𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞: 𝐀 𝐋𝐞𝐬𝐭𝐚𝐩𝐩𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐲

𝟎𝟕

« 🏁✺ °🏆 « *🏎 ⊹ ⋆🚥 * ⭑ ° .

𝑰 𝑲𝑵𝑶𝑾 𝑾𝑯𝑨𝑻 𝒀𝑶𝑼 𝑫𝑰𝑫

« 🏁✺ °🏆 « *🏎 ⊹ ⋆🚥 * ⭑ ° .

Os raios de sol, dourados e persistentes, haviam invadido a janela principal da opulenta suíte presidencial, espalhando um brilho quente pelo terraço da cobertura.

Este quarto, anunciado como o auge das acomodações do hotel, garantia total privacidade e um refúgio onde poderiam ficar sem interrupções, exceto pela luz da manhã que se fazia inevitável.

Max se mexeu, abrindo lentamente os olhos para o luxo ao seu redor.

Charles estava diante dele, ainda aconchegado nos lençóis. A bagunça do quarto era um reflexo da noite compartilhada: trajes de corrida azuis e vermelhos espalhados pelo chão, suas camisas e calças misturadas em um testemunho do que havia ocorrido.

O motorista holandês exibia a desordem do quarto em seu cabelo loiro desgrenhado e nas suaves marcas de arranhões que desenhavam um mapa nas suas costas.

Entretanto, em meio ao caos pós-sexo, a ternura de seu toque no rosto de Charles criava um contraste marcante.

Sua mão delicadamente tocou a bochecha de Charles, os dedos traçando um caminho com uma leveza quase etérea.

"Charles", ele murmurou, sua voz um pouco rouca. "Precisamos ir... Estamos atrasados", acrescentou, com a seriedade da agenda iminente, interrompendo o rescaldo preguiçoso de seus momentos compartilhados.

A realidade de seus compromissos de corrida se impunha, uma âncora temporal que os chamava de volta às suas responsabilidades.

"Estou muito cansado..." Charles murmurou, com sonolência persistente e os olhos ainda fechados, sem fazer esforço para despertar.

A noite anterior o deixou exausto, tendo usado toda a sua energia na sessão acalorada e, mesmo após algumas horas de sono, seu corpo ainda estava dolorido.

Se não houvesse uma corrida, ele teria dormido facilmente até o meio-dia.

Rolando apenas o suficiente, o moreno encostou a cabeça no peito de Max e envolveu um braço ao redor de seu tronco, fingindo por um momento que isso era tudo o que a manhã tinha a oferecer.

Infelizmente, ele sabia que quanto mais cedo saíssem da cama, maiores seriam as chances de chegar a tempo.

Apesar disso, Charles decidiu permanecer na cama por mais um minuto, lutando contra a tentação de beijar Max novamente e atrasar ainda mais a partida.

Esfregando o sono dos olhos, levantou o olhar e sorriu suavemente ao encontrar os olhos azuis, certo de que Max havia acordado há pouco tempo.

"Quão tarde estamos?" Charles perguntou, aproximando-se e encontrando os lábios de Max antes que ele pudesse responder.

O beijo foi lento e doce, mantendo uma inocência enquanto sua mão segurava a bochecha de Max, dando-lhe outro beijo logo em seguida.

"Eu queria que pudéssemos ficar", admitiu, completamente encantado, mas sabendo que precisava levantar-se para não se deixar levar e atrasar ainda mais.

"Precisamos ir." Max disse, passando a mão pelos cabelos e desembaraçando os fios rebeldes antes de empurrar a si mesmo e ao outro motorista para fora da cama.

Uma pontada passageira percorreu o ombro de Max, um desconforto sutil que insinuava uma dor potencial.

Charles não conseguia identificar a causa exata, mas sentia que isso poderia representar um desafio para o piloto mais tarde durante a corrida.