Acordo, tomo café, me visto e saiu. Caminho pelo castelo sem rumo algum, apenas entrando e saído de salas e corredores. Como será que está o quarto de minha mãe? Eu posso visitá-lo. Vou até o quarto de minha mãe, ele estava exatamente como foi deixado, um pouco empoeirado mas, nostálgico. A cama desarrumada, as cortinas de veludo e os tapetes de pele, o guarda-roupa... O GUARDA-ROUPA. Minha mãe sempre foi meu ícone para roupas, vou até seu armário e o abro, levantando poeira mas, revelando lindos vestidos. Minha mãos passeiam pelos tecidos, sinto cada um deles. Um lindo vestido vermelho com detalhes dourados se destaca. Era lindo, era perfeito, era de minha mãe. Eu o tiro do guarda roupa e o prenso no corpo enquanto procuro um espelho. Acho um espalho ao lado da penteadeira. Os detalhes dourados combinavam com meus olhos, e o vermelho destaca meus cabelos. Era maravilhoso. Volto para meu quarto com o vestido, eu o usaria hoje à noite. Seria uma provocação e tanto, a oportunidade que eu precisava estava a horas de distância de mim. Aemond provaria um pouco do inferno que prometi.
As horas se passam e no começo da noite a porta do quarto se abre. Me viro e vejo Aemond, ele me observa parado enfrente a porta.
— Daqui um hora, estarei esperei por você na sala de jantar. — Ele anuncia.
— Certo. — minha voz soa alegre demais.
Mesmo suspeitando de minha colaboração repentina ele sai sem fazer perguntas. E como pedido me arrumo em uma hora, e desço para sala de jantar.
Quando as portas da sala de jantar se abrem e meu vestido vermelho se destaca das roupas e decorações verdes posso ver os olhares espantando em mim. Aemond parece congelar com o olho em mim, a expressão dele fica vazia, tão branca quanto seus cabelos. Ele se levanta da mesa, e caminha até mim, como um raio. Seus dedos envolvem meu braço e ele se inclina ao meu ouvido.
— Que porra é essa? — Ele sussurra.
— Doque exatamente estava falando? Tio. — Pergunto acompanhado seu tom.
— Da porra do vestido, Visenya. — A voz dele apesar de baixa era feroz.
— Não gostou? Titio. Pensei que qualquer coisa me valorizava. — Zombo.
Os dedos dele se tornam mais apertados, a raiva dele se torna transparente, eu conseguia senti-la. Me apoio em seu perto para me ergue sobre as pontas de meus pés, com meus olhos o entrando digo amarga — Tire-o. Se não te agrada o arranque de mim. Brinque comigo, me use. Me deixe nua, eu o desafio. Não é como se nunca tivesse me feito andar exposta pelo castelo.
O olhar dele era de puro ódio. Ele se aproxima chocando seu corpo contra o meu, e sua sombra me cobre por inteiro. Ele faria? Arrancaria minha roupa? Ele não faz, ele simplesmente continua me encarando, talvez lutando contra a vontade de ceder a minha provocação.
— Se não vai fazer nada me solte! — Digo recuando.
Ele me obedece, suas mãos saem de mim deixando marcas. E sua expressão volta a ser serena e indescritível.
— Certo. — Ele diz me estendendo a mão como se nada houvesse acontecido.
Com raiva aceito seu toque. Como ele consegue se manter tão pacífico, parece que todos os meus esforços são em vão. Ele me faz ser patética. Andamos até a mesa, ele puxa uma cadeira para mim, e assim que me sento ele se senta ao meu lado.
Os olhos dos usurpadores estavam em mim.
Alicent, Aegon, Otto. Alicent, Aegon, Otto. Alicent, Aegon, Otto. Esse nomes se repetiam em minha cabeça não permitindo que eu pensasse.
— Não mudou nada. — Aegon diz da ponta da mesa — Continua a mesma...
— Irmão, sugiro que controle a língua. — Aemond o interrompe.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...