Confronto no Covil dos Onis, Part 1- A Luta Começa

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Pov: Shinobu

Quando Tomioka puxa a porta, a cena se revela novamente diante de mim. Douma sentado de forma elegante sobre um tatame. Seus olhos de várias cores, se fixam nos meus, um sorriso largo e cruel se espalha pelo seu rosto, ampliando-se até as orelhas. Um arrepio frio percorre minha espinha, mas, diferente da última vez, consigo controlar as minhas emoções, mantendo o máximo de foco possível, apesar do ódio fervente em minhas veias.

_Como é bom te ver novamente, borboletinha!_diz o Oni, a voz soando alegre e animada, enquanto se levantava. Seu olhar se desviou rapidamente para Tomioka ao meu lado, se tornando mais curioso._Ah, você trouxe companhia.

Imediatamente Giyuu levou a mão até sua katana, assumindo uma postura de combate com uma tensão visível em seus músculos. Ele posiciona o corpo todo, se preparando para o ataque. Sigo o exemplo, minha própria postura se ajustando para investir contra o Lua Superior 2.

_Nossa, por que vocês estão tão sérios?_ pergunta Douma, carregado com um falso desânimo que só serve para aumentar meu desprezo.

A cada palavra que esse maldito pronuncia, o ódio dentro de mim se intensifica e meus pensamentos se voltam para Kanae, ela sempre acreditou que os humanos e os demônios poderiam viver em harmonia, sempre tão gentil com os outros, mas acabou morrendo para um Oni. E agora esse Oni estava bem na minha frente.

Sem hesitar, agarro um dos frascos da minha bolsa e o lanço na direção de Douma, fazendo com que se estilhaça-se no ar, liberando uma nuvem de fumaça rosa que se espalha como uma cortina de névoa ao redor dele.

_Acha que vai me vencer com isso?_ grita em resposta, soando com uma mistura de desdém e diversão. Ele empunha seu leque cortante com uma agilidade sinistra, preparado para repelir qualquer ataque

_Toma cuidado, subestimar seu adversário pode ser um erro fatal._digo, minha voz firme e carregada de determinação, ao tempo que empunho minha espada com precisão avançando pra cima dele.

_Respiração do Inseto. Dança da Libélula, Hexágono de Olho Composto.

Minha katana dança no ar com uma fluidez letal, cada golpe meticulosamente calculado para injetar doses de veneno nos pontos mais vulneráveis do demônio. Os movimentos são suaves e graciosos, como se estivesse realizando uma coreografia. O Lua, consegue desviar dos meus ataques, claro, eu já havia usado essa técnica da última vez, mas o que não esperava era que Giyuu viria logo em seguida com uma velocidade impressionante empunhando a espada em uma investida que acabou cortando o braço de Douma.

_Hahaha, isso vai ser divertido._fala o demônio. Sua gargalhada escoando pelo cômodo.

Essa diversão dele não vai durar muito. Hoje, encontrará seu fim, eu finalmente vou vingar a morte da minha irmã. O ódio e a dor que carreguei desde aquele dia e que moldaram cada pedaço de mim, agora se transformam em convicção. No último confronto, apesar de ter dado tudo de mim, não consegui vencê-lo e quase acabei morta.
Mas agora, Giyuu está ao meu lado, com ele aqui, sei que podemos conseguir matá-lo.

Pov: Obanai

Tudo estava estranhamente silencioso, um silêncio tão profundo e esmagador que parecia quase palpável. O ar se encontrava pesado, como se o ambiente estivesse segurando-o, a quietude interrompida apenas pelo sutil som de nossos próprios movimentos e respirações.

O pressentimento de que estávamos sendo observados era constante, a sensação de que o ataque poderia vir de qualquer direção me mantinha em estado de alerta.

Olhei para Kanroji ao meu lado. Seus olhos verdes brilhantes estavam concentrados, varrendo a sala ao mesmo tempo que suas sobrancelhas se situavam franzidas em um misto de confusão e concentração.

_Iguro, você também tá sentindo como se estivéssemos sendo observados?_ pergunta se virando para me encarar.

_Estou_ respondo, ajustando minha postura com precisão calculada, ciente de que a qualquer momento poderia ser o início de um ataque.

_Vamos ficar atentos para...

Antes que pudesse completar a frase, um braço emergiu das sombras com uma força devastadora, movendo-se com uma velocidade surpreendente. O impacto brutal acertou a lateral da cabeça da Hashira do Amor com um estrondo, lançando-a para o outro lado da sala.
O som foi horrível, fazendo meu corpo todo tremer e um nó se apertar no meu estômago.

_Kanroji!_gritei, correndo em sua direção com o coração acelerado com uma onda de pânico crescendo dentro de mim.

O chão estava manchado do sangue que escorria pela têmpora dela. Sua queda fez com que uma expressão de dor e confusão surgisse em seu rosto. No entanto, seus olhos ainda estavam abertos lutando para se focar. Com uma urgência desesperada, estendi a mão para ela, segurando-a firmemente enquanto apoiava suas costas para ajudá-la a se reerguer.

_Você está bem?_ a ansiedade era clara na minha voz, cada palavra carregada com preocupação. Droga, era evidente que não estava bem, mas precisava ouvir isso.

_Eu tô._ a resposta veio com uma confiança surpreendente, mesmo em meio à dor. Ela era, sem dúvida, a pessoa mais forte que conhecia, amava isso nela.

Uma risada cruel e perturbadora ecoou pelo ambiente, me tirando de meus pensamentos, a sonoridade era como um zumbido maligno que parecia adentrar cada canto da casa. Virei-me para procurar a origem daquela risada, para minha surpresa, avistei uma série de pares de olhos brilhantes fixados em nós.

 Virei-me para procurar a origem daquela risada, para minha surpresa, avistei uma série de pares de olhos brilhantes fixados em nós

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Mistérios à Luz Da Lua (Shinobu e Tomioka)Onde histórias criam vida. Descubra agora