As coisas com minha mãe estavam complicadas, ela não falava comigo, só quando necessário, mesmo fazendo uma semana desde nossa discussão. Pelo menos com meus irmãos tudo estava tranquilo, eles sempre foram e serem meus meninos.
Eu estava voltando de mais um voo com Asaprata quando notei uma movimentação, diferente. Vou a sala da mesa pintada, onde todos os lordes estavam junto de minha mãe, que chorava.
— Oque houve? — Pergunto preocupada com a cena.
— Os pequenos príncipes foram raptados pela triarquia. — Um dos lordes responde.
Meu coração parece subir a boca. Pelos deuses! Não, não, não!
— Partiremos imediatamente para lá, juntos dos navios, a batalha começa. — Jace diz.
Jace sai e Luke o segue.
— Eu também vou. — Digo.
— Não será necessário, as sementes de dragões os acompanharam. — O pode ao meu lado diz.
— São meus irmãos. — Rebato saindo.
Monto em Asaprata e levanto voo, junto de Jace e Luke. Com os navios, e as sementes de dragões voamos até a Goela. Eu sabia da participação dá triarquia nessa guerra, e alertei minha família, mas fiz isso tarde demais. Foi difícil se preparar em tão pouco tempo, quase impossível prever um ataque. Até que ele aconteceu, e aqui estou.
— Antes de agir devemos procurar pelos pequenos príncipes. — Grito a todos que dividiam o céu comigo.
Todos concordam, enquanto os navios se atacavam, voávamos por eles procurando por qualquer pista. Não demorou para flechas serem lançadas contra nós, eu fiz oque pude para proteger Jace e Luke delas, colocando Asaprata a frente deles. Algumas flechas conseguiam perfura as escamas de Asaprata, mas outra batiam e caiam ao mar. Era difícil demais achar qualquer pista de tão longe, e isso me instiga a voar mais baixo. Por mais que a ideia seja idiota, não consigo resistir a ela, me aproximo dos navios com voos rasantes. Nada, não encontro nada, nem mesmo cabelos prateados. Me afasto me erguendo aos céus novamente.
— Encontrou algo? — Jace pergunta gritando a distância.
— Não, é impossível se aproximar mais que isso. — Digo.
— Não, não é. — Jace diz se afundando nas flechas.
— Jace, não! — O repreendo.
Luke voar atrás dele, indo contra as flechas. O olho de Vermax é perfurado por uma flecha, o dragão rosna ardido, e se perde em meio as flechas esbarrando com Arrax. Os dois dragões em a água.
— Jace! Luke! — Grito indo até eles.
Eles estavam lutando contras ondas para se manteriam na superfície, Arrax docente de Vermax estava vivo, mas não continuaria se as flechas continuassem direcionadas a ele.
— Fogo! — Ordeno as sementes de dragão que voavam acima.
O fogo é despejado nos navios, diminuindo a quantidade de flechas.
Eu estava me aproximando, para protegê-los quando Luke nadou até Arrax, e tentou montá-lo.
Luke estava desesperado, seu dragão estava se afogando enquanto era ferido por flechas afiadas. Jace vai até Luke e tenta ajudá-lo, mas os dois se tornam alvos fáceis e são feridos por flechas.
— Não! — Grito me colocando à frente das flechas que os feriam.
Uma das flechas perfura meu ombro, e a outra acerta a lateral de meu corpo. A dor é insuportável. Não sei por conto tempo Asaprata aguentaria ser o alvo. Me volto para os meninos, e tenho meu ar roubado. O corpo deles poiava sobre a água.
Levanto voo me afastando di alcance das flechas, e vejo de cima, os navios queimando acima do mar e abaixo dos céus.
Meus irmãos estavam mortos. Minhas mãos tremiam, e meus dentes se batiam como se eu estivesse com frio, talvez eu esteja com frio, eu não faço ideia do que estou sentindo. Eu podia queimar esse navios, reduzir a cinzas, matar todos. Mas isso não tamparia o vazio que se abriu em mim. Dou meia volta, voo até Aemond.
Voo sobre Kings' Landing, e chego ao pátio da fortaleza vermelha.
— Chamem o príncipe! — Os guardas gritam sacando suas espadas.
Asaprata rosna o mais alto que consegue, ela estava assustada. A acaricio — Calma, menina. — Tento ajudá-la. (Alto Valeriano)
Desço, e com alguns passos ao chão. Eu sentia somente a parte tremular de meu corpo, nada mais. Algo em mim desligo, algo em mim recusa aceitar a verdade, algo em mim ignora o buraco em meu peito.
Aemond chega, em se aproxima assustado. Ele imediatamente se joga ao chão perante mim, e tira as flechas de meu corpo.
— Chamei um curandeiro! — Ele grita.
Ele me ergue para me colocar em seu colo, e caminho comigo pelos corredores até seu quarto. Ele me coloca em sua cama, e me abraça.
— Diga oque aconteceu! — Ele implora — Você está bem?
O curandeiro entra, vem até nós, e me estuda.
— Pelos deuses! — O curandeiro se espanta ao notar meu estado.
Ele tira a minha roupa, limpa meus ferimentos, os costura e faz curativos.
— Meu príncipe, a princesa me parece estar em estado de choque. Acredito que seja melhor deixá-la sozinha. — O curandeiro diz se levantando.
— Não, não me deixe sozinha. — Sigo segurando a mão de Aemond.
O cirandeiro sai, e ficamos sozinhos. Aemond acaricia a minha mão, enquanto me encara preocupado. Como eu diria que meus irmãos morreram? Como diria que eles foram afogados pelo mar? As lágrimas escorrem pelos meus olhos, e meu rosto esquenta. Meus soluços são profundos, era como se toda a dor transbordasse. Deus, porque parece que meu peito estava sendo atracado? Era como se houvesse um buraco em meu corpo, um buraco em minha história, um buraco em minhas lembranças. Um pedaço de mim foi atracado, um pedaço de mim não existe mais. Eu choro, choro profundamente.
— Está tudo bem agora. — Aemond diz me puxando para seus braços.
Abafo meus gritos em afundando minha cabeça em seu peito. Meus irmãos tinha morridos. Meus meninos. Eles vieram do mesmo ventre que eu, compartilhamos a ama de leite, nosso sangue era o mesmo. Eu nunca mais veria aqueles cabelos escuros e daqueles olhos castanhos. Eles nunca mais iram sorrir para mim!
— Meus irmãos morreram. — Digo em voz alta, apenas digo.
Aemond parece tão espantado quanto eu. O abraço dele se torna mais forte, como meu choro.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...