25. Dia III 🐈‍⬛

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Acordei na minha cama, por volta das sete da manhã. "Quem me trouxe para cá? Meus pais não foram. Sirius também não. Ah, tia Jullie!" Pensei.

-Será que Sirius já acordou? -Me perguntei. Me vesti rapidamente e fui para o quarto dele. Bati na porta e ouvi um "Entre" e reconheci a voz de Sirius. Abri a porta e ele estava; ainda com a mesma roupa de ontem, ainda com os curativos que tia jullie tinha feito ontem, e arrumando uma mala.

-O que está fazendo? -Perguntei. -Arrumando as minhas coisas. -Ele disse, sem olhar para mim. -Pra quê? -Perguntei. Não. Ele não pode estar falando sério, pode? Ele não pode fugir e me deixar aqui! Ele prometeu!

-Você sabe bem para quê. Você vai comigo? -Perguntou ele, agora olhando para mim. -Você não tem como estar falando sério! -Eu disse. -Eu estou, Reggie. Estou mesmo. Eu não aguento mais dois dias nessa casa. E eu sei que você também não. Nós somos crianças, deveríamos estar brincando com nossos amigo e ser livres para amar quem quisermos. E qualquer pessoa normal consegue enxergar que nossa família é problemática. A gente não precisa viver assim, Reggie. A gente pode ter mais. Podemos ser livres! Não seria ótimo? Poder sair quando quisermos, andar com quem quisermos, namorar quem quisermos! A gente pode ter isso, Reggie. Eu não quero te deixar, mas eu não vou pisar nessa casa nunca mais. Você vem, ou não? -Perguntou ele.

Eu já estava chorando. -Eu....você....-Não consegui falar nada. Só sai correndo para o meu quarto. Sirius veio atrás de mim, mas eu tranquei a porta antes que ele entrasse. -Reggie, por favor, me entenda! Eu não vou sobreviver aqui! -Ele disse, batendo na porta. Eu não respondi. Eu só consegui chorar naquele momento. Eu estava me sentindo traído. Era como se ele tivesse, literalmente, tivesse me apunhalado pelas costas!

-Me encontre no meu quarto amanhã, logo depois da meio noite se for comigo, e se não for, me desculpe. Eu te amo, carinha. -Ele disse, a voz baixa e triste. Ouvi seus passos se afastarem.

Passei praticamente o dia todo no quarto; hoje o único compromisso que eu tenho é o baile, mas ele só começa às nove da noite. Por volta das três da tarde, ouvi outra batida na porta.

- Vá embora, quem quer que seja. - Eu disse. -Regulus, meu querido. Você está bem? É a tia jullie. Você não comeu nada hoje, meu amor....-Disse jullie. -Eu não tô com fome, jullie. -Eu disse, ainda com voz de choro. -Quer conversar? -Perguntou ela. Não. Eu não queria. Mas seria melhor para mim mesmo falar com alguém.

Eu limpei o rosto e abri a porta. -Oh, meu amor! O que aconteceu?! -Ela perguntou, segurando meu rosto com suas mãos. Ela parecia preocupada, provavelmente pelo fato de meu rosto estava inchado de tanto chorar. -Meu irmão me traiu. -Eu disse, aí fechar a porta atrás dela e voltar para minha cama. -Porque diz isso? -Ela perguntou.

-Ele vai me deixar aqui, jullie. Ele vai fugir mesmo depois de prometer nunca me deixar. -Eu disse, voltando a chorar. -Sirius? Vocês brigaram de novo? Ele nunca faria isso se não estivesse realmente irritado com você.....-Ela disse. -Nós não brigamos, mas ele vai fugir e quer me levar junto. Mas se eu for também, ele vai ser preso! -Eu disse.

-Para onde Sirius vai? -Ela perguntou. -Para a casa dos Potter. Isso é idiotice! Se nossa própria família não gosta de nós, então por que alguém mais gostaria? Por que Sirius não pode ser um pouco maturo e racional? Eu sou o irmão mais novo e sou maturo que ele! -Eu disse, ainda chorando. -Entenda, querido; você ainda consegue aguentar viver aqui pois você não é um imã para quebrar as regras, você não é grifino. Mas Sirius, ele não sobreviveria aqui por mais tempo, você sabe disso, não é? -Ela disse.

-Não é justo, jullie! Eu não gosto daqui! E eu não "aguento" essa família, eu sobrevivo á ela. Eu sou mais novo que Sirius, Eu sou mais fraco e consigo sobreviver, por que ele não pode?! -Eu perguntei. -Vamos admitir, Reggie,ele não é o filho mais querido de seus pais....-Ela disse. -Mas.....ele prometeu...-Eu tentei terminar e falhei.

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