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Luan - nego

Acordo em um pulo, passando a mão no rosto tentando lembrar que merda tinha acontecido na noite passada. As lembranças estão meio embaralhadas, quanto eu bebi,em?

Levanto da cama indo em direção ao banheiro, sentir a água escorrer pelo meu corpo talvez me faça esclarecer a mente e minhas memórias voltem ao normal.

Termino de me vestir, indo para a cozinha. Sento na cadeira ligando meu celular, ainda são 11:34, dá tempo avisar ao William que eu não vou.

— Bom dia, Luan! — Tia Maria fala, entrando na cozinha.

— Bom dia, tia! Como a senhora está? — Pergunto, mordendo o pão que tinha feito.

— muito bem, graças ao pai. Mas e você? Gostou da sua festa surpresa de ontem?

— Foi maravilhosa. O melhor aniversário que já tive — Ela sorri feliz, se sentando na cadeira à frente.

— Fico contente em saber. Mas e vocês dois? Se resolveram? — Me olhou como se já soubesse de tudo

— Sim. Até demais, acredita? — Rimos.

— Sei. Se beijaram, não foi? Esse sorrisinho bobo no seu rosto não me engana

— Oxi, que sorrisinho? — Brinco, deixando a xícara na pia.

Ela me encara com o seu sorriso de mãe, toda orgulhosa e parecia estar gostando mais disso do que eu. Acho meio difícil.

Deito no sofá de forma relaxada, esperando dar a hora de ir visitar o Davi, ele irá sair amanhã, e isso me deixa muito ansioso!

Algumas batidas na porta são ouvidas, levanto curioso para saber quem era, afinal, são apenas nove da manhã. Abro a porta me deparando com uma garota que nunca vi na vida.

— Oi..? — Falo, meio confuso.

— Oiiii, prazer! Meu nome é Marina! — Disse animada, com um sorriso enorme no rosto.

— Sei que não me conhece, e que nunca me viu na vida! Até porque eu não morava aqui até ontem — Riu sozinha — Eu sou irmã mais nova do Danilo! E você é o namorado dele, não é?

— Nossa, pera — Balanço a cabeça tentando processar tudo — O Danilo tem irmã?

— Sim! Eu mesma — Dou um sorriso nervoso — Posso entrar? Quero conversar contigo

— Claro — Dou espaço para ela, que entra. Fecho a porta seguindo a mesma.

— O que quer aqui? — Pergunto, e ela se vira para mim.

— Porra! Te conhecer caralho! — Seus olhos brilham — Tipo, nunca imaginei que meu irmão iria se apaixonar por alguém! Principalmente por um homem!

Isso é bom ou ruim? Ainda não entendi a dela.

— E isso é...?

— MUITO FODA! Cacete, se você conhecesse meu irmão antigamente, estaria tão surpreso quanto eu, tô te dizendo — dou um sorriso pequeno pela animação dela.

— Bem... Fico feliz que esteja contente e tals, mas a gente ainda não namora — Ela me encara incrédula.

— COMO ASSIM?! — Gritou surpresa. — Você pelo menos gosta dele, né?

Fico pensativo. Eu obviamente gosto dele, Mas a sensação de dizer isso em voz alta parece meio assustadora. Ela me encara com expectativa nos olhos, suspiro, soltando o ar dos meus pulmões.

— Lógico que sim. Mais do que imagina — Ela sorri, me dando um abraço apertado em seguida.

Ficamos naquela por alguns longos minutos, sua respiração está pesada e seu coração bate rapidamente.

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