Sem medo. Sem hesitação. Eu não tinha muito oque perder mesmo. Corro pelos de Kings landing, até o fosso. Os plebeus me encaravam, óbvio. Eu era como vulto, captado pelos olhos mas, inacreditável para queles que olhavam. Eu corria, corria e corria. Não dava tempo, a quem via meus cabelos brancos, para assimilar oque estava acontecendo. Também, não precisava de muito tempo para entender que eu estava fugindo, era óbvio. Chego ao fosso, não é muito difícil entra nele, Aemond quando criança fazia isso diversas vezes. Os guardas nunca foram atentos, ninguém além dós Targaryen, era louco o suficiente para se expor a tal risco.
Os guardas vem até mim, eu estava tão cansada que mal conseguia falar. Me mexer já era muito difícil — Não quero lutar, não vim para isso. — Digo brigando com a minha respiração irregulares desesperada — Apenas me deem o meu dragão, e viveram dias de paz amanhã.
Os mestres se aproximam, eles sempre foram gentis comigo durante minha infância. Eles me reconhecem " a menina que reivindicou Asaprata."
— Sabe a semelhança entre os inocentes, e os dragões? Os dois estão morrendo pela guerra que estão travando. Vocês, Targaryen, tolos. — Um dos mestres diz se aproximando. (Alto Valeriano)
— Pegue o seu dragão, ele não é, e nunca foi, um prisioneiro e voe com ele até a morte. — Outro mestre diz. (Alto Valeriano)
Sem ninguém para interferir eu vou até Asaprata, e chego a ela. O grunhido que dá ao me ver toca a minha alma, minha garota. Toco suas escamas, a acaricio. Monto nela, juntas como uma só alma. Voamos novamente. Estávamos nos céus de Kings Landing mais uma vez. Só que dessa vez eu tinha que ser rápida, eu sabia que a qualquer momento um trilião de flechas estariam apontadas a ela. Então eu voei com ela até o sol, entre as nuvens, contra o vento e fui direção a Harrenhal. Eu iria buscar meu marido, iria trazê-lo de volta. Me aproximando de Harrenhal, testemunho nuvens de chamas, e luzes vermelho vivo. Escuto asas batendo, e sinto o vento causado por elas contra o meu rosto. Sombras, sombras de dragões no céu. A morte estava a minha frente, eu estava voando com meu dragão em direção a ela, pelo luto, pelo amor, pela paz.
Aemond, e Daemon, lutavam. Isso fica óbvio assim, que me aproximo o suficiente para ver os vultos deles rápidos como flechas pelas nuvens. Uma chama fervorosa é lançada contra Vhagar, e dela sai Caraxes indo direto, implacavelmente, até o pescoço de Vhagar. O meu coração para. A morte. Sinto meus olhos arderam, e meu corpo queima novamente. Só que agora, de ódio, como eles ousam? Já me tiraram tanto... não, não. Não me deixariam viúva.
— Avante! Asaprata. — Comando. (Alto Valeriano.
Enquanto eu voava em direção a batalha. Aemond desviava com Vhagar, fazendo o taque supresa de Daemon ser inútil. O pouco que conheço de Daemon me diz que isso o deixou com raiva, e oque ele faz logo em seguida me mostra que o conheço bem. Daemon avança com Caraxes sem pensar, sem nenhum plano ou estratégia, apenas faz. Daemon sempre foi impulsivo.
Aemond me vê, o seu olhar carrega o mais puro medo. Ele não parece acreditar que sou real, já que sua boca entre abre. Ele pisca, e agita a cabeça freneticamente tentando se convencer de que sou uma miragem.Vhagar agarra as asas de Caraxes, Daemon ciente de seu fim eminente não hesita em saltar de Caraxes, com sua espada em punho.
Os olhos de Aemond ainda estavam em mim. Meu amor, me olhava com brilho nos olhos. Eu não vou permitir que te tirem de mim.
Avanço, viro, me levanto e pulo. Pulo sacando minha espada, e a chocando contra a de Daemon, fazendo com que nós dois caíssemos sobre as escamas de Vhagar. O impacto é forte, embaralha todos os meus sentidos. Meu ouvido ecoa um zumbido, e meus músculos atrofiam. Tenho certeza que quebrei algum osso. Vejo Daemon se levantando, para ele o impacto parece ter sido uma pequena queda, já que sua espada ainda está firme em seus dedos. Ele caminha até mim, me arrasto por Vhagar tentando me afastar.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...