Coisas Sem Remédio - TRADUÇÃO

Capítulo 17

O plano deles era simples e assustadoramente complexo.

Eles entrariam no Armário Sumidouro em Borgin e Burkes e sairiam de seu gêmeo na Sala Precisa em Hogwarts. De alguma forma, eles escapariam da escola, evitando todos os comensais da morte, incluindo o próprio jovem Draco, e seguiriam para o lago. Eles abririam a tumba de Dumbledore, nem Granger nem Draco foram capazes de falar essa parte em voz alta, e usariam a Varinha das Varinhas para alterar o Vira-Tempo usando o feitiço que Granger havia inventado. Então eles devolveriam a Varinha das Varinhas ao seu local de descanso e voltariam para casa.

Casa. Ele pensaria sobre isso mais tarde.

Por enquanto, ele se concentrou em levá-los ao Armário Sumidouro. Eles entraram na Borgin e Burkes sob a Capa da Invisibilidade e seguiram por corredores estreitos de mercadorias, tomando cuidado para não derrubar nada. A loja estava caracteristicamente silenciosa, mas Draco suspeitava que Borgin estivesse espreitando em algum lugar.

O armário assomava no fundo da loja, exatamente como Draco se lembrava. Ele passou dois semestres terríveis consertando o elo entre os armários gêmeos, temendo pela vida de sua família o tempo todo, seguido por uma noite ainda mais terrível quando a Marca Negra brilhou verde no céu acima de Hogwarts. A porta range, ele se lembra, e abafa antes de segurar o armário aberto para Granger.

Draco se espreme atrás dela no pequeno espaço. Basta fechar a porta atrás deles e...

Eles estavam em Hogwarts. Draco sente a mudança, uma mudança quase imperceptível na energia ao seu redor. Granger quase sorriu.

Ele reabriu cautelosamente o armário e olhou para fora. A Sala Precisa estava tão escura e silenciosa quanto Borgin e Burkes. Juntos, eles cuidadosamente abriram caminho através de intermináveis ​​pilhas de lixo em direção à saída. Objetos descartados de todos os tamanhos e tipos estavam empilhados numa altura improvável na enorme sala. Draco implora silenciosamente à sala que os deixasse chegar até a porta sem serem descobertos.

Deve ter funcionado, pois nenhum item caiu enquanto eles passavam. Quando chegaram à porta, Draco a parou.

- É isso. Não pare por nada, não importa o que você veja. Se nos separarmos, encontre-me na floresta atrás da cabana de Hagrid - ele queria dizer mais, avisá-la sobre os horrores que os comensais da morte infligiram à escola em seu último ano. Os Carrows poderiam estar torturando alunos no Salão Principal neste momento. Coisas terríveis poderiam estar acontecendo com seus antigos colegas de classe, seus amigos. Mas ela já sabia.

Ela assente e tira o Vira-Tempo da bolsa e entrega a ele.

- Faça o que for preciso para chegar à Varinha das Varinhas.

Draco encara a saída e pede ajuda à Sala Precisa uma última vez.

- Precisamos sair sem sermos vistos. Se não houver ninguém lá fora, deixe-nos sair.

A porta se abre em silêncio.

Eles se moveram juntos sem falar pelo corredor do sétimo andar. Quando se aproximaram dos dormitórios da Corvinal, os corredores começaram a se encher de estudantes andando em grupos de três e quatro. Draco a puxou para baixo contra a parede para evitar um aluno do segundo ano que passava.

Ele reconheceu a maioria dos rostos que passavam, muitos deles colegas de classe com quem ele nunca havia falado além de alguns comentários cortantes. Agora eles pareciam tão jovens. E aterrorizados. O jantar devia estar acabando, Draco percebeu, e eles estavam correndo de volta para a segurança de sua sala comunal. Vários deles estavam correndo a todo vapor, apertando as mãos dos amigos em busca de conforto.