The Age of Angels 《The originals - Marvel》

Uma sombra no escuro

Peter abriu a porta do apartamento e logo May entrou em seu campo de visão. Sua tia tinha um pano em seu ombro e sorriu alegremente quando conseguiu ver Hope e Laylah entrando logo atrás dele.

— É tão bom finalmente recebê-las aqui!

Hope e Laylah foram abraçadas pela mulher.

— Minha queridas, onde está a outra? A feiticeira que deixou toda a cidade com medo?

— Tia!!

May não deu muita importância para Peter enquanto ouvia a risada meia envergonhada de uma quinta pessoa no corredor.

— Sinto muito...

— Tá tudo bem, menina.

Wanda finalmente entrou no apartamento, um pouco envergonhada e mesmo assim recebendo o abraço de May.

— Eu já fiz coisa pior e ainda estou bem. – Hope falou com seu sorriso de lado – Não se preocupe com uma cidadizinha.

Fazia pouco mais de um semana que Wanda estava de volta, o grupo já tinha marcado esse jantar com May a algum tempo e a mulher sempre os advertia por procastinarem a ida até lá. Mas Wanda e Laylah estavam se reabilitando e a bruxa estava tentando contato com os irmãos, Hope estava se mudando oficialmente para New York, e Thor era ocupado demais com a adorável Lover e a implicância de Stephen sobre deixar o grupo a mostra para o mundo só complicava mais a vida deles.

Porém, hoje iria dar certo e nenhum dos cinco precisaria sair correndo para algum compromisso e isso deixava May feliz, então todo mundo estava feliz.

— Thor disse que vai se atrasar um pouco, pois Lover não se decide entre os sapatos. – Peter anunciou depois de uma olhada no celular.

— Pelos menos dá tempo de Peter ir até o mercado comprar algumas coisas e nos mulheres conversarmos sobre algumas coisas, certo?

Peter encarou May com as sobrancelhas franzidas.

— E é por isso que o estatuto dos homens bons e cavalheiros não resiste!

— Isso não existe! – May gritou antes de Peter atravessar a porta com uma lista de coisas que eles obviamente tinham.

》《

Peter Parker podia ser muitas coisa, mas idiota ao ponto de não notar o homem encarando ele no início do corredo do supermercado, isso ele não era.

O homem parecia mais velho, não tão velho, mas a barba um pouco rala cobrindo parte de seu rosto e os cabelos bagunçados o deixavam parecer velho e ao mesmo tempo jovem. Peter não estava entendendo.

Foi então que ele se aproximou, a expressão limpa e um corpo que se mostrou muito grande em comparação ao seu.

— Essa farinha não é muito boa, a menos que queira fazer panqueca.

A voz grave se encaixava perfeitamente com o dono dela, era limpa tanto quanto seu rosto e tão boa de se ouvir quanto de olhar para o sorriso se formando no canto do rosto do homem.

Peter se sentiu congelar, e um revirar no estômago.

— É... eu... A farinha não é importante, quer dizer, ela é, mas não me parece ser ruim sabe?

— Sei sim. Mas se fosse para te recomendar uma farinha, eu diria essa outra do lado esquerdo.

Peter olhou um pouco rápido demais para a outra farinha e a pegou.

— Sim, essa parece mais... pesada..

Porra. O maldito sentido aranha parecia não funcionar para responder caras do mercado. Peter não estava entendendo a reviravolta em sua barriga, era só um cara.

— Eu sou Jonathan.

Peter observou a mão estendida por alguns segundos antes devolver o gesto.

— Sou Pe...

— Peter!! – Uma outra voz conhecida soou próxima deles.

MJ estava ao seu lado momentos depois.

— Então, como está a faculdade?

Peter olhou para frente e não encontrou sinal de Jonathan. Seus olhos se voltaram a MJ em busca de saber se ela tinha visto para onde ele foi, mas só encontrou o questionamento anterior.

— A faculdade está legal. – Falou sorrindo meio torno e levantou as sobrancelhas — E como está Lizzie?

》《

Thor tinha acabado de colocar Lover no carro quando Stephen Stranger atravessou o jardim do seu quintal.

Pelo que parecia o mago queria conversar, talvez por causa de Laylah. Porém tinha uma grande chance de ser sobre Wanda, então ele pegou Lover no carro e entraram juntos para dentro da casa.

— O que te trás aqui? – Perguntou entrando na cozinha depois de ter deixado a menina na sala.

— Já escondeu a sua filha de mim? – Stranger questionou ríspido.

— Se estivesse escondendo Lover de você, ela estaria provavelmente com o machado. Fale o que veio fazer aqui, tenho compromisso.

O mago se ajeitou na cadeira da mesa e olhou para Thor parado de frente a porta.

— Como andam as pesquisas sobre o tal outro lado?

— Muito boas, Hope é uma garota muito inteligente!

Ela era realmente muito inteligente, a menina conseguia fazer qualquer feitiço que se disponibilizava para fazer, e manuseava a magia com muita habilidade.

— Apenas quero conferir se não estão fazendo nada contra a lei.

— Não estamos fazendo. Caso façamos algo contra a lei, Peter te manda uma mensagem, ok?

— Thor, o mundo já é complicado demais para quatro super pessoas estarem escondendo atos que podem colocar em risco...

— Em risco o mundo? Pode ter certeza que eu não colocaria, estou há quinze anos nesse planeta protegendo ele.

Stephen revirou os olhos impaciênte.

— Não estou falando de você! Me refiro as bruxas que estão tentando abrir um universo de pessoas mortas dentro da cabeça de cada pessoa.

Thor abaixou a cabeça suspirando, ele tinha que confessar que estava cansado disso tudo, principalmente da postura passivo agressivo de Stephen.

— Gostaria de lembrá-lo que você disse com todas palavras que não queria participar disso. Lembre-se Stranger que você caiu fora disso fazem cinco dias e que nós não vamos parar com nenhuma pesquisa.

— Vocês estão lidando com uma bruxa instável! Wanda...

— Tire o nome dela de sua boca! – Thor se aproximou um pouco dele, o rosto ganhando um tom vermelho pela raiva – Wanda, Laylah e Hope são as mulheres mais poderosas do mundo, elas tem plena consciência do bem e do mal. E Wanda não é instável!

— Talvez você seja o instável aqui, Thor. Os seus amigos vingadores estariam decepcionados em ver você apoiar maníacas como Laylah Williamson e Wanda Maximoff.

O mago sumiu tão rápido quanto um piscar de olhos, o herói olhou para o espaço vazio por algum tempo antes de desviar para sua menina entrando na cozinha meia rabugenta.

— Acho que eu prefiro os sapatos vermelhos.