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Roberta:

Acordo com mãos acariciando meu rosto, abro os olhos e o Vinícius estava com sua cabeça deitada leve no meu peito e suas mãos fazendo carinho no meu rosto. — Bom dia-falo baixo.

— Bom dia-ele levanta rápido e sorri-, te acordei?.

— Sim.

— Desculpa, eu só...

— Sem problemas.

— Está com fome?, posso buscar alguma coisa para comer.

— Continuo sem fome, mas e você, já comeu algo?.

— Quando fico preocupado, não sinto fome.

— Está preocupado com o quê?.

— Com você.

— Já disse que estou bem, não quebrei nada e não lesionei nem um órgão.

— Eu sei, mas minha preocupação é com quem tentou te matar. Estava pensando, isso foi só um alerta, já que o recado da primeira vez você não entendeu.

— Então vão tentar de novo?.

— Creio que sim, vão tentar até que desista do caso.

— Não dormiu pensando nisso?.

— Também, mas principalmente por ficar de olho no quarto, estava atento a todos que entrassem.

— Ninguém entraria no hospital para me fazer mal.

— Se for quem eu imagino que seja, acredite, mandaria pessoas em todos os lugares possíveis, ele compra todos que estiverem à venda e sempre tem alguém se vendendo, podem ser médicos, juízes, padres, advogados, sempre tem alguém que fez um juramento, quebrando o que disse e trabalhando para um criminoso na surdina.

— Eu não me vendo.

— Tem muitas pessoas honestas, que têm valores, mas tem muitos que não ligam para promessas.

— Então, agora ou eu acho o verdadeiro culpado, ou eu morro?.

— É basicamente isso, mas fique tranquila, vamos conseguir, eu confio em você.

— Não sei se devia… nem eu ando confiando em mim.

— Fica tranquila, se alimenta e descansa, logo vai saber o que fazer, você é a melhor.

Diz ele carinhoso e eu me derreto, esse homem já era maravilhoso em aparência, sexo e cheiro, mas sendo carinhoso, ele transcendia toda minha expectativa, meu sonho.

O mesmo beijou minha testa e já iria se afastar, mas minha mão segura seu braço o forçando a continuar ali, então beijo sua boca devagar, meus olhos estavam fechados só aproveitando esse momento bom, ele segura meu maxilar com força e terminamos o beijo com leves selinhos.

Olho em seus olhos e sorrio, ele me olha de uma forma sexy, mas logo nossa atenção foi roubada por um pigarrear de garganta.

— Bom dia-diz o Ernesto sério.

— Bom dia-abro um belo sorriso.

— Bom dia-diz o Vinícius rígido-, tchau doutora, mais tarde eu volto.

— Está bem, obrigada-sorrio e ele pisca para mim.

Assim que o Vinícius passa pela porta, o Ernesto entra, ele me olha e sorri amigável, o mesmo tinha um buquê de flores em mãos, então me estende.

— Como está?.

— Obrigada-falo pegando e já cheirando as flores-, estou bem e você?.

— Bem. Ainda estamos perplexos com seu acidente, foi tão de repente.

A chave da liberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora