"o inferno acabou ..."

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O frio era doloroso, o chão daquele quarto trancado era húmido , as paredes também, ela podia ouvir o som do riacho, mas não via nada , o quarto não tinha nenhuma iluminação a não ser uma velha lanterna, já que o celular dela foi tomado.

D: mamãe...( Seus queixos batiam ) Tô com muito frio... ( A mãe chorava em silêncio, com o trocador ela tentou esquentar a pequena, mas era difícil)

E: fica aqui com a mamãe , eu vou te esquentar... ( Abraça mais o filho , sem acordar a pequena )

Os presuntos dormiram , e podia-se ouvir passos em cima de onde eles estavam e gemidos também  , ele falou que se ela desse um piu ele matava a menos, então ela precisava manter sua pequena caladinha, mas estava com medo... Ela estava fria e mal resmungava . Mesmo dormindo tentou dar o peito a ela e ela sugou um pouco. Quanto mais as horas se passavam , mais frio aquele quarto ficava... Não era um quarto, era uma espécie de porão , e pelo frio era muito mais próximo do rio e mais baixo.

Terceiro dia pós sequestro...

Era torturante saber possivelmente onde eles estavam e não poder entrar , por medo da morte de algum deles , e o desgraçado não saia de casa, e não tirava eles do porão.

D: tô com muita fome mamãe , e cede também... ( Elisa pega a bolsa onde sempre tinha um biscoito ou bolinho pra ele... Mas não tinha nada )

E: mamãe não tem nada para te dar amor... ( Dolorosa )

D: porque aqui faz tanto frio ? ( Seus lábios estavam sem cor , hoje fazia dois dias que não comia , ou bebia alguma coisa)

E: eu não sei amor , não sei...

D: mamãe, a Bella não tá mais chorando... ( Elisa tentava ao máximo esquentar a filha que chorava cada vez menos)  E eu tô com tanto sono, mamãe...

E: deita aqui , fica quietinho... Não gasta energia... ( Ele deita e se cobre com o pedaço de tecido do vestido longo de sua mãe , que ela rasgou o deixando mais curto )  Bella , chora um pouquinho pra mamãe ouvir ... ( Chorando preocupada esquentando a filha , mas era impossível era também estava fria ) Só resmunga filha... ( Tira a chupeta de su boca e a mexe um pouquinho e ela abre os olhinhos cansada e resmunga baixinho) Papai tá chegando tá ?! ( A embola mãos no trocador de fraldas)

Eliza tinha medo , as fraldas reservas da pequena estava acabando, e ela não podia ficar sem fruadas pois ajudavam ela a esquentar um pouco mais ,Elisa estava fraca , seu leite já não era mais o mesmo, ela não bebia ou tomava água s três dias. O corpo de Elisa estava doendo pelas frequentes agressões dele quando simplesmente dava a louca, e vê tudo aquilo era uma rotura psicologica para  Danielzinho que enquanto a mãe apanhava em sua frente ele segurava a irmãzinha tentando proteger ela e fechando os olhinhos.

Lá fora exitia um homem desolado , escondido longe em um carro com o delgado , ele só queria vê a cara daquele filho da puta que a três dias não saia dali , ele queria sua mulher e seus filhos, e na espreita mesmo dentro do carro ele pode sentir que realmente fazia frio . Infelizmente eles não conseguiram ver o carro pois estava na velha garagem... As esperanças estavam poucas , a dias e nada ,  será que realmente eles estavam ali? Ou apenas estão perdendo tempo. As esperanças voltaram ao vê o desgraçado sair aos poucos e sem contar duas vezes os tiros começam ecoar em sua direção.

O barulho acordou o menino que estava assustado , a mãe com medo abraçava os filhos, ela estava em um lugar baixo , provavelmente um tiro não viria lá , mas mesmo assim ficaram encolhidos em um cantinho. Os tiros cessaram , o homem estava caído no chão e em desespero e sem esperar nada o pai e o marido saem de carro passando ao lado do homem que sangrava e começa a procurar a casa toda , gritando por ela.

E: aqui... ( Tentava gritar, mas não conseguia e muito menos seu filho que estava deitado novamente) Aqui..... ( Ela não conseguia levantar, sua pequena estava nos seus braços e mesmo com os tiros ela não chorava ) Aqui ...

Começa chorar e o pânico invade seu corpo ao ver a porta em cima deles abrirem e alguém descer s escadas, em sua mente só passava dor e medo, ao vê a figura do marido e do pai ela repsira em paz .

A: meu amor , meu amor .... ( Acariciava seu rosto com hematomas , inchaço e sangue seco , o rosto rosado de sua Elisa agora esva pálido )

E: ela não tá chorando... ( Sem forças mostra a bebê de lábios roxos )

Abelardo pega as duas crianças com a ajuda de um policial e Arthur toma sua mulher em seus braços daí do dali , entrando diretamente na ambulância que já estava a espera , ela olha pro corpo do homem insangentado e as últimas salivas que tinha na boca , ela cospe no corpo do homem.

E: te odeio ! ( Fala após cospir no home no chão e logo e levada ao médico )

Ela tinha bons motivos para aquele sentimento de ódio , mas seu coração estava em paz... O inferno acabou!

...
Continua ....

Últimos capítulos....

O Encontro ( FINALIZADA ✅✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora