- Você se lembra quando eu disse ao ministro que o vira-tempo não é uma arma?
- Sim.
- Eu estava errada. É uma arma. Nas mãos erradas, poderia... poderia destruir tudo.
Já se passaram doze anos desde o fim da guerra. Dez anos desde que Draco Malfoy...
A cauda da vassoura de Draco mal havia passado pelo parapeito da janela quando ele escorregou, caindo no chão agachado, Granger agarrada protetoramente em seus braços. Acima, sua Firebolt Supreme bateu ruidosamente em uma parede.
Madame Pomfrey levantou os olhos do lado de uma cama de hospital em alarme. O calouro que ela estava cuidando estava desmaiado, mas metade das camas do hospital estavam cheias de alunos vigilantes. A Capa da Invisibilidade havia escorregado de seus ombros para se acumular a seus pés. Alguém, certamente, o reconheceria.
Ele se endireitou quando Madame Pomfrey se aproximou. Ela havia se recuperado da surpresa e parecia prestes a informá-lo que o horário de visitas havia acabado quando ele levantou a varinha e gritou:
- PROTEGA DIABOLICA!
Chamas branco-azuladas dispararam de sua varinha. Ele girou o braço em um círculo acima da cabeça e o fogo se espalhou para formar uma parede sólida que cercou Madame Pomfrey e ele. O resto da sala e seus ocupantes desapareceram atrás dela, completamente bloqueados da vista pelo inferno imponente.
- Sr. Malfoy, o que...
- Ajude-a! - ele gritou, interrompendo-a. Ele estendeu Granger para ela como uma oferenda. - Ela não está respirando, eu não sei o que há de errado, você tem que... - ele não conseguiu terminar.
Madame Pomfrey pareceu notar Granger pela primeira vez. Ela olhou para seu corpo inconsciente em total confusão.
- Hermione Granger? O que ela está fazendo aqui com você? Por que você parece...
- Porra, salve-a ou eu vou usar Imperius para você fazer isso! AGORA! - sua mente estava vazia de pânico.
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A ameaça não pareceu romper o espanto de Madame Pomfrey, então Draco se abaixou para colocar Granger no chão da enfermaria. Ele a rolou gentilmente de bruços antes de arrancar seu casaco cortado para revelar suas costas. Na luz brilhante das chamas azuis, Draco viu com horror que era quase toda preta.
- Ajude-a. Ajude-a. Ou eu vou fazer você - sua voz quebrou, quebradiça e fria como as chamas ao redor deles. Ele apontou sua varinha para Madame Pomfrey e ela finalmente entrou em ação, seu treinamento de curandeira superando sua confusão total.
- Apague o fogo, pelo amor de Deus. Preciso colocá-la na cama.
As chamas desapareceram quando ele encerrou o feitiço, e Madame Pomfrey prontamente levitou Granger para uma cama de hospital vazia. Ele meio que esperava encontrar o quarto vazio, os alunos feridos fugiram aterrorizados, mas parecia que sua parede de chamas estava bloqueando a única saída. Eles se amontoaram em suas camas, olhos arregalados. Ele os colocou para dormir com um simples feitiço de sonolência antes que pudessem reagir.
