Eu não tenho mais certeza sobre nada. Nem mesmo sobre quem estou traído. Cheguei a conclusão que o incômodo era meu medo de ter tramado contra a vida de Aemond sem me dar conta, eu disse todo seu plano, seja lá quem for impedi-lo, saberá oque fazer. E isso deveria me deixar feliz, já que por minha causa, meus irmão, primas e avó estarão seguros mas, isso não garante a segurança de Aemond. E apesar de tudo, meu coração ainda clama por ele. Lembro me de seu toque, de sua pele, de seu sorriso, de seu olhar. Tudo me leva as lembranças que ele me ajudou a criar. Sou patética porque tenho noção de que nunca poderíamos ficar juntos, e mesmo assim...
A porta se abre, meus olhos se atentam a ela. Era Tily com a bandeja.
— Bom dia, princesa!! — Ela diz com o mesmo tom de sempre — Ainda não levantou?
Minha relação com Tily sempre foi esquisita, mas agora esta bem mais. Desde que meu entusiasmo foi embora e minha opinião sobre se tornou franca, tenho um certo sentimento de desconfiança de seu caráter. Não que ela tenha me dado motivos o suficientes para isso, mas deu alguns motivos.
— Não quero levantar hoje. — Faço birra.
— Oque? Mas, precisa. Não pode ficar deitada o dia inteiro.
— Eu posso sim.
Ela suspira, vai até a mesa e larga a bandeja e se senta. Assisto ela fazer isso ainda com a cabeça colada no travesseiro.
— Sinto que devo desculpas. — Ela fala desviando o olhar.
— Desculpas? — Me surpreendo.
— Tem algo de muito errado entre nós. — Ela afirma.
Talvez nós duas compartilhávamos o mesmo sentimento. Eu fico em silêncio, não sabia oque falar, não tinha ideia. Ela tem razão de qualquer forma.
A porta se abre novamente, dessa vez é Aemond. Ela estava armado, duas espadas e uma adaga na cintura. O cabelo dele estava semi preço como de costume e sua roupas eram pretas. Suas mãos descansavam uma na outra com suas luvas de couro.
PELOS DEUSES! Que ele não esteja ainda a Pouso das Gralhas.
— A onde vai? — Eu e Tily perguntamos em coro. Me volto para ela desentendida, os olhos dela estavam sobre ele.
— Sir. Criston e eu temos assuntos pendentes pela cidade. — Ele explica.
Me sento na cama para vê-lo com mais clareza.
— Prometa que é só isso. — Meu desespero agi por si próprio.
Aemond ri.
— Não acha que está exagerando?
— Eu só quero estar ciente de quando for para Pouso das Gralhas. — Confesso.
— Fique tranquila, ainda estávamos arquitetando certos detalhes. Tomaremos Pouso das Gralhas daqui três dias.
Meu coração cai conta meu peito de tanto alívio. Aemond e eu trocamos olhares antes dele ir, assim que ficamos sozinhas novamente Tily vem até e se senta ao lado na cama.
Ela segura uma de minhas mãos e a carícia com o polegar cuidadosamente, nossos olhos vão ao encontro de um ao outro.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...