Coisas Sem Remédio - TRADUÇÃO

Capítulo 13

Uma observação sobre a conformidade com os cânones, para qualquer pessoa interessada: deste ponto em diante, a história se torna quase fanaticamente compatível com os cânones no que diz respeito a horários, datas e locais. 99% das vezes, é o cânone do livro, embora alguns detalhes do filme sejam revelados.

Draco esperou. E esperou. E esperou.

A biblioteca não se dissolveu em torno deles. Não se encontraram na escuridão da despensa da cozinha. Nada aconteceu.

- Talvez... talvez o cronômetro esteja errado? - a voz de Granger era apenas um sussurro.

- Talvez - ele concordou.

- Eu configurei o Vira-Tempo para uma hora. Exatamente uma hora.

- Sim.

- Eu acertei. Eu sei que fiz certo.

Ele não disse nada. Eles esperaram em silêncio por mais um minuto, depois por cinco.

- Vai funcionar. Tem que funcionar. Funcionou antes, quando testei. Isso vai...

- Granger - ele a virou, implorando silenciosamente que ela resolvesse por si mesma, para que ele não tivesse que ser o único a dizer isso. Pareceria real se ele dissesse isso em voz alta.

Ela não disse isso, então ele disse.

- O espelho foi substituído por um falso.

- Sim, mas...

- Foi uma armadilha. Nós caímos nela.

Granger balançou a cabeça.

- Não havia nada de errado com o Vira-Tempo! Nós dois verificamos - ela disse defensivamente.

- Não sei o que aconteceu, nem por quê. Mas sei que alguém planejou isso com muito cuidado. Você disse que o Vira-Tempo é uma âncora, certo? Talvez tenham encontrado uma maneira de cortar a corda. Talvez eles simplesmente, não sei, tenham entrado depois que saímos e explodido a Mansão Malfoy para destruir a ampulheta. Não importa agora.

- Não importa? Você acabou de dizer...

- O que importa é que saiamos desta maldita casa! - ele tentou reduzir sua voz a um sussurro antes de desistir e lançar um feitiço muffliato ao redor deles. - Ele pode voltar a qualquer minuto. E então seremos mortos, você entende isso? Não podemos lutar contra ele. Não podemos escapar dele. Ele não pode morrer, porra!

- Não grite comigo; isso não é minha culpa! - os olhos de Granger brilharam. - É claro que eu entendo...

- Eu nunca disse que a culpa era sua! - mas ele estava pensando nisso. Ele ficou furioso com ela por insistir que valia a pena correr o risco de devolver o espelho, e com ele mesmo por concordar, não, se voluntariar!, para vir, mas acima de tudo, com o rapaz de dezessete anos em outra parte da casa que arruinou sua vida ao fazer todas as escolhas erradas imagináveis.

- Eu preciso de livros. Consiga-me tudo o que você tem sobre Vira-Tempos - ela apontou para o enorme catálogo na frente deles. - E... astrofísica. Buracos de minhoca, talvez.

Ele controlou sua raiva e começou a invocar livros enquanto ela listava mais meia dúzia de tópicos, incluindo, em determinado momento, livros trouxas de ciências, aos quais ele só conseguia lançar um olhar de descrença. Ela duplicou cada um e enviou-os para sua bolsa que se expandia magicamente.