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Roberta:

Resolvo levantar, vou para o banheiro e tomo um banho calmo, faço minha higiene pessoal, termino o banho, escovo os dentes, me enrolo na toalha e depois saio do banheiro.

Entro no quarto e vou direto ao guarda-roupa, pego algumas peças de roupas, faço conjuntos e analiso as opções, por fim, escolho um short que ia até o meio das coxas, o pano dele era brinho de cor amarelo-claro, também escolho uma blusa de algodão na cor branca, ela era de alça e tinha um pequeno decote. Passo rímel preto, blush rosado, preencho minhas sobrancelhas com um lápis marrom-claro e passo um batom leve de cor nude.

Penteio meu cabelo, passo pouco creme e deixo ele solto, depois coloco minha sandália preta, por fim, vou até a geladeira e pego um pequeno pote de frutas cortadas, então pego minha bolsa e saio de casa, tranco todas as portas e fico em frente ao portão esperando o Vinícius e comendo as frutas.

Após minutos chega um carro preto, logo ouço a buzina e os vidros se abrem, olho para o motorista e ele sorri até que bonito.

— Entra aí.

Abro a porta do carona, entro e fecho a mesma, olho para ele e o mesmo me olha de cima a baixo.

— Bom dia.

— Bom dia, doutora, está gata em, devia andar mais assim, conseguiria muitos casos-diz já dando partida e dirigindo.

— Eu sou uma advogada, não uma prostituta-falo séria.

— Que preconceito é esse doutora.

— Não é preconceito, não preciso andar com essas roupas para ter clientes, eu não vendo meu corpo, só preciso mostrar meu intelecto e o quanto sou boa no que faço.

— Entendi. Tá com cara de rica.

— Acho que "estar com cara de rica" deve ser um elogio, certo?.

— Não tanto, você é mesmo rica pelo que fiquei sabendo.

— Um dia fui.

— Perdeu a grana?.

— É, no pior investimento da minha vida-lembro do casamento.

— Investiu em quê?.

— Meu casamento.

— Você é casada?-pergunta assustado.

— Não.

— Ele te deu um fora?.

— Prefiro não falar disso.

— Eu acho uma boa, te contei tudo da minha vida.

— Mas você é o acusado aqui-eu sorrio e ele fica sério.

— Achei que seria uma boa pra gente ter confiança mútua, suas regras disseram isso.

— Está tentando me fazer uma chantagem sutil?.

— Não. Você leva tudo para o lado negativo?.

— Não.

— Me fala, o que rolou no seu casamento?.

— Ele me traia, eu só descobri duas horas antes de casar, acabei com o casamento, além de ter gasto toda minha economia nisso, ele não pagou nada na época, estava sem trabalhar… depois do término ele arrumou um trabalho de modelo, e tudo passou a dar certo para ele e pra mim tudo passou a ir de mal a pior.

— Se te consola, ele perdeu uma mulher gata, que poderia tirar ele da prisão um dia.

— Obrigada, eu acho.

A chave da liberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora