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Roberta:

Trabalho a semana toda e acordo cedo no sábado, estava cansada, mas era melhor me desdobrar agora do que perder esse caso, que, aliás, era meu maior caso. O trabalho que abriria a porta para muitos outros.

Me arrumo como de costume, porém, hoje escolhi uma roupa social mais fresca e leve, também optei por não usar blusa de manga, e todas as minhas escolhas, foram feitas pensando em como o Vinícius reagiria.

Já pronta e no carro, vou com o Adrian para a casa do meu cliente, hoje não precisei colocar saco preto na cabeça, o que já me deixou motivada para o trabalho.

Assim que chegamos nossa passagem foi liberada, ultrapassamos o portão, estacionamos o carro e quando saímos, logo surge o dono do local.

— Seja bem-vinda, doutora.

Diz ele e não esboça sentimento nem um, sei que pedi por isso, mas agora me sinto um pouco desconfortável, por algum motivo eu queria que ele me tratasse como sempre, com seu olhar apaixonado, com elogios e vontade de ter meu corpo colado no seu.

— Obrigada-falo amena.

— Vamos conversar no meu escritório?-pergunta gentil até.

— Sim.

Ele vai andando e eu vou seguindo, chegamos em frente seu escritório, ele abre a porta e damos de cara com uma mulher muito bonita, na hora vem um aperto forte no peito e 1001 pensamentos.

— Miranda, o que faz aqui?-pergunta sério.

— Vim conversar com você, meu amor.

— Sai, preciso conversar com minha advogada-ela olha para mim com desdém.

— Eu posso te ajudar nisso, como ajudo em muitas coisas-diz com duplo sentido.

— Sai Miranda!-fala irritado-por favor-agora diz calmo.

A mesma se levanta, eu vou para o canto e ela sai, depois ele fecha a porta e se senta em sua cadeira, eu permaneço em pé, no meio de um turbilhão de pensamentos, então escuto sua voz.

— Roberta, pode sentar-diz sutil.

Me sento e olho para sua parede branca, estava nervosa por dentro, mas por fora me mostrava normal.

— Tudo bem?.

— Sim. Preciso que avise a eles que irei conversar com cada um e vou precisar de uma sala para isso.

— Certo. Mas antes eu quero conversar com você, aquilo que presenciou não é nada de mais, ela é louca, gosta de chamar atenção.

— Se puder fazer o que pedi agora, ficarei grata, quero ir para casa cedo.

— Sei que está irritada, mas eu não tenho culpa se essa maluca resolve fazer cena só porque está aqui.

— Não estou irritada.

— Está, sim, vejo nos seus olhos, por mim eu falaria para todos que estamos juntos, mas você prefere manter no sigilo. E sobre a Miranda, ela veio para cá com os irmãos para investigar também, nós não temos nada, pois foi isso que ela deu a entender.

— Duvido que não tenha nada com aquela mulher semi perfeita.

— Claro que não!, eu não tenho nada com ela, desde que estamos juntos eu não toquei em mulher alguma, já te disse.

— Estamos juntos faz uma semana.

— Desde que te conheci, eu não encosto em mais ninguém.

A chave da liberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora