Ele ainda dúvida do meu amor, é mesmo difícil acreditar que o amo? Passo a tarde no quarto, me sinto vazia e desesperada. Eu estava desolada, cansada não só de corpo mais também de alma. A saudade mata.
Era noite quando a porta do quarto se abri novamente, era Aemond. Ele vestida roupa de montaria que cheirava a dragão. Me viro para não ter que encara seu rosto.
— Ainda está acordar? — Ele pergunta.
Eu o ignoro. Sinto inveja dele, ele pode voar livremente pelos céus enquanto eu só desejo isso. Pobre asa prata, deve estar exausta da terra assim como eu. Sinto Aemond se aproxima, tento me afastar mas, ele me segura meu braço.
— Me solta!
— Visenya, não pode fingir que não estou aqui. — Ele diz me virando para ele.
— Posso sim, é oque fez durante a tarde. Agiu como se eu não estivesse aqui, nesse quarto, magoada por conta da sua frieza. — Digo ainda evitando olha-lo.
Ele me empurra até a parede e me prensa contra ela. Puxa meu queixo, me obrigando a encara-lo.
— Porra, Visenya, se você pudesse ao menos sentir metade do desespero que exala pelo meu corpo só de te imaginar longe. Você é minha, e eu te quero perto.
Viro meu rosto novamente. Porque oque ele sente é mais importando?
— Eu quero ir à Dragonstone. — Insisto.
— Olhe para mim enquanto pede para ir para longe. — Ele diz aproximando nossos rosto.
Volto meu rosto para ele, fazendo com que nosso lábios se toquem levemente. O olhar dele estava pesado, tanto que eu podia senti-lo.
— Quero ir à Dragonstone. — Repito.
— Que seja, então. — Ele diz se afastando — Partirá nessa madrugada.
Aemond parece estar brincando, sério? Ele me deixaria partir. Ele vai até a porta e chama as servas, que minutos depois trazem um conjunto de montaria para mim.
— Se prepare, e venha ao encontro de Vhagar — Ele diz antes de sair.
Tiro meu roupão, as servas me ajudam a vestir a calça, e o terno de couro. A tempos não usar um par de botas, é satisfatório sentir as plantas de meus pés inteiramente ao chão. As servas fazem tranças que seguem da raiz as pontas, impedindo qualquer fio de se rebelar. Coloco uma capa e vou até Aemond, a noite estava fria. E o caminho parecia longo, talvez seja por conta da minha ansiedade. Se Aemond estiver disposto a fazer oque pareceu prometer, eu estou a horas de encontrar a minha família. Passo pelo fosso, e encontro Aemond. Ele estava de costas, seus cabelos prateados voavam assoprados pelos vento.
— Aemond. — O chamo.
Ele se virar para mim, seu rosto parecia machucado. Não a sua pele em si, mas a sua expressão. Ele sentia dor, dor em ser o homem que me ajudaria a partir.
— Vamos. — Ele diz me dando as costas de novo.
— Aemond, eu...
— Não, eu não quero despedidas. Fazer essa noite parecer a última que vou te ver, deixa as coisas mais difíceis. — Ele me interrompe.
Ele sai andando e eu o sigo. Chegamos a Vhagar que dormia, Aemond se aproxima lentamente a despertando aos poucos, ele toca a escamas dela e a acalma com seu toque.
— Os guardas interferirão a sua saída? — Ele pergunta ainda acalmando Vhagar.
— Não, eles deveriam?
— Não, ordenei que eles permitissem. No saber que minhas regras são seguidas a risca. — Aemond comenta me estendendo a mão.
Ele usava luvas, mas ter a minha mão sobre a dele me faz desabar. Consigo sentir seu medo e desespero, para ele tudo isso é uma colaboração para nossa separação, mesmo assim ele faz por mim. Ele me ajuda a subir, e sobe logo depois. A cela é grande o suficiente para que eu fique sentada à sua frente, entre suas pernas, cerca por seus braços, vendo suas mãos enluvadas segurando as rédeas da cela. Ele puxa as rédeas fazendo Vhagar se preparar para levantar voo, ela o faz assim que consegue bater asas.
Voamos em silêncio. Cada minuto que se passava era uma tortura, eu tinha duas agonias, uma delas era não saber como minha família se comportaria com a minha presença, e a outra era não saber como Aemond se comportaria com minha ausência. Avisto Dragonstone, meu coração chega a para assim que o castelo entra em minha paisagem. Sorrio sentindo nostalgia.
— É seguro para você? — Pergunto.
— Não, mas estudei Dragonstone muito bem. Sei oque fazer. — Aemond diz fazendo Vhagar ir mais rápido.
Ele estava frio como gelo, me pergunto como alguém que me aqueceu tantas vezes se tornou tão duro em pouco tempo. Aemond lida com muitas coisas de uma vez, minha partida é mais uma delas. Aemond torna o voo de Vhagar baixo, ela toca o mar, e segue indo até a a parte fazia da praia. Em um lugar escondido por árvores Aemond pousa.
— Dragonstone. — Aemond diz, consigo sentir sua voz treme.
Me viro para ele e tento beija-lo mas, ele se recusa. Ele não me permitiria nem a agradecer, será uma tortura das as costas a ele sem ouvi-lo afirmar que me ama. Sinto meu peito aperta, e meu corpo tremer. Eu estava em casa, mas era tão difícil sorrir. Desço de Vhagar, e caminho pela grama baixa.
— Visenya. — Aemond me chama.
Viro para ele e o vejo pulando de Vhagar e correndo até mim. Ele me beija com toda a sua paixão, ele me beija como se aquele beijo fosse o último.
— Eu te amo. — Ele sussurra. (Alto Valeriano.)
Choro o ouvindo dizer exatamente oque eu queria.
— E vou esperar por você o tempo que for necessário, você é a minha princesa, esposa e futura rainha.
O beijo de novo, mostrando a ele que aquele não era nosso último beijo.
— Eu vou voltar, meu amor. Por você, porque sou sua, e você é meu. — Prometo a ele.
Ele segura as minhas mãos com força e as beijas.
— Agora você precisa ir, vá o mais rápido que conseguir, não é seguro. — Peço.
Aemond solta as minhas e nos afastamos, damos as costa um para o outro, e seguimos nossos caminhos.
Meu coração parece ser esmagado. Caio em lágrimas enquanto caminho até o castelo, consigo sentir as asas de Vhagar levanto vento atrás de mim. Chego aos portões de Dragonstone, os soltados ficam incrédulos ao me verem.
— Princesa Visenya! — Um deles parece anunciar.
Eles correm até mim, para me avaliar de perto, e se chocam ao perceberem que eu realmente era eu.
— A princesa voltou! — Um deles grita — Avisei a rainha!! — Os gritos continuam.
Eles me escoltam até a saltar do trono, antes de entra sou anunciada. Consigo ouvir os burburinhos de trás das portas assim que meu nome é dito.
Entro e recebo olhares chocados. Minha mãe me encara no centro da sala, enquanto meus irmãos faziam o mesmo no canto, minhas primas também tinham o mesmo olhar.
— Eu... — Tento achar palavras mas, tê-lo tão perto me deixa perdida.
Minha mãe caminha até mim e me abraça. Eu perco o ar, eu estava com ela em meus braço finalmente. Ela acaricia meus cabelos como se os meses que passamos longe nunca tivessem acontecido. Meus irmão se juntam ao abraço, consigo escutar o choro de Luke. Parecia um sonho, não parecia real. Eu não conseguia acreditar.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...