O dia começa. A luz pura da amanhã invade meu quarto. Me levanto inapta a viver, desejando apenas está sonhando ou morrer. Caminho pelo meu quarto lentamente, vou até o banheiro e banho, mesmo não estando suja. A dor em meu peito, que avia se tornado um buraco pesado pede com força para ser aliviada. Eu podia me aliviar chorando, gritando, mas tudo isso exigia uma força que não tenho. Então, fico quieta e calada. Depois do banho, vou para a mesa de café. Como esperado a Tily chega, ela vem até mim, se senta ao meu lado e serve a bandeja.
— Hoje vai comer? Ontem você... — Ela parece preocupada.
Me volto para mesa e me sirvo com uma fatia de maçã.
Onde está Aemond, porque ele não veio me ver? Ele não me visitou ontem. Desgraçado.
Depois do café, vou para o sofá, assisto a lareira apagada. Tily se senta ao meu lado, e nós duas a assistimos em silêncio.
Ele estava bem? Que os deuses queiram que ele esteja! Por favor! E se algo tivesse acontecido? E se ele estiver adoecido? Talvez, ele possa estar de repouso. Se ele não estiver possibilidade a fazer a programação de amanhã, não aconteça morte alguma. Será que ele está bem?
Passo o dia me questionando sobre Aemond, como se eu tivesse alguma respostas. Além de me procurar com ele o esperei, mas ele não veio. Assim que anoiteceu Tily me preparou outro banheiro, eu estava a mercê de qualquer atividade que ocupasse minha mente barulhenta. Depois do banho coloquei minha camisola, a única que me deram, a vulgar camisola e fui pra cama.
Todo aquele sentimento pareceu ter se multiplicado. Seria amanhã. Amanhã algo terrível aconteceria. Rolo pela cama me contorcendo de agonia, até que me levanto em um impulso. Aemond, eu precisava vê-lo, seria nosso último encontro. Amanhã ele poderá morrer. E para viver ele terá que pagar um preço caro. E mesmo que ele sobreviva se tudo for como planejado não no vemos mais.
Eu queria toca-lo, vê-lo, pelo menos uma última vez. Me cubro com uma pequena manta de veludo azul. Saio do meu quarto e caminho pelos corredores até o quarto de Aemond. Ao chegar a porta do quarto dele, a toco hesitante. Duas batidas. Segundos se passam, até que maçaneta preta se meche. Uma pequena brecha é aberta, espero um convite para entra mas não o recebo, então entro sem aviso prévio. Aemond estava apoiado em uma das janelas de seu quarto, totalmente de costa para mim. Ele estava de camisa, o seu couro estava sobre um pequeno sofá, as suas armas também estavam no mesmo sofá. Os cabelos dele estavam totalmente preços, suas costas estavam totalmente expostas sob o tecido cinza de sua camisa.
Ele se vira. O seu espanto é notável, os olhos arregalados e a testa franzida pelas sobrancelhas arqueadas.
— Não espera por mim? — Pergunto.
O resto dele relaxa, e ele abre um pequeno sorriso — Não, não esperava. — Ele confessa indo até o sofá vazio.
Ele senta no sofá, se estica até a mesa de centro e pega a garrafa de vinho sobre ela.
— Eu esperei por você. — Digo em bom tom.
— Tily disse que estava... indisposta, preferi não incomoda- la. — Ele explica.
Caminho até o pequeno sofá devagar, fico perante Aemond e encaro seu rosto.
— Vai me ignorar quando as coisas não estiverem fáceis? — Pergunto realmente curiosa com a resposta.
— As coisas nunca estão fáceis. — Ele responde levantando o queixo e apoiando a nuca no acolchoado das costas do sofá.
Ele tinha razão. Me aproximo e me sento ao seu lado. Eu estava pronta para desmoronar.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanficMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...