𝟏𝟖.𝟐

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𝑨𝑩𝑨𝑵𝑫𝑶𝑵𝑴𝑬𝑵𝑻

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Agosto de 2005

Sul da Itália

Ao entardecer no sul da Itália, Max Verstappen, um jovem de apenas 8 anos, se acomodou no carro ao lado de seu pai, Jos, depois de uma corrida em que ficou em segundo lugar.

O clima estava pesado enquanto eles percorriam as estradas tortuosas, longe de sua casa na Holanda.

Max se contorcia no assento, tentando encontrar as palavras certas para expressar a frustração sobre sua performance na pista.

"Não consegui fazer a curva como deveria, pai. Charles ficou no meu caminho e..." Max começou, seus olhos fixos nas paisagens que passavam. "Fiz o meu melhor, mas-"

Jos o interrompeu abruptamente, apertando o volante com força.

O som de sua mão segurando o volante aumentou a tensão dentro do carro, mas ele permaneceu em silêncio; uma forma de punição silenciosa.

Max engoliu em seco, sentindo um nó na garganta. A decepção nos olhos do pai doeu mais do que qualquer acidente na pista de corrida.

O silêncio tomou conta do carro, interrompido apenas pelo zumbido do motor e pelos ecos distantes do interior da Itália.

Max olhou pela janela, buscando uma forma de justificar sua performance.

Ele fez uma promessa silenciosa a si mesmo: venceria a próxima corrida para demonstrar ao pai que aquele erro não representava seu verdadeiro potencial.

Lutando contra o leve tremor em suas mãos, que refletia a frustração de seu pai, ele disse nervosamente: "Pai, da próxima vez serei mais rápido, prometo! Vou praticar tanto que o carro não terá vontade própria. Você vai ver!"

Jos continuou em silêncio, com a expressão rígida e inalterada.

Max, determinado a não desanimar, tentou novamente, agora em um tom mais suave.

"Eu realmente quero te deixar orgulhoso, pai. Você pode, por favor, conversar comigo? Farei qualquer coisa para corrigir isso. Vou ganhar na próxima!"

Enquanto o peso do silêncio do pai o oprimia, os pequenos ombros de Max se curvaram, e lágrimas começaram a escorregar por seu rosto.

"Pai", ele lamentou, com a voz embargada, "Eu realmente tentei. Só queria vencer por você, e agora você está decepcionado comigo."

Jos finalmente voltou o olhar para o filho, percebendo o rosto manchado de lágrimas.

Sua expressão parecia ainda mais irritada.

Max, incapaz de conter suas emoções por mais tempo, começou a chorar, a frustração e a decepção transbordando a cada soluço.

"Sinto muito, pai", Max disse entre as lágrimas. "Só queria que você se sentisse orgulhoso de mim. Prometo que da próxima vez serei melhor."

O carro seguia seu caminho pelo interior da Itália, e o som rítmico dos soluços de Max se misturava ao zumbido do motor.

Naquele momento sombrio, a distância entre pai e filho parecia maior do que os quilômetros que se estendiam diante deles na estrada sinuosa.

De repente, ao se aproximarem de um pequeno posto de gasolina à beira da estrada, o carro desacelerou.

Os lamentos de Max foram silenciados, deixando-o em um estado de confusão momentânea.

"Max, saia do carro." Jos disse friamente, com um tom que machucou ainda mais do que seu silêncio.

Confuso, Max obedeceu e saiu para o cascalho áspero do posto de gasolina.

Enquanto o cascalho estalava sob seus pés, Max observou, incrédulo, seu pai fechar a porta do passageiro.

O motor rugiu e, antes que ele pudesse entender completamente a situação, Jos acelerou, deixando-o para trás em meio a uma nuvem de poeira e fumaça.

Sozinho no posto de gasolina vazio, Max sentiu uma onda de confusão, dor e traição.

As luzes traseiras do carro desapareceram na curva, mergulhando-o no silêncio opressivo do interior da Itália.

Com as bochechas molhadas de lágrimas, ele ficou ali, lutando contra a súbita solidão e pensando em como poderia encurtar a distância entre ele e seu pai.

Seus grandes olhos azuis buscavam qualquer sinal de vida, tudo parecia imenso; ele se sentia insignificante.

Enxugando as lágrimas com as mãos pequenas, Max respirou fundo e sentou-se no cascalho, esperando o retorno do pai.

O posto de gasolina desolado ressoava com sua solidão enquanto a noite se aproximava.

Passou uma hora, mas não havia sinal de Jos.

Com o frio penetrando seu traje de corrida, Max se levantou a contragosto.

Com um passo decidido, mas hesitante, ele caminhou em direção à pequena loja de conveniência ao lado das bombas de gasolina.

A porta rangeu ao abrir, revelando um interior mal iluminado. Max hesitou por um momento antes de entrar, esperando encontrar alguém que pudesse ajudá-lo.

Quando se aproximou do balcão, uma mulher italiana de meia-idade, com um olhar acolhedor, notou sua expressão confusa.

Em italiano, ela perguntou: "Dove sono i tuoi genitori?"

Max, ainda enfrentando a barreira da língua, respondeu com a voz trêmula: "Minha mãe?"

A expressão da mulher se suavizou quando ela passou para um inglês hesitante.

"Oh, meu Deus. Você fica aqui. Vou chamar a polícia."

Ela pegou o telefone atrás do balcão e começou a discar um número para pedir ajuda ao garoto abandonado.

"O número da minha mãe é 6667-8899", Max disse, tentando se lembrar do número que discava frequentemente para falar com ela.

"Oh," a mulher sorriu calorosamente, segurando brevemente a pequena bochecha de Max. "Vou ligar para sua mãe, tudo bem?" Ela o assegurou enquanto começava a discar.

Enquanto a mulher italiana fazia a ligação, Max a observava com uma mistura de gratidão e reflexão.

Seus olhos, ainda inchados de lágrimas, se detiveram em suas feições amáveis, e um pensamento fugaz lhe atravessou a mente.

Se ela fosse sua mãe, ele pensou, ela nunca o deixaria.

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𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞: 𝐀 𝐋𝐞𝐬𝐭𝐚𝐩𝐩𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora