Capítulo1

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A vidraça da janela contra o vento forte fazia um barulho estrondoso, me tirando o sono. Acostumada com meu quarto, em fortaleza vermelha, estranho muito esse novo ambiente. Tenho saudade de casa, saudade daquilo que foi me tirado. Minha mãe, e meus irmãos andam ocupados com estratégia de guerra, já eu dou tudo de mim nos treinos que tenho com meu padrasto todas manhãs. Me pergunto como está meu ex-noivo e sua família de  usurpadores. Espero que estejam na miséria do desespero. Rezo para que eles saibam que a espada de minha casa, quebrará a espada deles com sangue e fogo. Sinto uma sensação estranha, um pressentimento presunçoso. Me levanto expondo meu corpo ao frio e caminho até a varanda do quarto, a noite parecia uma escuridão faminta devorando tudo que tocava. A sensação parece piorar, e se torna cada vez pior a cada segundo. Até que sinto mãos me tocando. Uma palma indecifrável envolvia minha cintura enquanto a outra abafa minha boca. O cheiro incomparável, único. A áurea, e presença esmagadora. Aemond. Meus olhos pesam e consigo sentir meu corpo ceder antes de desmaiar.

Acordo em meu quarto, meu antigo quarto, em fortaleza vermelha. Parecia um sonho, um desejo que foi realizado de forma drástica. Meu corpo ainda estava fraco, mal podia movê-lo, mas, com toda a motivação que tinha me levanto do pequeno sofá ao lado da lareira. Ao ficar de pé cambaleio, minha visão fica turma e minha articulações doem. Meus olhos se prendem a porta cheios de esperança de alcançá-la, mas cada passo que dou parece uma tortura. Dou muito caminha e me esforço muito para manter o equilíbrio, até chegar a porta. Abro a porta e percebo que meus esforços foram em vão. Aemond e eu estávamos frente a frente. Aquele olho azul me encarou, serrou o meu rosto com sua fúria. Aemond me fez recuar entrando no quarto.

— Porque fez isso? — Pergunto com os olhos brilhando.

— Fiz oque? — Ele pergunta.

— Arrancou aquilo que era meu de novo! Me tirou de minha família! — Minha situação se torna cada vez pior sobre meus olhos.

— Daqui algumas horas... eu serei sua família.

As palavras dele fazem meu corpo tremer. Minha boca entre abre com o choque, minha expressão fica repleta de pavor.

— NÃO SOMOS MAIS NOIVOS. — Grito.

— E quem tirou sua mão de mim? — Ele pergunta com a voz serena e os lábios em um fino sorriso.

Ele acha que pode me destruir... que pode me tomar por inteiro até me absorver para que não reste mais nada. É nisso que ele acredita.

— Chamarei as servas.

       Ele sai

       Quanto tempo avia se passado, por quantas horas fiquei desmaiada? Tomara que tenha sido por tempo suficiente para que minha mãe tenha agido. Minha única esperança é que ela não permita, que me salve antes que... eu me case com ele. Caminho até a janela, era um fim de tarde pintado ao seu. Um belo fim de tarde. Respiro fundo, me concentro em uma possível estratégia, um plano B, caso ninguém interfira ao meu favor. Eu conheço Aemond a tempo suficiente para prever seus passos, só preciso da melhor maneira para revidar. Apesar de ser uma pessoa racional, ele demora muito para recuperar sua sanidade quando "explode" é aí que comete erros, só preciso do melhor momento. Preciso do seu momento mais frágil. As lágrimas que estavam em meus olhos se secam antes de escorrerem, eu não choraria, não seria tola em desperdiçar meu tempo com lágrimas. Eu revidaria. Em meio hora servas entram ao quarto, 12 ao todo, ela se espalham. Algumas vão para penteadeira e outras para banheiro. Minutos depois me cercam.

— Senhora, seu banho está pronto. — Uma delas anuncia.

    Eu estava de camisola ainda, uma camisola branca de tecido grosso que se estendia até os joelhos, e por cima de meus ombros avia uma pequena manta branca. Meu cheiro era de dragão. Provavelmente, Aemond usou Vhagar para transportar. Silenciosamente vou para o banheiro, as servas tiram minhas roupas e me ajudam a entra na banheira. Elas esfregam cada canto de meu corpo, escovam meus cabelos e perfumam minha pele. Quando o banho chegou ao fim meus cabelos úmidos se estendia até minha cintura e minha pele cheira a hortelã. Elas me estenderam um "vestido" branco, que mais se assemelha com um pedaço de pano doque uma peça para um "casamento." Já era esperado que Aemond estava me punido, por eu ter fugido com minha família e o envergonhado. Por ter ressaltado a ele mais cedo que não avia união entre nós. Ele não queria aceitar o fato de que eu o rejeitei a meses. Coloco o vestido. Ela era branco, transparente, as mangas eram caídas e ficavam um pouco abaixo dos ombros. Meu corpo estava a mostra, minha partes íntimas eram as mais cobertas, protegidas por um reforço de tecido, mas como o resto do meu corpo meus seios e costas estavam a mostra, como uma puta, coloco meus cabelos para frente, cobrindo meus seios e me sentindo menos exposta.

Prometida a mim - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora