O cheiro de sangue era presente até mesmo enquanto eu dormia. Já se passaram três noites desde o dia que minha fuga deu errado, eu não tenho permissão para sair do quanto desde então. Os únicos rostos que vejam são os das servas, que parecem ter medo de mim, elas entrem e saem rapidamente sem dizer uma palavra. Eu também teria medo de mim, minha situação é degradante, tomei apenas um banho durante meus dias de cárcere e não tenho força nem para escovar os cabelos. Estou péssima até mesmo para comer, mal mexo entre o lençóis de minha cama. Tenho medo até de piscar, porque quando meus olhos ficam escuros, mesmo que por segundos, me lembro da noite escura que Sir. Jason morreu. O sangue jorrando tem grande parte de minha lembranças, parece tão presente que posso senti-lo escorrendo por meu rosto.
Me levanto e vou até a mesa de café, nela eu fiz um memorial a minha vó. Juntei todas as velas do quarto e coloquei na mesa, costumo orar em meio a elas duas a três vezes por dia. Me ajoelho perante as velas e cruzo meus dedos, apoio meus cotovelos na mesa e fixo meus olhos no teto.
— Querida Vó, acredito que estava feliz junto de Meleys no puro mundo. Espero que esteja torcendo por mim, e que ainda me ama.
Me levanto e vou para banheiro, preparo a banheira e entro na água. Aemond deve me odiar. Ele deixou de me amar? Ele entendeu tudo errado, deve pensar que eu o usei, o manipulei. Mas, eu não menti para ele, tudo que vivemos foi verdade. Ele me deve desculpas, muitas desculpas, talvez se eu pudesse explicar tudo se resolvesse. Eu ainda o amor, mesmo não querendo amá-lo, ele agiu feito um mostro e isso não foi o suficiente para meu coração esquecê-lo. Ouvi sussurro, vindo dos corredores, de que Aemond foi nomeado príncipe regente, isso significa que ele atendeu o meu pedido. É confuso.
Me levanto saindo da água, me enrolo em uma toalha qualquer e me sento na penteadeira. Pego uma escova e penteio meus cabelos com cuidado, enquanto encaro meu reflexo. Minha olheiras estavam horríveis, meus rosto estava inchado, era assustador me ver assim.
Se Aemond atendeu o meu pedido, o fez por amor. Não como deixar de amar alguém em duas horas ou menos. Eu não deixei de amá-lo mesmo depois dele ter matado, e me perseguido em uma floresta. Mas, eu o magoei, profundamente, ele não acredita mais em meu amor. Para ele não sou nada mais que uma mentira.
Penteada, vou me vestir, coloco a camisola vulgar. Uma serva entra no quarto com o jantar, ela o coloca na parte fazia da mesa de café e sai cometendo um erro, ela esquece a porta do quarto aberta. Abro um sorriso assim que vejo a brecha feita na porta.
Coloco meu roupão e saio, vou até o quarto de Aemond. Se conversamos tudo pode se resolver, não quero que o coração dele fique machucado por muito tem. Não quero ser a causadora de sua dor.
Toco a porta de seu quarto, ninguém a abre, então eu abro. Entro e paraliso... Aemond estava com uma mulher. Não estavam conversando, estavam transando, ela estava montada nele, na mesma cama que usamos. A porta bate atrás de mim, e a mulher encima de Aemond se vira, consigo ver seu rosto, era Tily. Os olhos de Tily se espantam ao encontrarem os meus, ela cobre sua boca entre aberta com as mãos e paralisa assim como eu.
— Porque parou? — Aemond pergunta.
— Príncipe... — Tily a ponta para mim.
Aemond se ergue, se sentando na cama, ele sorri ao ver meu rosto. Sem dizer mais uma palavra, Aemond vira Tily, a colocando de quatro, e continua...
