Capítulo4

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        Meus olhos se abrem, consigo ver uma silhueta. Quando meus olhos se acostumam, posso dizer que a silhueta é Aemond. Ele me observava dormir.

— Se tornou costume.— Comento me ajeitando entre os lençóis.

— Oque?

— Me observa enquanto durmo. — Ele ri — Quantas vezes fez isso?

— Desde que chegou aqui, duas a três vezes por semana.

         Me surpreendo, realmente não esperava.

— E pretende continuar fazendo mesmo quando estou nua? — Perguntou em tom sarcástico.

— Está nua em minha cama, no meu quarto. Acho que isso se torna um direito meu. — Um sorriso malicioso se forma em seu rosto — Volte a dormir.

         Eu o obedeço, e a próxima vez que abro meus olhos seu quarto está claro, e só eu estou nele. Me senti na cama, o quarto era grande, mas não tinha nada de espalhafatoso. Era simples, e mesmo com a luz da primeira manhã sendo a mais pura de todas tinha partes do quarto que não se iluminavam, não por falta de janela, já que no fim do quarto avia uma enorme, ao lado dela tinha uma mesa redonda com apenas uma cadeira, ela estava farta de comida, provavelmente as servas já serviram o café da amanhã. Na cadeira avia um vestido preto, com certeza meu vestido. Eu me levanto e vou até a mesa. Passando pelos pequenos sofás envolta da mesa de centro perto da lareira. E subindo três degraus para chegar a ela. Ao chegar a mesa visto o vestido, e me sento para tomar café. Era vestido era de ótima modelagem, apesar de ser um decido fino. Ele era caído no ombros e tinha um decote nada sútil. Me sirvo com uma fatia de bolo, a come devagar. Me lembro dos cafés da amanhã com minha família. Das risadas e conversas mais fartas que a mesa. A quanto tempo não tenho conversado? Apesar de minha alfinetadas regulares com Aemond, não há conversa alguma com nenhuma outra pessoa, se não contar as discussões acaloradas de certos jantares.

         Eu queria desesperadamente contar para uma amiga, qualquer pessoa na qual pudesse confiar, os acontecidos repentinos de minha vida. Só queria ser ouvida, entendida e respondida. A falta de comunicação me faz sentir solitária. A porta do quarto se abre, como esperado Aemond. Ele parecia irritado, isso era bom, algo no conselho deu errado ou seja algo deu certo para minha família.

— Bom dia. — Ele deseja — Acabou de acordar? Pensei que por essa hora já estaria longe daqui.

— Sim, era oque eu pretendia.

        Mesmo tenso ele sorri, um sorriso verdadeiro mais que outros. Ele vai até s mesa de centro pega alguns papéis e os analisa.

— Oque é isso? — Pergunto.

— Não é da sua conta. — Ele diz folheando os papéis.

— Aemond?

— Sim?

— Quero uma serva particular.

— Para que? As que te servem não estão fazendo um bom trabalho. — Ele pergunto folheando novamente as folhas.

— Elas não servem a mim, acho que nem gostam de mim... servem a você, só seguem suas ordens.

— E oque te faz acreditar que a serva particular seria diferente? — Ele pergunta folheando as folhas pela terceira vez.

— Ela seria minha companhia diária, eu faria ser diferente, faria com que ela gostasse de mim e me desse sua confiança.

— E para que serviria tudo isso? Todo esse esforço para fazer uma serva confiar em você. — Ele pergunta voltando o olhar para mim.

Prometida a mim - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora