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Vinícius:

Era tão louco como ela me fazia amar as coisas simples e o luxo ao lado dela, como me fazia ficar cada dia mais apaixonado e sem vontade alguma de ficar distante dela.

Fui levá-la para casa e houve toda a discussão, então, quando estávamos saindo do condomínio, vejo o mesmo rapaz de pouco tempo atrás.

— Jerry, para aqui.

O carro para de se movimentar, abro o vidro e logo o rapaz me olha.

— Fala aí, tudo bem? - pergunto olhando-o de cima a baixo.

— Tudo bem e com o senhor?

— Não muito, entra aí para batermos um papo-o mesmo arregala os olhos.

— Não precisa entrar, pode falar, senhor, estou ouvindo.

— Entra, agora-falo baixo.

Ele entra no carro e se senta ao meu lado.

— Eu juro que não fiz nada de ruim, eu faço o que os outros me pagam, não pergunto muita coisa, eu preciso do dinheiro, dos trabalhos, tenho uma filha pequena para criar.

— Qual seu nome?

— Renan.

— Se acalma, Renan, só preciso que me responda algumas coisas, depois você sai do carro sem hematoma nem um e até com um agrado.

— Sério? - questiona assustado.

— Sim, não sou um cara ruim para meus colaboradores, sou ruim para meus inimigos.

— O que quer saber?

— Desde quando conhece a Késia?

— Faz alguns anos.

- Conheceu ela como?

— Fui vender droga no condomínio e ofereci para ela, que estava com um semblante abatido, para baixo.

— E como conhece o ex-marido dela?

— Ele me pagou para oferecer droga para ela e deixá-la viciada.

- E por que ele fez isso?

— Não sei, acho que é para ela não separar ou não receber metade de tudo que é dele.

— Ele te pagou mais cedo porque voltou a oferecer drogas para ela?

— Sim, ganhei só por ir à casa dela e oferecer.

- Sabe quem eu sou, Renan?

— Sim, senhor, você é o cara mais foda daqui, uma inspiração para mim.

— Tenho uma missão para você.

— Só mandar chefia.

— Minha mulher é filha do cretino que te paga, ela fica triste vendo a mãe usando drogas, então você vai parar de aceitar trabalho do pai dela.

— Mas eu preciso de dinheiro, senhor.

— Eu sei, e agora vou te dar um trabalho, um bom trabalho e comigo.

— Sério? - questiona eufórico.

— Sim, mas sem vacilar, trabalho comigo não é moleza, é trabalho duro e lealdade, pode fazer isso?

— Sim, senhor.

— Certo, vou te dar meu cartão, você me liga amanhã, que meus seguranças te buscam e te mostram o trabalho.

A chave da liberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora