𝐏𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐮𝐞

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No estudo da psicologia das cores, o vermelho desperta as emoções mais intensas entre todas as cores.

Ele está ligado à paixão, ao amor, ao poder e à raiva - um tom que pulsa com sentimentos crus.

Contrastando, o azul, posicionado diretamente oposto na roda de cores, significa a ausência de tal fervor. Em vez disso, ele incorpora calma, melancolia, serenidade e relaxamento.

Entretanto, na Fórmula 1, essas cores assumem um significado totalmente novo. A ausência do vermelho traz consigo a alegria da Red Bull, enquanto a presença do azul reflete a decepção da Ferrari.

Em meio ao mar azul celebrando seu triunfo, um piloto solitário pisou em uma linha entre a multidão, cruzando a linha tênue entre o alto e o baixo.

Seu traje de corrida azul-marinho contrastava fortemente com o vermelho carmesim dos engenheiros e mecânicos da Ferrari.

Quando ele entrou na multidão, seus passos atraíram olhares sutis, mas perspicazes, que pareciam murmurar silenciosamente: "Você não é um de nós."

Que força misteriosa poderia compelir um piloto da Red Bull a se aventurar no coração do domínio da Ferrari, especialmente após a vitória retumbante de sua equipe, arrebatando o campeonato das garras da renomada Scuderia?

A curiosidade se espalhou entre os mecânicos e engenheiros, mas nenhuma palavra foi trocada, e nenhuma barreira impediu a passagem do piloto enquanto ele atravessava a tensão dos boxes.

Ao adentrar cautelosamente os aposentos dos pilotos da Ferrari, o piloto da Red Bull foi abruptamente atacado pelo som penetrante de um grito masculino, tingido de uma raiva triste.

Momentos depois, o barulho agudo de objetos batendo no chão ecoou dentro dos limites apertados do corredor estreito.

Quando o motorista da Red Bull abriu mais a porta, ele foi recebido por uma cena caótica - uma confusão de materiais espalhados, evidentemente atirados de uma mesa próxima para o chão.

Em meio aos destroços estava o próprio motorista da Ferrari que ele procurava, sua respiração saindo em rajadas rápidas, seu rosto corado na mesma cor de seu terno, lágrimas escorrendo por suas bochechas.

O motorista experiente, vestido de azul, entrou na sala com passos contidos, fechando a porta suavemente atrás de si, criando um espaço entre eles e o caos que permeia o ambiente.

"Ei," ele murmurou, sua voz baixa, quase um sussurro, buscando suavizar o turbilhão de emoções que tomava conta do outro homem.

Com movimentos lentos, ele se aproximou do piloto da Ferrari, estendendo a mão e tocando delicadamente sua bochecha marcada pelas lágrimas.

Seu polegar percorreu a pele úmida, como se absorvesse, com aquele toque suave, a intensidade da dor do outro.

Era um gesto de compaixão silenciosa, como se desejasse aliviar a pressão que o consumia, sentindo a frustração e o desejo ardente de sucesso do homem à sua frente.

Ele queria, de alguma forma, dar-lhe o que tanto almejava - transformar aquele sofrimento em vitória.

"Você deu tudo de si," ele disse baixinho, a suavidade das palavras reconhecendo o esforço incessante investido, o sacrifício, a luta para alcançar o sonho.

Ele queria que o homem sentisse, ao menos por um momento, que sua dedicação tinha valor.

A risada amarga do piloto da Ferrari cortou o silêncio da sala, sua voz carregada de raiva e desespero.

𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞: 𝐀 𝐋𝐞𝐬𝐭𝐚𝐩𝐩𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora