou pra a frente e não se aguentou a surpresa ao encarar as duas outras pessoas do local. Era um homem alto e loiro e uma... criatura verde que parecia um homem. Laylah não entendeu aquilo.

— O que caralhos você é? – Perguntou para a criatura, mas logo se lembrou de Steve e do grupo que estava salvando o mundo à alguns anos, que pareceram minutos para ela — Espera! Você é o Hulk? Pelo que eu vi na televisão você era o mais... bravo.

— Talvez um pouquinho...

O homem loiro riu meio sem graça e apontou para si mesmo.

— Ele podia ser mais bravo, mas eu sou mais forte.

Laylah encarou o loiro tentando a todo custo se lembrar se ele fazia parte do grupo de Steve, mas nenhuma imagem veio em sua mente.

— Sabem onde está Steve Rogers? Capitão América... você, Hulk, lutou ao lado dele certo?

Laylah se sentiu mal no momento em que as palavras saíram de sua boca, a criatura verde pareceu murchar e o loiro recuou um passo parecendo em choque.

— Você sabe onde estar? – O garoto, Peter  chamou sua atenção – Ou em que ano estar?

Ela entendeu que aquele era um assunto meio proibido entre eles.

— Eu sou Laylah Williamson, e não sei onde estou nem em que ano estamos.

—Estamos em Nova York, 2027. Você faz alguma ideia do motivo de você estar dentro de um caixão em baixo da base dos vingadores?

》《

2015
Lugar desconhecido

Hayley corria pelo campo aberto, as três pessoas atrás dela não teriam pena dela e isso significava que ela estava sozinha ali.

Uma risada entre-cortada se aproximava dela e então em súbito um corpo menor a derrubou.

A sequência dos passos sincronizados das duas outras meninas e a respiração meia desregulada da mais nova fez a mulher em cima dela rir.

A híbrida não pôde deixar de acompanhar a amiga na risada quando Hope falou ao se sentar do lado das duas.

— Da próxima vez minha dupla vai ser a Daisy! Vocês duas ficam sempre nos traindo no esconde.

Daisy se ajoelhou na grama ao lado da mãe e encheu as bochechas de ar ao cruzar os braços com uma careta emburrada, que deixou a pequena fofa.

— Da próxima vez nos vamos brincar só nos duas! A mamãe e a tia Hayley não sabem brincar.

Hayley olhou de lado Laylah.

— Esta ouvindo isso bruxinha? Nossas filhas vão nos dispensar.

— Não acredito que depois de todos os esforços, meu fim vai ser por causa da minha própria filha rebelde.

Laylah se jogou para trás, trazendo a menina de cabelos pretos consigo.

— Mãe!!

— O céu está bonito! É quase uma ofensa ao anjos não olhar para ele.

Já era de noite quando as quatro entraram para dentro de casa, Hayley foi cuidar das duas meninas antes de colocá-las para dormir e Laylah ficou encarregada de fazer a comida delas.

Ela estava retirando algumas batatas do forno quando sentiu a presença da híbrida na cozinha.

— Amanhã nos voltamos...

Laylah abaixou a cabeça, pegou uma pequena espátula ao lado da pia e começou a tirar as batatas do forno.

— Amanhã quando Klaus estiver livre e os outros estiverem acordados, quero que ligue para Thomas e diga que eu confio nele os cuidados da minha filha.

Hayley olhou para as costas da amiga com um olhar triste, aquele pedido era doloroso, mas ela sabia que era necessário. Os Mikaelson viviam cercados por lutas e mortes, e mesmo que Daisy e Laylah fossem parte da família, elas eram algo a mais assim como Hayley era de Hope.

A híbrida não gostava de Brian e Thomas, os dois tinham meio que construído uma barreira entre eles, tornando a comunicação impossível por ambas as famílias. A única coisa que ligavam eles era Laylah e Daisy, as duas únicas que faziam parte das duas famílias.

Hayley suspirou.

— Thomas parece uma criança, aposto que ele e Daisy vão incendiar o mundo por diversão.

Laylah se virou, olhando a amiga com um sorriso triste no rosto.

— Não é por não confiar em vocês, Hayley...

— Eu entendo! Daisy precisa estar segura, os Mikaelson são como um imã de problemas. – A híbrida se aproximou dela e, antes que pudesse perceber tinha abraçado a amiga – Quando você voltar e Daisy estiver crescida, nos vamos nos reunir de novo com nossa família e você não vai precisar decidir entre quem salvar.

A bruxa se afundou mais naquele abraço, naquela despedida da unica pessoa que pensou não ter nenhuma fração de sentimento famíliar. Hayley nunca imaginou que encontraria em Laylah uma amiga, desde o nascimento de Hope a bruxa estava ali com eles dando apoio e ajuda que sempre exigiam coisas demais dela. Mas então, depois de uma profecia que colocava em risco os Mikaelson, alguém que estava sempre ali com um papel de ajudar apenas Klaus, se tornou quem a mantinha em pé.

Elas não eram semples amigas, eram irmãs. E suas filhas as ligavam, porque apenas as duas poderiam sentir o que era ver seu mundo em duas pequenas meninas.

— Tudo vai ficar bem – Laylah sussurrou quando ouviu os passos das meninas vindo da escada.

— Não gosto de ideia de Brian e Thomas ensinando ser uma Williamson à minha menina, você e sua família acham que sabem de tudo.

— Você é minha família, lobinha.

The Age of Angels 《The originals - Marvel》Onde histórias criam vida. Descubra agora