02.

1.6K 140 14
                                    


Danilo - loló

Acordo como? Naquele pique. Tô animado pra caralho porque hoje vai chegar uma entrega das grandes. O esquema já tá pronto, às 9:00 os cara vai pegar lá no campinho.

Tomo um banho rápido, escovo meus dentes e esses caralho. Enrolei a toalha na minha cintura, pego meu celular que estava em cima da cama, ignoro a maioria das mensagens indo pro foco inicial.

Biel: chefe, o th tá perguntando se tu vai brotar por aqui hoje

Confirmo com ele que responde com um joinha, deixo o celular em cima da cama e me apresso para escolher uma roupa. Escolho uma bermuda jeans branca com alguns rasgos na coxa, mas nada que mostrasse a pele, e uma camisa toda preta. Boto um cordão fino de ouro e calço meu chinelo.

Desço pra cozinha, pegando apenas um pão e minhas chaves, ligo minha moto ao chegar na garagem.

Em alguns minutos eu já estava na boca, cumprimento os manos que estavam na porta e entro.

— Achei que tinha morrido, porra! — Th falou vindo na minha direção.

— Não em um dia como esse — Falo fazendo os caras ri.

— Mas aí, o dinheiro já tá Mec? — Pergunto, me sentando no sofá que tinha ali.

— Obviamente. Biel tá contando e recontando desde ontem — Th responde enquanto fumava um beck.

— Papo reto, chefia — Biel concorda, se sentando no banquinho. — Tô cansado até de pensar

Ficamos de papo por mais meia hora, só paramos quando o radinho do th tocou.

deu ruim, Th — a voz do feijão foi ouvida meio ofegante.

— qual foi?

Os cana meteram a cara e começaram uma trocação com nois

— Porra! Como caralhos esses arrombados descobriram essa porra?! — Pergunto puto, pegando o fuzil que tava em cima da mesinha.

Saio da salinha sendo seguido por th, Biel e os outros vapores que estavam com a gente lá.

Sinto meu corpo fever de raiva, papo reto! Comecei o dia sorridente só por causa dessa entrega que era pra chegar, aí vem esses putos e estragam toda a onda do cara.

Chegamos no lugar e a visão não era das melhores, meu mano feijão tava com um furo de bala na cabeça e uma poça de sangue em sua volta, mais a frente tava os corpos de alguns fogueteiros mais novos misturados com os corpos dos policiais.

— Peguem os corpos deles, quero um funeral apropriado pra cada um — Falo, me agachando ao lado do' feijão, fechando seus olhos que ainda insistiam em ficar abertos.

— Dêem dinheiro às famílias deles também, 'cês já sabem como funciona — Th fala, ficando ao meu lado.

Os polícias que tentaram pegar a minha encomenda já tinham ido de vala, e felizmente não perdi minhas armas e minha drogas novas. Mas, infelizmente, muitos muleques importantes morreram hoje.

— Entra em contato com aquele puto do vieira, quero saber que merda foi essa de querer me barrar — Ordeno, saindo de lá.

Volto pra casa meio bolado, as coisas não saíram conforme eu pensei, e ainda tenho que me encontrar com o aquele porco daquele delegado.

...

Já tinha ficado de noite quando meu radinho toca, levanto do sofá com preguiça, indo em direção ao mesmo.

Loló, aqui é o th

Tô ligado

— O vava tá aqui querendo falar contigo

Porra, que que esse cara tá fazendo aqui?

— Deve ser por causa da encomenda de hoje, sabe que os caras dele também morreram, né?

— Merda — resmungo — Marca um dez, já chego aí.

Como tava quente eu acabei suando muito, então resolvo tomar um banho de gato, escovo os dentes e visto uma roupa maneira. Passo desodorante e meu perfume, desço pro primeiro andar pegando minha chave e meto o pé pra boca.

Chego lá em menos de cinco minutos, cumprimento os pivete, passando pelos mesmos.

— E aí, loló — Vava já chega me abraçando.

— Fala logo o que tu quer aqui — Digo seco, me sentando no sofá.

— Ah, sobre isso — coçou a garganta — Tô ligado que tu perdeu teus parceiros hoje, mas eu também não sai ganhando

— Deixa de caô e vai pro ponto principal — Digo, já perdendo a paciência.

— O contrato dizia que era metade agora e a outra metade ia junto com o dinheiro completo da próxima encomenda, não era esse o trato? — Perguntou, me fazendo concordar com a cabeça — Então, queria os 100% tudo hoje logo, a movimentação por aqui tá muito complicada, qualquer hora a polícia da o migué e a gente se fode.

— Resumindo, tá quebrando o contrato e ainda quer cortar os laços com a gente? — Th se intromete, e eu continuo quieto no meu canto.

— Pô, mano! ' cês sabem que isso é complicado, hoje ainda tivemos sorte de todo mundo ter morrido, se os cana tivessem levado eles vivos, eles com certeza abririam a boca e ia Fuder pro nosso lado — Ele tagarela sem parar — Só quero os outros 50% e tudo fica Mec entre a gente.

— Tu acha que eu tenho cara de palhaço? — Pergunto irônico, me levantando — O trato era 50% agora e os outros 50% ia ser pago junto com a próxima entrega, não foi isso que a gente combinou? — Concordou com a cabeça — Vava, meu querido amigo de longa data, você sabe que eu não quero ter que meter uma bala no meio do seu peito, não sabe?

— Mas... — Th aponta a arma na sua cabeça, fazendo o mesmo se calar.

— Agora, você vai voltar do buraco que você saiu, vai ficar sentadinho esperando eu entrar em contato de novo, e até lá, não quero saber de caô, tá entendido? — Ele fica quieto.

— Responde, mermão! — Th grita

— S-sim! Eu entendi — Gaguejou, abaixando a cabeça.

— Ótimo. Perfeito. — Dou um sorriso convencido — Dá próxima vez que tu aparecer por aqui só pra me encher o saco, tu vai beijar o colo do diabo.

Saio de lá puto, tô me segurando para não matar alguém ou pelo menos não espancar a primeira pessoa que aparecer na minha frente.

Ligo a minha moto indo em direção ao bar da dona Fátima, vou tomar umas para tentar acalmar.







Me desculpa qualquer erro ortográfico, tô morrendo de sono então postei sem revisar 😞😴

Um Romance Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora