06.

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Oli: A escrita no começo pode ser um pouco diferente, mas é por ser narração q eu vou fazer assim.

Alguns erros são propositais, para dar um "sotaque" a mais nas falas.

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Narrador (a)

O dia estava chuvoso naquela manhã de quinta feira, com nuvens escuras sobre o céu. O clima frio com o vento gélido fazia com que sua pele pálida se estremesse-se

Ernesto andava rápido pelas ruas do Rio de janeiro, procurando desesperadamente por uma oficina que podesse ajeitar seu carro, que acabou parando algumas ruas atrás.

Um pouco mais a frente vê um garoto negro, com algumas sacolas na mão e com fones de ouvido. Correu em sua direção para perguntar se ele sabia de alguma oficina, ao chegar perto, o garoto se assusta, lhe xingando de algum palavrão que não conseguiu entender.

— Cacete — O garoto resmunga — Chegar de mansinho assim deveria ser crime

— Foi mal, você não ouviu quando eu chamei — Ernesto o encara, vendo o mais novo suspirar.

— Suave Man, pelo menos não é roubo — Deu de ombros — Fala aí, quer o que?

—  Sabe onde fica nenhuma oficina por perto não? Meu carro deu tilt umas ruas atrás — Falou calmo

— Deu o prego foi? Foi onde? Motor?
— Disse tirando os fones de ouvido.

— Começou a sair uma fumaça do motor, tá ligado? Terceira vez no mês já — Disse soltando um suspiro longo.

— ixi, cara. Tá foda mesmo viu — O garoto já não olhava mais em seu rosto, apenas encarava a rua — Aqui no asfalto eu não usei, mas tem um ali no pé do morro — O garoto apontou para o lugar

— O porra — Resmungou o policial — É melhor ficar sem carro mesmo

— Deixa de coisa homi — O polícia o olhou surpreso, o menor falar consigo de forma muito informal, ele tinha idade de ser seu filho, oras. — Se tu for comigo acho que dá bom

— Não, não. É muito arriscado, vou apenas pedir um reboque,mesmo que vá demorar — Pegou o celular frustado, deveria ter feito isso primeiro, pra começo de conversa.

— Cê deveria ter feito isso antes, mó visage a tua — Teve que concordar com o garoto.

— Valeu aí pela ajuda, fiz tu perder teu tempo — Esticou o braço para cumprimentar o rapaz.

— Tá de boa, patrão — O outro fez o mesmo — qualquer coisa tamo aqui

— Ah, antes de ir — Pegou um papel de dentro do terno — Meu número, caso precise de algo, só me ligar

— Ernesto...— O menino leu baixo

— Sim. Meu nome — O outro disse o óbvio — E o seu?

— Humm, sou o Luan — Deu um sorriso, guardando o papel em uma das sacolas.

Ernesto teve que seguir em frente, não poderia passar a noite conversando com o adolescente, mesmo que fosse algo... divertido?

Bem, o policial teve esse sentimento engraçado sobre o Luan, o mesmo parecia ser uma boa pessoa, uma pena terem uma realidade tão diferente, pensou ele.

...

— Porra, oliveira! — Santiago gritou assim que Ernesto entra em sua sala — Que demora do caralho foi essa?

— Começa não, Santiago! Tô com paciência não — Sentou-se puto na cadeira.

O reboque demorou mais do que deveria, a noite estava fria e sua cabeça latejava.

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