Algo dentro de mim se quebra, e imediatamente é consertado com raiva. Eu saio daquele quarto batendo a porta, e volto para o meu. Derrubo minhas estantes, as quebrando. Vou até a mesa de café e quebro as cadeira as batendo contra o chão. Com um dos pés da cadeira quebro os vidros da janela, rasgo as cortinas e lençóis e mesmo assim continuo com raiva. Quebrei apenas as minhas coisas, não era o suficiente, eu tinha que afetá-lo, tinha que deixá-lo com raiva também.
Pego o pé de da cadeira de novo e vou até a sala de conselho. Guardas tentam me impedir de entra, mas ele não são o suficiente para me para.
Quebro todas as cadeiras do conselho as chocando contra a mesa. Com esforço derrubo a mesa. Com um chute derrubo o mural de mapa. Ainda estava fervendo de ódio...
Saio da sala e caminho pelos corredores até a biblioteca, ao chegar na porta da biblioteca pego uma tocha de fogo de uma das paredes do corredor e entro na biblioteca. Passeio pelas prateleiras colocando os livros ao meu alcance em chamas. Vejo aqueles livros queimarem assim como eu, até que saio da biblioteca.
Depois doque vi não quero pedidos de desculpa. Agora quero dívidas pagas, e não terei medo de comprar. Aemond você vai pagar.
Vou para o antigo quarto de minha já que o meu está ironicamente interditado...Outro dia começa, tomo o banho mais intensivo da semana, para tira o cheiro de fumaça de meu cabelo. Visto um dos vestido de minha mãe, ele era cinza escuro com detalhes vermelhos. E saio ando pelos corredores, servos e guardas vão e vem, pelos corredores, a caminho de suas tarefas.
— A biblioteca perdeu entorno de vinte e cinco livros. — Uma serva sussurra a sua companheira.
Me chateio com a pouca quantidade que queimei.
— Sim, eu soube. Disseram que também foi a princesa Visenya. Ela quebrou alguns móveis da sala de conselho. — A serva comenta.
Eu seguro a risada e passo por elas, as deixando explicitamente apavoradas.
Vou até a sala do conselho, os móveis de lá eram novos, foram repostos imediatamente. Dou uma volta pela sala, considerando quebra os móveis novamente. Sir. Tyland Lannister entra, se espanta com minha presença, mas me ignora tomando seu lugar a mesa. Os membros do conselho fazem o mesmo, nenhum deles questiona a minha presença ou descrimina. Então, fico ao lado da porta em silêncio. A reunião se inicia, curiosamente sem a presença de Aemond.
— Damon fez a sua primeira aparição desde que tomou Harenhal. — Lorde Larys Strong informa.
— A perda de Harenhal pode ser compensada se continuamos tendo vitórias como a Pouso de Gralha. — Alicent diz.
— A vitória que custou nosso rei? — Sir. Tyland Lannister rebate.
— Os Frey se juntaram a Rhaenyra, assim como os Stark. A situação é preocupante. — Lorde Larys Strong assume um tom preocupado — Não podemos nos esquecer dos plebeus que clamam por comida, os empecilhos do Lorde Corlys continuam. — Lorde Larys Strong continua.
— O príncipe regente está cuidando disso. — Alicent tenta tranquilizar a todos.
— Está? — Sir. Tyland pergunta gesticulando com as mãos.
— Não mostraremos a povo e a nosso aliados esse momento de fraqueza. O banquete essa noite dará forças a todos, temos que continuar firmes. — Alicent diz com a sua típica voz de pobre coitada.
Banquete? Mais um? Ela já não se cansou? Suspiro alto o suficiente para que toda à atenção se volte a mim. Reviro meus olhos dando de ombros e saio.
Os servos e guardas estavam me respeitando e eu acabei de participar de uma reunião do conselho, parece que o nome título de Aemond também me favorece.
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Prometida a mim - Aemond Targaryen
FanfictionMeu avô morreu em paz acreditando ter unido sua família quando prometeu minha mão ao meu tio, Aemond Targaryen. Oque ele não esperava, oque nenhum de nós esperávamos, é que a guerra fosse inevitável. O nosso cérebro não consegue distinguir oque é r...