Capítulo 24 - Consequências

4.2K 393 135
                                    

Estacionamos as viaturas a uma quadra da Universidade, nos dividimos em três grupos conforme as viaturas.

- Atenção no rádio, já vamos cercar o esconderijo.

Falei baixo e todos concordaram.

Subimos exatamente pelo mesmo lugar, não era uma boa ideia, mas era mais próximo do alvo. De longe avistei uma vigília, eu estava certo, estavam nos aguardando.

Fiz sinal para que eles pudessem ver a mesma coisa que eu, subimos mais um pouco e consegui contar, eram dez. Um número considerável, sinal de que mais acima tinha muito mais. Fiz sinal informando quantos eram e contei até três para que eliminassem os marginais. De forma silenciosa efetuamos os disparos, eles cairiam como sacos de batatas. O silenciador naquele momento era o nosso maior aliado.

Continuamos subindo e estava silencioso demais, o Baiano estava aprontando..

- Capitão?

Escutei sussurros e olhei para trás. Mas que porr..

- Abaixa Capitão!

Eles tinham um exército, começaram a vir por todos os lados. Estávamos abaixados naquele esgoto e eu não conseguia pensar em nada por conta dos tiros.

- Sobe Capito, vai!

Nico me empurrava pela perna e resolvi agir, não era hora para pensar demais. Estávamos em guerra e em um número muito menor, se saíssemos daquela seria por um milagre.

Íamos revidando quando dava e continuávamos subindo o morro pelo esgoto.

- Os que vinham ao sul já foram eliminados, senhor!

Boa!

- É isso aí! Foca na lateral, na lateral!

Ordenei e me obedeceram, estávamos nos saindo bem e cada vez mais alto.

Tivemos que sair do esgoto pois se continuarmos ali poderíamos ser encurralados e se aquilo acontecesse, poderia ser o fim da missão.

Nos dividimos conforme o início e demos continuidade ao plano traçado anteriormente, iríamos cercar o esconderijo.

Atrás de mim sempre o Neto, Nico e o Matias nos cobrindo para que nada acontecesse por nossas costas.

O tiroteio persistia ao oeste, onde o segundo grupo estava, o nosso perímetro estava vazio e silencioso.

Aquilo não era normal.

De longe avistei o lugar que estava coberto no mapa, uma casinha comum e pintada de laranja. Muito chamativa para meu gosto, mas era a única pista que tínhamos.

Fiz sinal para fôssemos até a porta sem fazer barulho, peguei no trinco da porta e a abri levemente.

- Psiuiii..

Era o Nico chamando minha atenção.

Fiz sinal de silêncio e que eu iria entrar, eles ficariam ali na porta.

Foi o que eu fiz, abri a porta levemente e revisei o perímetro, estava sob controle. A escuridão da casa não deixava eu ver nada. O que foi resolvido em meio segundo. Ao fechar a porta atrás de mim, senti algo frio na minha nuca e uma luz se acender.

- Boa noite, Capitão!

Minha visão que antes estava embaçada agora estava vendo tudo nitidamente bem. O luz amarela deixava todo o ambiente melancólico, tudo revirado, e na minha frente estava ela. Dormindo encolhida, estava com as mãos, braços, pés e pernas amarrados e amordaçada. Seu nariz e ouvidos estavam sujos de sangue, o que denunciava que ela tinha sofrido agressões.

CAPITÃO NASCIMENTO | VOCÊ VAI CUMPRIR?Onde histórias criam vida. Descubra agora