07.

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Luan - nego

Acordo um pouco desnorteado sentindo um peso na minha cintura, abro os olhos lentamente ainda tentando raciocinar onde eu estava e como tinha chegado lá.

—...merda — Resmungo, me sentando na cama, sentindo minha cabeça latejar.

Puta merda.

Foi a primeira coisa que veio na minha mente quando vi aquela cena.

O Danilo estava dormindo comigo, ainda com os braços em cima do meu quadril, dormindo feito pedra.

Merda,merda,merda! Como caralhos eu vim parar aqui?

Levanto rapidamente pegando meu celular que estava em cima da mesa de cabeceira, o relógio marcava exatamente 13:32. Minha tia deve estar puta comigo, porra.

— Só faltou deixar a gorjeta — Escuto uma voz rouca falar atrás de mim. — Saindo de fininho como se eu fosse uma puta

Viro para trás me deparando com loló me encarando, com os olhos inchados e a roupa amarrotada.

— Fica susa que não aconteceu nada — Fico em silêncio, puta conversa constrangedora.

— Como eu vim parar aqui? — Pergunto, me aproximando da porta.

— Cê bebeu pra cacete. Seu irmão?primo? Sei lá. Enfim, não encontrei ele então te trouxe pra cá — Falou sonolento, voltando a deitar.

Porra, por isso que dizem que o álcool que antes de Fuder tudo, ele humilha.

— Onde a gente tá? — Pergunto, olhando de relance para a janela.

— Na minha casa — Disse seco, botando o travesseiro na cara.

Me viro em direção a porta novamente, não quero mais ficar aqui nenhum segundo. Desço as escadas que, meu deus, que bagulho grande. A casa em si é do caralho.

— Senhor? Já vai? — Uma senhora pergunta quando me vê passando.

Senhor? Que diabo é isso?

— Ah, boa tarde — Dou um sorriso simples — Vou sim, tenho que ir para casa

— Tudo bem — Sorriu gentil — Ontem você realmente bebeu muito — Deu uma pequena risada.

— Aí, nem me lembre — Cubro o rosto em vergonha. Na verdade, eu não faço a mínima ideia do que ela está falando, não lembro de porra nenhuma.

— Mesmo se eu quisesse, provavelmente não lembra — Deu de ombros — Nunca vi o loló tão irritado

— O meu deus — Murmuro. E ela apenas ri — E dês de quando isso é bom? — Pergunto choroso.

— Realmente, não é — Falou sincera — Mas, sabe de uma coisa? — Nego com a cabeça — Ao mesmo tempo que ele parecia irritado, também parecia está gostando

— Que? — Tombo a cabeça para o lado, não entendendo o que ela quis dizer — Isso é possível?

— Nem eu entendo muito, na verdade — Ela ri, me encarando.

Olho o horário no celular, e cacete, tô atrasado. Me despeço dela agradecendo pela curta conversa, saindo que nem foguete para poder chegar em casa.

Ao chegar na saída, tinha vários homens armados, alguns sem camisa — Não que isso seja um detalhe importante — quando dei as caras todos eles me encenaram ao mesmo tempo.

— Ei,x9 — Um cara falou pra outro — Esse daí eu quem?

— Sei também não — Deu de ombros — Só sei que ontem o patrão brotou com ele

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