𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞: 𝐀 𝐋𝐞𝐬𝐭𝐚𝐩𝐩𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐲

𝟏.𝟐

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𝑩𝑳𝑼𝑹𝑹𝑬𝑫 𝑳𝑰𝑵𝑬𝑺

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Os olhos arregalados de Max revelaram o círculo mais escuro ao redor da íris clara. Para sua surpresa, Charles intensificou sua abordagem, dissipando qualquer dúvida sobre suas intenções com suas últimas palavras.

Em um momento de epifania, Max sentiu seu corpo responder com excitação, uma vontade autônoma de se mover apesar da resistência inicial de seu cérebro.

Seus olhos inconscientemente seguiram os movimentos de Charles, enquanto tentava reconciliar sua mente com os instintos que começaram a consumi-lo.

Ofegante, Max silenciosamente lutou contra seu conflito interno diante dos avanços intoxicados de Charles, mas cada barreira desmoronou sob o peso das bebidas que ele havia consumido.

"Houve uma ocasião, sim", confessou o loiro, avançando lentamente em direção a Charles, estudando suas feições. "Parece que você está tentando exatamente isso", provocou, destacando o óbvio das intenções de Charles.

Max estava agora a apenas um centímetro de distância de Charles, sentindo sua respiração contra o rosto. Antes que Max pudesse agir, no entanto, alguém entrou no banheiro, provocando uma descarga de adrenalina em ambos.

Com seus reflexos treinados de corredor, Max agarrou a camisa de Charles e o puxou agressivamente para dentro de uma cabine, trancando a porta antes que alguém notasse.

No espaço confinado, a tensão cresce perigosamente.

A tentativa de Max de reunir seus sentidos e exercer autocontrole foi inútil, alimentada pela sedução de Charles e sua própria disposição para se envolver.

Enquanto Max se aproximava dele, seus corpos quase se tocando, Charles ponderava sobre as consequências de suas ações, sentindo dúvidas surgirem.

Se alguém os visse, a situação pareceria altamente questionável.

No entanto, com o corpo de Max tão próximo, Charles achou difícil resistir a esses pensamentos.

Desesperado por mais, Charles cambaleou para frente, suas mãos buscando o abdômen de Max para estabilidade. O ar ficou mais denso com a tensão e, à medida que seus corpos se aproximavam, um gemido escapou de Charles.

"Você está certo", ele confessou, abandonando a fachada, seus olhos fixos nos lábios de Max.

Max, geralmente tão loquaz, estava agora em silêncio — não apenas para evitar ser detectado, mas por causa da avassaladora proximidade entre os dois.

Com suas respirações se entrelaçando, as reações de Max o traíram.

Quando a porta se fechou, sinalizando a saída da terceira pessoa, o corpo de Max agiu por conta própria.

Inclinando-se para frente, seus lábios encontraram os de Charles em um beijo que foi tudo menos um simples roçar. Em vez disso, Max pressionou seu corpo contra o dele, prendendo-o contra a cabine enquanto sua mão subia para acariciar a nuca de Charles, tentando evitar ceder ainda mais à sedução.

Em um instante, Charles retribuiu o beijo com paixão avassaladora, uma fome que não podia mais ser contida.

Uma vez iniciado, não havia como voltar atrás; precauções eram meras lembranças no momento em que seus lábios se uniram. A mente de Charles, normalmente preocupada com excessos de pensamento, agora tinha apenas um foco: o sabor de Max e a ansiedade de não poder recuar.