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Charles passou sua semana de folga em casa, em Mônaco, buscando consolo em sua cobertura solitária.

A solidão revelou-se uma aliada valiosa em seu processo de cura.

Durante esse período, não houve qualquer contato com o piloto da Red Bull. Embora não esperasse, ainda alimentava a esperança de que Max mudasse de ideia e confessasse sentir algo em troca.

Talvez Max estivesse apenas com medo de expor seus sentimentos.

No entanto, a ausência de qualquer ligação o deixou desolado.

Durante esse tempo longe das pistas, Charles permitiu-se enfrentar e liberar cada pedaço da dor que o consumia, preparando-se para a próxima corrida com um novo foco.

Enquanto isso, ele refletia sobre a mentalidade de seu concorrente.

Embora Max possa não acreditar que alguém mais tenha chance de chegar ao primeiro lugar no pódio,
Charles pensou que, se aprendesse a desligar suas emoções, assim como seu rival parecia ter feito, talvez pudesse ter uma chance.

A próxima corrida estava programada para acontecer na Holanda, mas Charles definitivamente não estava ansioso para visitar o país.

As lembranças de Max estariam presentes em cada canto, e a incessante adoração que o piloto da Red Bull recebia apenas aumentaria a angústia de Charles.

Após discutir o assunto com sua equipe, ele insistiu que tinha problemas pessoais para resolver em casa.

No entanto, a única opção que lhe foi apresentada era um voo que o faria pousar apenas três horas antes de ter que estar no paddock na quinta-feira.

Acompanhando essa informação, veio um aviso severo.

O garoto compreendeu que, sob nenhuma circunstância, poderia se atrasar. Se seu voo fosse cancelado, um jato particular estaria à disposição a qualquer momento, pronto para levá-lo até lá.

Consciente do pouco profissionalismo que sua decisão implicava, Charles sabia que se tratava de uma escolha pessoal.

Ele se convenceu de que, ao pisar no país, conseguiria deixar suas emoções para trás.

A determinação de não permitir que Max se interpusesse entre ele e o primeiro lugar alimentava essa regra auto-imposta.

Embora soubesse que uma semana de intervalo não seria suficiente para extinguir seus sentimentos pelo outro piloto, a intensa vontade de Charles o ajudou a, pelo menos, ignorar essas emoções.

. . .

Ao descer do avião, Charles sentiu o peso do jet lag e questionou, por um instante, suas escolhas.

No entanto, manteve o olhar atento no carro que o aguardava.

Quando avistou as placas corretas, o porta-malas do veículo se abriu. Antes que pudesse organizar sua bagagem, um homem o interceptou, impedindo que ele levantasse um único dedo.

"Muito obrigado", Charles disse educadamente, começando a procurar na carteira por uma gorjeta.

No entanto, a voz que respondeu o fez hesitar.

"Sabemos que sou mais forte, por que me preocupar em fazer você carregar peso?", o sotaque espanhol era inconfundível e não havia como confundi-lo com ninguém além de Carlos.

𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞: 𝐀 𝐋𝐞𝐬𝐭𝐚𝐩𝐩𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora