Em uma vila na montanha, encravada entre os imponentes picos nevados, estranhos desaparecimentos começam a assolar os moradores. Convocados para desvendar o enigma, o Pilar da água, Giyuu Tomioka e a Pilar dos insetos kocho Shinobu descobrem segredo...
Havíamos exterminado uma grande parte dos Onis, mas agora, enfrentávamos uma resistência maior. A Quinta Forma: Serpente Deslizante havia se tornado uma aliada indispensável, permitindo-me decapitar vários inimigos com uma única investida. No entanto, os poucos que restaram eram mais poderosos e desafiadores do que os anteriores.
Continuava a brandir minha katana, avançando com determinação e precisão através da horda demoníaca. Então, diante de mim, apareceu o Oni responsável pelo ferimento de Mitsuri. A raiva e o desejo de vingança ardiam em mim. Este seria o meu alvo, estava preparado para enfrentá-lo com toda a força que tinha.
Esse daí eu vou ter prazer de matar.
Com um movimento ágil, me lancei em sua direção, cada passo calculado e cada golpe perfeitamente sincronizado. A lâmina da katana brilhou. Com uma velocidade impressionante, executei a Segunda Forma: Presas de Veneno da Cabeça Estreita.
Apesar de toda a minha habilidade e o poder da técnica letal, o Oni parecia antecipar meus movimentos com uma precisão sobrenatural que desafiava qualquer lógica, desviando de meus ataques com uma agilidade que parecia além da capacidade de qualquer criatura.
Mesmo com a frustração crescente, não permiti que isso me abalasse. Mantive o ritmo, atacando consecutivamente. Contudo, antes que pudesse reagir a tempo, percebi que o Oni estava prestes a desferir um soco devastador, semelhante ao que havia aplicado contra a Hashira do Amor. O movimento era rápido demais para desviar, um sentimento de desespero tomou conta de mim.
Mas o impacto nunca veio. O que parecia ser um golpe inevitável e esmagador se transformou em uma pausa inesperada e surreal. O calor da batalha ainda queimava em minha pele, a pressão do momento parecia quase palpável. Com a adrenalina pulsando, finalmente consegui abrir os olhos, só para perceber que os tinha mantido fechados, involuntariamente, enquanto aguardava o impacto que nunca chegou.
Diante de mim, estava a visão de Kanroji em toda sua graça e determinação. Com uma agilidade fluida, ela se posicionou entre mim e o Oni. Percebi que ela havia cortava o braço do demônio.
_Iguro! Você está bem!?_ sua voz estava carregada de preocupação.
Sua presença ao meu lado era um lembrete reconfortante de que não estávamos sozinhos nessa luta.
_Estou sim. Obrigado._respondi enquanto respirava profundamente, recuperando a compostura.
O Oni, agora debilitado pela intervenção de Mitsuri, estava claramente enfraquecido e surpreso. Ele não havia recuperado seu braço, o que significa que apesar de ter uma grande força, sua capacidade de regeneração era baixa. Eu sabia que agora era o momento de agir. Mitsuri nós deu uma oportunidade valiosa para derrota-lo de uma vez.
Pov: Shinobu
Apesar do impacto brutal ao colidir no chão com Giyuu, não deixei que a dor me desviasse do meu objetivo. Levantei-me rapidamente, determinada a acabar com Douma de uma vez por todas.
O veneno que preparei havia enfraquecido o demônio, e essa era minha chance. Avancei com tudo, mirando no pescoço do Lua, pronta para decapita-lo. No entanto, mesmo debilitado pelo veneno, ele se mostrou incrivelmente ágil. Com um movimento rápido do leque, fez um corte no meu braço, forçando-me a recuar.
Ele era forte, muito forte, aliás, Douma era o Lua Superior 2, minha irmã era mais forte que eu, e mesmo assim sucumbiu diante dele. Por isso que antes estava disposta a morrer para matá-lo, pois era minha única alternativa de vingar a morte de Kanae, a única forma que poderia matá-lo.
_Shinobu!_escuto a voz de Giyuu atrás de mim, carregada de urgência e preocupação ao ver o sangue escorrer pelo meu braço.
_Ta tudo bem._respondo com firmeza._Precisamos por um fim nisso de uma vez.
Tomioka hesitou, seus olhos buscando os meus com intensidade. Então, avançamos juntos contra Douma, controlando nossa respiração e sincronizando nossos movimentos. Giyuu ergueu sua katana, mas Douma reagiu rapidamente, desviando e usando seu leque para ferir a perna dele. O golpe desviou a lâmina do Pilar da Água, que atingiu o peito de Douma em vez do pescoço.
Ele foi arremessado contra a parede, e um nó se formou em meu estômago. Meu coração disparou ao vê-lo caído, ferido e incapacitado. Nossos olhares se encontraram, e eu sabia que precisava ir até ele, precisava ajudá-lo.
_Segue em frente._ ouvi a voz do Hashira, as palavras sendo pronunciadas atravéz de seus dente cerrado.
Hesitei por um momento, mas acenei com a cabeça, determinada. Tomioka se machucou, e não deixar que isso seja em vão. Levantei minha katana e a posicionei no pescoço de Douma, fazendo um corte profundo que atravessou metade de sua garganta. O demônio me encarava, seu olho esquerdo agora vermelho de sangue devido ao veneno.
_Achou que seria fácil?_provocou Douma, seu olhar carregado de crueldade.
Continuei a fitar aqueles olhos de várias cores, mas de repente uma dor aguda atravessa minha barriga. Quando olho para baixo, vejo que o outro leque de Douma estava cravado em mim.
_Shinobu!_gritou Tomioka que permanecia caído no chão, mas apesar de seus esforços para se levantar, sua perna estava muito ferida para que conseguisse.
Não tremi nem por um segundo. Eu precisava terminar com isso. Mantive minhas mãos firmes na espada, só precisa de um pouco mais de força para cortar a cabeça dele fora. Só mais um pouco. A risada psicopata de Douma ecoava ao meu redor, uma zombaria macabra que fazia os pelos da minha nuca se arrepiarem.
_Te vejo do outro lado, borboletinha.
Douma empurrou o leque ainda mais para dentro do meu estômago, mas continuei firme, determinada a concluir minha missão. O pensamento de vingar Kanae, e todas as vítimas de Douma, me dava forças. Esse vai ser o fim do Lua Superior.
Você consegue, irmãzinha.
Ouço a voz da minha irmã em minha mente, como se estivesse ao meu lado, me encorajando. Com um último impulso de força, terminei de decapitar Douma. Seu corpo evaporou no ar, desaparecendo em uma nuvem de poeira.
Você consegue, irmã.
Escuto a voz de Kanae, é como se ela estivesse comigo neste momento, me abraçando, me dando forças, respiro fundo fundo e expiro, consigo ver o ar que sai da minha boca e por fim, aperto tanto minha katana que meus dedos ficam brancos e até parecem que vão quebrar, com um impulso final, termino de decapitar o demônio. Ele começa a se desintegrar no ar.
Acabou. Finalmente. Acabou.
Meus olhos se enchem de lágrimas, mas não apenas de dor física, mas pelo alívio que estava sentindo. Um peso imenso parecia ter sido retirado de meus ombros. Douma estava morto, e a vingança de Kanae estava completa.
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