Em uma vila na montanha, encravada entre os imponentes picos nevados, estranhos desaparecimentos começam a assolar os moradores. Convocados para desvendar o enigma, o Pilar da água, Giyuu Tomioka e a Pilar dos insetos kocho Shinobu descobrem segredo...
Tomioka ergue a mão na direção do meu rosto e rapidamente enxuga as lágrimas que ameaçavam cair, seu dedos são frios, mas por algum motivo isso não me incomoda, pelo contrário, traz uma sensação boa. Porque você está pensando nisso agora, Shinobu? Pouco importa a sensação que o toque dele traz. No entanto, ignorar meus pensamentos sobre Giyuu trás de volta as lembranças que revivi a minutos atrás. Eu não posso ficar assim, eu tenho que manter a compostura, chorar é coisa de gente imatura, a minha irmã gostava do meu sorriso, então eu tenho que sorrir, não importa quanta raiva e tristeza eu guardo dentro de mim. E é exatamente isso que faço, sorrio e me levanto, como se nada tivesse acontecido, como se o Hashira da água nem tivesse visto eu quase me despedaçando. _Acho que precisamos descansar um pouco._Digo oferecendo uma mão para o meu parceiro_Amanhã de manhã nos voltamos para casa. Ele me fita com um olhar preocupado e confuso. Talvez seja pela minha mudança de comportamento repentino, Tomioka me viu chorando e agora tá me vendo sorrir e agindo naturalmente. O garoto conseguiu ver atravéz de mim, percebeu que atrás dos meus sorrisos constantes haviam lágrimas não derramadas. Droga. Uma sensação de vulnerabilidade toma conta do meu corpo, me sinto totalmente exposta diante de seus olhos. _Se você não vai vim, ok, mas eu já vou._Sem hesitar recolho minha mão e começo a ir embora de volta para a pousada que estávamos. Nem ousei olhar para trás durante todo o caminho.
Na manhã seguinte decido visitar a moradia do líder da vila, vou somente para avisar sobre a derrota do Oni e agradecer pela hospitalidade, como uma boa garota bem educada. Giyuu estava trancando em seus quatro, se ele estava dormindo ou não, aí eu não sei, mas deixei um bilhete avisando que tinha assuntos para tratar antes de partirmos. Para falar a verdade, ele não ter vindo fez com que eu ficasse aliviada, preciso de um tempo sozinha para refletir e até mesmo para conseguir voltar ao normal com o Hashira e esquecer os acontecimentos da noite interior.
A casa do chefe daqui não é nenhuma mansão como eu esperava, pelo contrário, é na verdade uma residência bem humilde, isso é algo novo de se ver. Me aproximo do local e bato na porta, já com um belo sorriso no rosto. A maçaneta gira e... Quem abre é uma senhora mais baixa que eu, vestindo um quimono florido e usando um coque no topo da cabeça, devia ser a esposa do líder. A mulher estava arrasada. Claro, os desaparecimentos devem ter mexido com ela _Bom dia, senhora._Começo._O Oni responsável pelos sequestros foi morto. Ele estava brincando com os maiores traumas do passado das pessoas, as vítimas podem estar tanto vivas ou mortas, mas se estiverem com vida provavelmente vão se encontrar presas em algum lugar pela vila, já chamei um grupo de caçadores para achar esse possível local o quanto antes.
Que estranho, porque quando eu falei as palavras soaram incoerentes na minha mente? Tipo, será mesmo que esse Oni só pegava pessoas para se divertir com suas maiores dores? Que prazer sádico seria esse? _O que você tá falando? Meu filho desapareceu ontem! Nada está resolvido aqui!_A senhora começa a gritar e a chorar ao mesmo tempo._Você não salvou ninguém aqui! Agora o meu filho pode estar morto porque você não salvou ele!
Então...existe mais de um demônio causando esses sequestros, claro, não seria tal fácil como eu imaginei. Eu fui ingênua de pensar que já havia acabado, sinto que subestimei essa missão. Ainda tem muita coisa acontecendo nesse lugar. Droga. Agora juro que não vou descansar até descobrir o que é.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
